Extra 2

346 31 3
                                    

~~~NOTAS DA AUTORA~~~

Olá pessoinhas, a partir de agora eu vou tentar interagir mais aqui no wtpd (mesmo não tendo um espaço próprio pras notas do autor) e postar junto com o Spirit. Eu real não esperava que essa história ganhasse tantos votos aqui, e estou muito agradecida, obrigada, boa leitura, desculpa qualquer erro S2

*
*
*

Limites

Dias estressantes assombravam Chifuyu. Era época de provas e de apresentar trabalhos na universidade, uma verdadeira dor de cabeça. Os músculos das mãos dele ficavam tensos e a parte de trás do pescoço doía. Em épocas assim, Keisuke, como o bom namorado que era, costumava oferecer massagens, mas ele era péssimo nisso. De qualquer forma, Chifuyu duvidava que fosse adiantar de algo, pois, aquelas dores eram muito mais psicológicas do que qualquer outra coisa. Ele precisava de algo para o acalmar por dentro. Foi assim que ele acabou descobrindo o quão prazeroso e relaxante podia ser pentear os longos cabelos sedosos de outra pessoa.

Ele fez isso com frequência. Principalmente em épocas decisivas, nas provas finais do ensino meios, nos vestibulares, a cada final de semestre, Keisuke ganhava um cabeleireiro pessoal. Dessa vez não seria diferente… ou talvez um pouco.

Para seu azar, Kei não estava em casa. Ele havia tido problemas com locador do prédio em que ficava seu pet shop, e tinha passado a semana inteira pra lá e pra cá, tentando resolver. Já para sua sorte, ele tinha dois namorados cabeludos. E um deles estava saindo do banho naquele exato momento, com os cabelos molhados.

— Kazutora, vem aqui — chamou Chifuyu, se ajoelhando na cama e dando tapinhas a sua frente para que Kazutora se sentasse.

Ele não questionou, apenas obedeceu e se sentou onde lhe foi dito. Chifuyu não demorou para pegar uma escova de cabelo na estante e tomar a toalha das mãos dele. Era uma tarefa simples; secar o cabelo, separar as mechas, desembaraçar calmamente com a escova para não quebrar os fios…

Chifuyu travou. Como ele não tinha notado isso antes?

As costas, ombros, nuca… estavam todos marcados, pelos dentes de Keisuke, marcas fundas, quase animalescas, em vários graus de cicatrização, manchas verdes, roxas e vermelhas espalhadas pelo local em uma pintura horrenda.

— Kazutora… — chamou Chifuyu. Os dedos dele deixaram o trabalho que estavam fazendo antes e se colocaram a analisar as feridas nas costas alheias.

— Sim? — respondeu Kazutora, sem entender direito o porquê de Chifuyu ter parado.

— O que é isso? Nas suas costas? — perguntou Chifuyu, consternado.

Ele sabia muito bem o que era. Apenas não queria acreditar, Kazutora estava bem com aquilo? Ele não sentia dor? Chifuyu sabia o quanto Kazutora e Baji estavam animados desde se tornaram oficiais, sabia que eles faziam sexo no trabalho, em casa, quando não estava, ou quando estava, mas, se encontrava ocupado de mais, e em qualquer outra situação em que surgisse uma oportunidade para se agarrarem. Ele não se importava, pelo contrário, era um alívio saber o quanto eles se davam bem em uma área onde Chifuyu tinha um ritmo totalmente diferente.

Pensava que tanto Kazutora, quanto Keisuke eram homens adultos que sabiam muito bem onde estavam seus limites. Mas aquilo? As marcas eram para ser algo prazeroso, ‘sexy’, até mesmo um sinal de pertencimento, não uma simulação de brigas de rua.

— Ah! Isso? Não é nada, só arde um pouco se apertar — responde Kazutora, levando os dedos para onde foi mencionado.

— Como só arde um pouco? Suas costas estão quase em carne viva, Kazutora!

Impasse (Bajifuyutora)Onde histórias criam vida. Descubra agora