banho

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Acordei assustada com um pesadelo que eu tive e me lembro de poucas partes. Doe sentiu isso pois acordei tendo um espasmo e ele saiu de cima de min para perguntar.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou com um semblante preocupado.

– Só um pesadelo. – responde me sentando. – Que hora é essa?. – perguntei  e ele foi olhar.

– 04:33 – diz se virando novamente para min. – Vai voltar a dormir? – neguei.

– Não, não acho que consigo. – falei desanimada. Ele me abraçou, seu abraço passou a ser algo bom e necessário para min. – Quer levantar? – perguntei, mas ele negou.

– Quero fica aqui abraçado com você. Desde que chegamos, você não tem me dado tanta atenção. – conta apoiando a cabeça no meu ombro.

– Desculpe Doe, tem tentar coisa nesse prédio. – digo acariciando seu cabelo encaracolado. – Vamos ter mais momentinhos como está ok? – ele assente feliz.

Eu tentei voltar a dormir depois disto, dormir abraçada com ele e como a estava fazendo frio, nem precisei de coberto. O calor corporal de Doe é o suficiente para me aquecer desse frio.

Quando foi de manhã eu não o vi então me levantei para procura-lo e ele estava na cozinha usando avental. Abracei sua cintura curiosa sobre o que ele estava fazendo e quando vi era um pedaço de carne. 

– Isso é pra você né? – pergunto e ele se vira me olhando confuso.

– Você não quer? – pergunta triste.

– Não, pior ainda se for o Charley. – Digo me afastando dele que fica triste. – Sabia.

– Tem certeza que não quer?.

– Doe, eu não como carne humana. – Falo  pegando alguns ingredientes no armário. – Principalmente se for de alguém que matou minha tia.

Não reclamei com ele desta vez por que não quero o impedir de como o que gosta, mesmo que isso seja carne humana (⁠〒⁠﹏⁠〒⁠). Eu resolve fazer panquecas para min e fiz pra ele também.

Depois eu fui toma um banho e Doe virou a bolotinha novamente e entrou comigo, admito que eu nem vi. Só notei que ele estava ali quando já estava relaxada na banheira.

– Porra Doe! – Digo no susto que levei com ele ali boiando e me olhando feliz. – Só dessa vez ok? Na próxima eu te arremesso pela janela. – Aviso pegando ele dali.

– Posso fica na forma humana? – pede, mas eu recuso. – juro que não farei nada. – implora.

– Posso lava e hidratar seu cabelo?. – pergunto cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha. Felizmente ele concorda e eu dou um sorriso animada. – Tá bom, mas sem gracinha!? Se eu não te meto uma faca. – avisei virando o rosto para que ele ficasse na sua forma humana.

– pronto! – diz animado e em abraçando. – Posso lava seu cabelo?.

– E tu sabe lava cabelo? Nem curte tomando quase, imagina lava o cabelo. – digo pegando as coisas para hidratar seu cabelo.

– Eu aprendo. – fala pegando o shampoo e o condicionador.

– Tá ok, agora vira esse cabelo pra cá para que eu possa fazer meu humilde trabalho. – disse virando ele de costas para min.

Claro que não pude de deixar de reparar em suas costas também com cicatriz e até algumas em formato de coração. Me pergunto como ele fez essas daí em coração,mas acho que a resposta já tá na minha cara.

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Desculpa a demora pra posta, muita coisa tá acontecendo nessa semana de recuperação. Se eu for para pra contar vai dá uma redação do Enem completa.

John Doe × S/nOnde histórias criam vida. Descubra agora