Charley.

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Me sentei no chão e encostei as costas na banheira e comecei a chorar. Não sei o porquê disso, eu já não choro já tem um bom tempo e até doe saiu debaixo da minha blusa e me olhou preocupado. Nem notei quando ele voltou para sua forma humana e me abraçou, de alguma forma ele sabe que isso me conforta.

– A mulher que pra min foi minha segunda mãe está morta também. – Digo entre soluços. – Não faço ideia por que resolvi chorar só agora se assim que cheguei aqui, eu soube. – Droga as lagrimas não param. – E se no final todos que eu amo morrerem? – O choro pioro.

– Eu não vou morrer. – Diz Doe me abraçando ainda mais. –Eu nunca vou deixar você. – Isso antes soava assustador vindo dele, mas agora isso me conforta porque pelo menos sei que alguém que não vai me deixar.

– Promete? – Pareço uma criança que nunca recebeu amo dos pais ou que nunca foi amada da forma correta, o pior de tudo é que literalmente esses dois. Ele fez comigo uma promessa de dedinho, a coisa mais cafona que já fiz na vida, mas que fez eu me sentir melhor. – Eu vou ficar bem. Volta pra dentro da minha blusa agora. – Digo e ele me olhar com um sorriso que estranho. – "Ele ta me olhando com malicia?!?" – Penso ao olhar pra cara dele. – Tira esse sorriso da cara antes que eu te dê um soco bem dado na fuça.

– Ok então – Diz entre pequenos risos após vira a bolotinha. – Leva um chute seu ja foi bom, imagina um soco. – Comenta se agarrando na minha cintura. eu ignoro o que ele disse e saio do banheiro indo até o quarto de Larry que estava conversando com sal. – Já temos um plano? – Perguntei e Larry assentiu.

– Você ta bem? – Perguntou Larry que logo levou uma cotovela de Sal. – Desculpa pergunta.

– Está tudo bem. – Digo passando a mão no rosto pra seca o rastro que as lagrimas fizeram por minhas bochechas. – Vamos? – Digo e Sal assente vindo comigo indo até o ap de Charley. 

– Não seja tão expressiva. – Avisa.

– Não da. – Digo cruzando os braços e fechando a cara, ele rir.

–  Então eu vou e você espera aqui ok? Qualquer coisa eu grito. – Eu tentei não rir da última parte, mas não deu. 

Fiquei esperando Sal, por um tempo me sentei no chão e fiquei fazendo carinho em Doe que dormia agarrado a min. Não demorou muito para Sal sair e eu me levantar, ele disse que teria que buscar uma xicara de chá para ele no Sr.Addson e essa eu também preferir ficara aqui e espera por ele. Nunca gostei daqueles chás e graças a deus nunca tomei, mesmo minha mãe tentando me fazer tomar, mas eu odiava o cheiro e anergia daquilo.

– Pegou a maldita xicara? – Perguntei e ele assentiu. – Posso por veneno? – Perguntei no tom de brincadeira com meia verdade.

– Não. – Respondeu rindo e entrando no apartamento para entregar para Charley. Droga eu iria amar fazer isso.

Depois de Sal pega o maldito pônei, ele entregou pro policial que eu só não dei um soco na cara porque o Azulado fez questão de segura meu pulso pra isso não acontecer. Charley foi levado preso, mas isso não foi o bastante para satisfazer meu ódio pelo que ele fez com minha Tia. Eu vim aqui para me livrar daquele demônio maldito, pelo o que ele fez com minha família, mas primeiro terei que eliminar uma pessoa. Me afastei um pouco de Sal e fui pra um lugar mais afastado pra fala com doe.

– Doe. – O chamei e o movimento na minha blusa foi a resposta que ele acordou. – Faz um favor pra min?  



John Doe × S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora