- NÃO SUA PORCA! - gritei correndo dela.
Ela me observou um pouco e sorriu, e ficou nua na minha frente, e mordi os lábios e lembrei a minha situação.
- Brunna, eu não sou porca. Eu só não tenho nojo dessas palhaçadas, por favor vamos para água lá o corrimento para. E o seu sang... - eu a interrompi com cara de nojo estampada na minha cara.
- Pode parando, você não vai me comer assim. Nada disso, nem morta. Nem adianta me olhar com essa cara de cachorro morto, eu estou com cólica e vou quebrar a sua cara se continuar rindo de mim. - digo pois ela está rindo de mim.
Ora essa! ARGH.
- Você fica linda de T.P.M! - ela sussurrou vindo até mim.
Ela me enquadrou, eu não tinha mais para onde fugir. É verdade estou sentindo muita dor de cólica, estou que não me aguento de pé. E sem dizer que estou com dor por causa do esforço de ontem. Com certeza não foi um boa idéia tirar o atraso, assim do nada. - Ludmilla, por favor! Olhe para mim. Veja não estou mentindo estou com muita cólica.
- Ah, tudo bem! - diz com raiva e vai para o banheiro.
Eu vou acabar perdendo essa mulher, por burrice, e olha que ela é minha agora, hein. A vontade que eu tenho e de foder com ela o tempo todo, mas não rola né.
Uma semana Depois - 17/05.
Hoje é o dia que eu vou compartilhar com todos o meu sofrimento, tudo que eu passei quando criança. Não sei se consigo, não tenho forças para fazer isso, mas só segurar na mão da Ludmilla eu encontro uma força que eu jamais pensei em ter.
- Boa tarde! Para os novos participantes dessa terapia, vou dizer como fazemos... - uma terapeuta começou a falar com todos, e eu segurei com força a mão de Ludmilla. - Vamos começar com você, Fernanda. - uma jovem se levantou e sorriu triste antes de começar.
- Olá, meu nome é Fernanda Lima, eu tenho 18 anos. Eu vou contar para vocês o que eu sofri durante 10 anos da minha vida, sozinha e com medo... - ela falava com lágrimas que começaram a escorrer de seus olhos, e os meus já não existia mais um lugar seco que às lágrimas não tivesse preenchido. Ele dizia que eu era feia, que ninguém além dele iria me querer. Que eu era dele. Ele era o meu pai o meu herói, sempre batia na mamãe, e a obrigava ver ele me estuprar. Na frente dela e dos meus irmãos, isso tudo durou cerca de 10 anos quando eu tinha 4 anos até eu completar 14 anos, aonde eu peguei e matei ele com as minhas próprias mãos, e desde de então minha mãe não fala comigo, porque eu matei o amor da vida dela. É só isso por hoje.
Ela disse se sentando, meu coração começou a disparar forte, minhas mãos suavam e eu estava sem saber o que fazer a não ser deixar às lágrimas cair de meus olhos. Olhei para Ludmilla que me deu um beijo na testa e a psicóloga se levantou e mandou outro paciente falar.
- Boa tarde, eu me chamo Hugo tenho 16 anos, e sofri abuso por todos os meus parentes próximos. Avô. Pai. Tio. Primos. Irmãos. Tudo por que eles diziam que eu era um pouco a feminado demais, e isso envergonhava a familia. E eles todos se juntaram e abusaram de mim quando eu tinha 15 anos. Fugi de casa e fui morar com a minha mãe, que está lutando na justiça contra eles. O que me machuca mais? É ela continuar com isso, pois todo mundo me zoa de mulherzinha... E eu não quero mais lembrar disso, e ela não entende. Parece que não se importa com o que eu estou sentindo, parece que ela só quer ferrar com a vida do meu pai, e isso acaba comigo.
- Palmas para o Hugo. - eu bati palmas, sentindo ás lágrimas escorrendo dos meus olhos. - Que tal? - ela olhou para sala e apontou para mim. Você Brunna, sua vez!
Ludmilla apertou a minha mão, e eu limpei as lágrimas com o meu braço e levantei. Tentei sorri, mas não consegui. Chegou a hora de desabafar o que está a anos dentro de mim, me corroendo. Me matando aos poucos.
