Sobre Tomar Decisões

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O corpo de Chifuyu era, por si só, sensível. Tão sensível que fazia o garoto se perguntar como se metia em tantas brigas quando era mais novo, sem sequer ligar para a dor, se fosse fazer uma análise mais profunda, não era não ligar para ela. Na verdade, ele gostava, gostava de sentir, gostava do intenso, não importando o quão sensível era. E, se existia algo que Kazutora e Baji eram, era intensos.

— Isso é gostoso… aaaaaah, tão bom, acho que vou morrer — geme Chifuyu.

Ele já não ligava para nada, estava vermelho, molhado, totalmente aberto recebendo Kazutora. Uma das mãos segurava o pulso dele, a outra enterrava os dedos nos lençóis da cama.

— Não morra, por favor — responde Kazutora, arfando.

Kazutora investia lentamente em Chifuyu, apreciando cada expressão de prazer no rosto à sua frente. Baji, atrás dele, apenas puxava seu cabelo e ditava o ritmo das suas estocadas. Nas costas, Kazutora podia sentir o pau duro dele o roçando, era excitante, ao passo que também era uma tortura, talvez ele devesse implorar para ele entrar, ou, pelo menos, o deixar acelerar o ritmo. Chifuyu parecia estar se deliciando, ele gostava quando ia devagar, quando o faziam chegar no limite. Mas Kazutora não, ele entrava em desespero, precisava de mais e mais, mais rápido, mais fundo, mais molhado, até não aguentar. Aquelas provocações não eram o suficiente. Não importava, Baji quem tinha o controle, faria os dois chegarem lá, à sua maneira. Ele, mais do que ninguém, sabe o quão diferente os dois são, conhece cada parte sensível deles e como provocá-la. Ele poderia brincar com eles o quanto quisesse.

— Nós nem chegamos na parte boa ainda, Fuyu — começa Baji.  — E você é o único que já gozou, eu nem comecei a cansar ainda.

— Você nunca cansa. Isso é injusto — reclama Chifuyu.

— Muito injusto — concorda Kazutora, a voz ofegante.

— Tudo bem, tudo bem, meus meninos estão casados, eu vou recompensar vocês — disse rindo.

Keisuke solta o cabelo de Kazutora e se aproxima de Chifuyu. Ele ainda estava deitado, a face vermelha e os olhos cheios de lágrimas. Baji o beijou, um beijo quase violento, o tomando por completo, em reflexo, Chifuyu aperta ainda mais as coxas em volta de Kazutora.

— Fica de quatro, amor, bem empinado, você consegue? — Pede Keisuke, após encerrar o beijo, a voz grossa no pé do ouvido de Chifuyu.

Chifuyu concorda com a cabeça. Kazutora se afasta o deixando se virar e apoiar as mãos na cabeceira da cama. As costas arqueadas, nelas, se podia ver pequenas cicatrizes de mordida — os dentes de Baji — pernas abertas, dando uma bela visão do ânus lubrificado, piscando por atenção.

Isso pareceu uma provocação pessoal para Kazutora, ele não esperou nenhuma nova ordem, antes de enterrar novamente o pau em Chifuyu, de uma vez, arrancando um gemido de surpresa dele. Kazutora volta a estocar no menino, que só conseguia gemer e murmurar pedindo por mais, se agarrando forte na cabeceira.

Baji — até então, apenas observando — estala um tapa na bunda do Kazutora. Ele arfa, as mãos se prendiam mais na cintura de Chifuyu, ele não cessa o ritmo das estocadas.

— Kei… você disse… — ofegante, Kazutora tenta argumentar.

— Eu sei — corta Baji.

Ele se aproxima por trás, beijando e deixando chupões no pescoço e nas costas alheias. A pele de Kazutora tinha um gosto salgado, de suor, nos lábios de Keisuke. Ele enfia a cabeça do pau sem aviso, e Kazutora perde um pouco o ritmo, arqueando, mas logo volta a foder Chifuyu como antes. Baji tinha preparado ele mais cedo, enquanto torturavam Chifuyu com estocadas lentas e cupões, por isso o pau dele deslizou para dentro com facilidade. Agora, ele estava no controle de novo.

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