Minha Dama da noite,
Pombas, elas voam aos céus, assim como pensamentos elas fluem ao vento, vento este que vem aos rosto, porém julgo dizer a sua diferença da brisa, brisa está pouco aparente no momento. Julgo sofrer de uma terrível dor de cabeça quando bato na parede, conseguiria um mero mortal diferenciar suas dores em momentos de solidão, solidão essa que meus pensamentos creem ser uma loucura.
Eu já era considerada louca a muito tempo, minha querida, você me considerava louca?
As vezes acredito ser possível, nunca fui violenta, talvez isto fosse um problema, muito só se sobrevive a violência, seria então lunática?
Por muito tempo as cores em minha volta só remeteram ao passado, passado em cores de carne viva, era como sempre me sentia com você, mas agora, o agora é pálido como as paredes de um hospital, hospital de velhos, hospital de loucos, hospital de leprosos.
Ainda tenho dinheiro, dinheiro esse, de quando minha morte física vir, irá para pessoas das quais quero ele, espero. Eu nunca comentei, parentes seus foram no dia em que você foi jogada na terra, e eles discursaram, nunca souberam que parte de seu sobrenome pertenceu a uma incrível musicista, musicista que amou uma mulher, será que no futuro poderemos ter nomes como esposas?
Porque eu sempre penso em casamento? Porque eu queria tanto ter esse tipo de felicidade?
Deprimente, massa deprimente, vida cinza, sem vida, as pessoas irão ao meu enterro?
Vou morrer depois de manter uma intensa teimosia de estar viva, uma vida sem muito vida, contudo, eu fui de fato alguém que muitos desejaram ver jogada em uma vala, eu vou me manter viva e no meu último suplício, quando em fim não respirar mais, eu irei em direção dos seus braços nas infinitas nuvens das quais todos disseram que não iriamos, este será meu último ato de resistência, pois nunca saberei se me colocaram ao seu lado, na mesma terra, não, os tempos não estão tão ousados, embora, minha mente insista em dizer sobre o quanto você adoraria a modernidade, você sempre amou o avanço, por isso, foi sempre em frente.
Me pego acovardada, pois minhas horas de lágrimas insistem em dizer sobre nosso romance ser um triste final, meio engraçado, não entendo tão bem tristeza naqueles tempos, eu fui extremamente feliz com você, ainda sou um tanto feliz em manter você, em minha memória eu sou muito feliz lembrando seu rosto. Devo dizer, minha história é triste, sou um ser em estado de tristeza, morrerei de forma horrenda, nossa história não é isso, nossa história foi e sempre será a parte sucedidamente feliz da minha vida, acredito da sua também, não?
Eu estou velha para só ter dúvidas, meus pensamentos levam a crer que estou velha para existir.
Ps. Era feliz, feliz de conseguir ter novas memórias vendo seu rosto, querida.
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Este capítulo para mim é especial, quando o escrevi eu fui tão agressiva, senti que era um capítulo tão forte e impactante, relendo eu consigo ver a suavidade dele, o carinho nas palavras de Madeline, um recado leitores, nunca escrevam nada chorando, dá dor de cabeça depois, uma curiosidade sobre mim é que adoro playlists com título de situações, adoro me sentir num lugar com um sentimento a partir de músicas de diferentes cantores que de certa forma naquela ambiente se misturam e formam algo só, é bem legal, mas é isso por hoje, prometo não demorar taaaaaanto na próxima,
Até o próximo capítulo ;)
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Dama da noite
Romance"Nessa dança que nos envolvemos, ficamos horas e horas, do alvorecer ao anoitecer vendo o mundo girar, era curioso o quanto esse amor é a coisa mais valiosa e sombria que temos, pois o mundo nunca vai saber dele, nunca, jamais, você me acharia covar...