- Oi - digo tímida, olhei para Ludmilla e a mesmo sorriu, e eu tomei coragem e falei sem deixar nada me interromper. - Meu nome é Brunna, e eu tenho 22 anos. Eu fui abusada verbalmente e fisicamente durante 11 anos da minha infância. Eu não lembro como e nem porque tudo começou, só me lembro das mãos sujas daquele crápula em cima de mim. O marido da minha mãe, sim ela continua com ele. Ele me ameaçava com facas e com armas, me comia por trás e dizia que eu era dele. Enquanto me batia incansávelmente. Dizia para mim que se eu contasse para minha mãe, ele diria que eu é que me a mostrava para ele. Que eu pedia para ele me chupar. Isso tudo aconteceu em um momento muito frágil da minha vida. E eu me culpava por tudo, por isso está acontecendo, por ele estar me tratando mal. Pela minha mãe não perceber, por ele ter tomado o lugar do meu pai... Quando eu era criança eu me sentia sozinha, e pensava que se o meu pai estivesse comigo ele não deixaria nada me acontecer, e eu pensava que a quaisquer momento ele apareceria e me tiraria do meu pesadelo. Eu era uma menina de 10 anos quando às coisas ficaram em claras, quando meu corpo começou a se formar, e eu comecei a ter idéia do que ele fazia, e foi aí que começou às chantagens.
Eu era evangélica mesmo com tudo acontecendo, eu ia para igreja e cantava e me sentia bem. Eu ia para igreja e sentia uma paz que parecia estar fora do meu mundo, mas tudo piorou. Eu comecei a beber, a descontar na minha mãe... Eu estava fora de mim, eu percebi que meu pai nunca viria me salvar porque ele não se importava, me dei conta que a única pessoa que podia me ajudar que era Deus. Comecei a me envolver com mulher, até que eu discuti com a minha mãe e ela me expulsou de casa e disse que eu estava mentindo, que era tudo calúnia que ele já havia dito para ela que eu faria isso. Eu contei para minha avó, e meus tios foram os únicos que acreditaram em mim. E desde os meus 17 anos, eu me mudei para casa da minha avó. - respirei fundo e o silêncio tomou conta da sala, eu não olhei para ela, mas eu queria ver o que seus olhos estavam dizendo.
Ela não vai querer nada mais comigo, eu sou uma imunda.
- E a pouco tempo descobri que minha mãe, teve um início de ataque cardíaco.. E eu... - a terapeuta me interrompeu.
- E você não sabe o que sentir em questão a isso? Por que mesmo ela não acreditando em você ela é a sua mãe, e você a ama? - ela diz as palavras que estão martelando meus pensamentos, essa mulher é muito boa mesmo.
- Eu tenho medo dela morrer, e eu me arrepender de não ter perdoado ela pois ela é minha mãe. Mesmo eu tentando odiar ela de todas as formas...
- Eu acho que você deve seguir seu coração. - disse uma menina que eu não sabia o nome.
- Obrigado, eu vou seguir. Obrigado por todos me ouvirem, e eu agradeço vocês de coração. - digo me sentado.
- Palmas para Brunna pessoal. - ela disse. E todos bateram palmas e limparam ás lágrimas, e eu estou me sentindo muito melhor. - E você quer compartilhar algo com a gente? - perguntou ela para a Ludmilla.
- Eu só vim acompanhar a senhorita Brunna. - Agora eu sou senhorita? Cadê o amor?
- Pode falar qualquer coisa. - ela insistiu ela suspirou e disse.
- Tudo bem, meu nome é Ludmilla Oliveira, pelo que perceberam eu não sou brasileira. Vim a trabalho. Bom. - suspirou. - Eu tive uma infância muito carregada para uma simples criança. Eu tinha 6 anos e eu me lembro de todos os detalhes como se fosse hoje, eu estava voltando da escola e meus pais me deram a notícia que eles ganharam um dinheiro, e que enfim eu ganharia a minha bicicleta. Na época éramos muito pobres e eu não tinha condições de ter brinquedos. Foi quando... - então eu olhei para ela, parecia doloroso falar. Caminhei até ela e segurei em suas mãos, ela olhou em meus olhos e disse me olhando, e eu senti como se o meu problema não fosse nada comparado ao dela, ao que ela passou. - Uns bandidos entraram na nossa casa, mamãe me escondeu e eu vi eles mataram os dois por causa de dinheiro. Tudo por causa de dinheiro. Não passei muito tempo no orfanato e fui adotado pela familia Oliveira. Minha mãe é a melhor pessoa do mundo, e me ensinou que não existe nada que posso atrapalhar duas pessoas que se amam ficar juntos.
Eu a abracei e todos bateram palmas, senti seus braços me envolver em um abraço acolhedor. Todos bateram palmas, e agradeceram Ludmilla que parecia mais perdida que nunca nos próprios pensamentos.
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✓A indecente da minha chefe GIP✓
Fanfiction✨Adaptação autorizada✨ Ludmilla Oliveira, quais são às palavras que definem está mulher? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ela é prepotente, indecente, marcante... São milhares de palavras que definem uma única mulher. Ela é capaz de marcar a...