Capítulo 18 - Elves

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Quando Legolas e Tauriel acharam que aquilo não havia funcionado, a loira acordou, mas acordou diferente, seus olhos brilhavam vermelho fogo e seus cabelos estavam brancos como a neve. Mas isso apenas ficará por alguns segundos, ela rapidamente voltou ao seu estado normal, o que deixou os elfos, a sua frente, confusos.

_ Você ta bem? _questionou Tauriel preocupada com sua amiga.

_ Precisamos ir ao norte _comentou a loira nervosa.

_ Alysanne _repreendeu Tauriel.

_ Não, precisamos ir a Gundabad, agora _comentou a loira saindo de perto deles.

_Você vem? _questionou Legolas olhando para Tauriel, de alguma forma ele sabia que a loira tinha algo a mostrar, algo importante.

Eles então seguirem seu caminho, Legolas montava um cavalo branco e Tauriel um cavalo baio, enquanto Alysanne apenas segurava firme em Legolas enquanto revia aquelas palavras e aquelas imagens que Gandalf havia mostrado a ela.

Havia se passado dias, desde que eles saíram da Cidade do Lago, agora abandonada já que o povo do lago se encontrava no Vale enquanto a montanha continuava silenciosa.

Após dias de viagem, algo na loira havia mudado, seu cabelo com passar dos dias ficará mais claro, estava agora em um tom marfim, quase branco. Tauriel e Legolas não conseguiam entender como o cabelo de Alysanne havia mudado tanto, mas isso não era somente a única coisa que havia mudado nela.

Legolas e ela de alguma maneira se aproximaram, um pouco, porém, tinham se aproximado, e cada dia que se passava Tauriel tinha certeza do que havia falado para Aly, pois, percebia o porte de Legolas perto da loira, e estava diferente de quando se conheceram.

Já no Vale, após Thorin ficar sabendo que os sobreviventes se alojaram nas ruínas da antiga cidade, ele ordenou que seus companheiros fizessem um tipo de muralha de pedra no portão principal de Erebor, e assim eles realizaram, passaram a noite, acordados, colocando pedra sob pedra até uma altura favorável. Ao amanhecer, enquanto as pessoas do vale acordavam, descobriram que as ruínas estavam cheias de elfos da Floresta das Trevas, um exército, na verdade.

A verdade é que após Legolas mandar aquele recado a seu pai, o rei ficou enfurecido. E decidiu travar uma guerra entre os elfos e os anões, e foi ao Vale para poder chantagear Bard, que havia se tornado o novo Senhor da Cidade, para que o ajudasse a tomar a montanha e todas as suas riquezas. Thranduil desejava aquelas gemas mais-que-tudo naquele mundo, e entraria em guerra por causa delas.

Ele levará alimentos para o povo do Vale na intenção de deixá-los do seu lado e ele assim o conseguiu, não demorou muito para o povo o adorar e Bard não ter outra escolha a não ser ficar contra os anões daquela montanha.

Quando Thorin novamente foi ao portão, ele se deparou com o exército de elfos posicionados no Vale, apenas esperando a ordem de seu rei. Bard então foi mandado para falar com o anão, para que aquilo não se transformasse em uma guerra, porém, nada adiantou, o anão recusou a oferta do homem.

Os homens treinavam para a guerra quando Gandalf finalmente apareceu e foi avisar a Thranduil sobre o mal que estava a caminho, mas o elfo não deu muita atenção como de esperado. E então Gandalf depositou toda sua fé na garota que ele havia mandado a Gundabad, pois, ele sabia que ela iria encontrar mais que apenas orcs naquela fortaleza.

No entanto, ao norte da montanha, perto das Montanhas Nebulosas, se encontrava Legolas, Tauriel e Alysanne já no mirante em frente a fortaleza de Gundabad.

_ Gundabad, Alysanne, o que existe lá? _questionou Tauriel curiosa sobre a fortaleza.

_ Um velho inimigo, o antigo reino de Angmar _explicou a garota, o reino de Angmar fundado no ano 1300 da segunda era, no norte longínquo das Montanhas Nebulosas pelo, que ficou conhecido como o Rei Bruxo de Angmar. Uma vez que o Rei Bruxo era um servo de Sauron, presume-se que as guerras de Angmar contra os reinos sucessores de Arnor foram feitas na licitação de Sauron de destruir um importante aliado de Gondor.

_ Essas ruínas já foram uma fortaleza, lugar aonde mantinham toda a sua armaria, lugar aonde forjavam suas armas de guerra_ continuou o elfo.

_ Ali, uma luz vi movimento _disse Tauriel vendo uma luz na fortaleza.

_Vamos esperar a sombra da noite, é um lugar perverso garotas, em outro tempo nosso povo travou uma guerra nessas terras, minha mãe morreu lá, meu pai não fala sobre isso, não existe tumulo, nem lembranças, somente aquela estátua _comentou o elfo enquanto sentia seu coração doer por falar aquilo_ seu cabelo, Alysanne _disse o elfo ao ver o cabelo da garota se transformar em total branco.

_ Como isso é possível? _questionou Tauriel curiosa.

_ Estamos perto das ruínas de Valyria, ficam do outro lado das Montanhas Nebulosas, meu cabelo sempre teve essa tonalidade, mas quando Valyria caiu, ele escureceu, a alguns dias eu estou sentindo a presença de dragões, não contei porque não tenho total certeza, mas se meu cabelo voltará a sua cor natural, é porque a magia de Valyria ainda existe, dragões ainda caminham por essas terras _explicou a loira calmamente, mesmo que isso a assustasse um pouco, não sabia se os dragões a aceitariam ou tentariam matá-la.

Anoiteceu, e ambos os três continuaram lá, nada havia mudado, nada havia se apresentado, Alysanne sabia que o perigo iria a Erebor, e precisava estar lá, mais tal espera a consumia, lentamente.

_ Se vamos entrar, devemos nos mover agora _disse Tauriel já cansada de esperar. Mas uma horda de morcegos gigantes de Gundabad sobrevoaram sobre eles os fazendo rapidamente se esconder_ eles estão fervilhando _comentou a elfa.

_ Esses morcegos têm um único propósito _disse Legolas vendo tais animais.

_ Que propósito? _questionou Tauriel.

_ A guerra _disse Alysanne.

Foi então que ambos os três viram Bolg e logo atrás dele um exército de orcs saindo da fortaleza de Gundabad e indo em direção a Erebor, como Gandalf havia mostrado a Alysanne em sua visão.

_ Devíamos avisar aos outros _comentou Tauriel.

_ Pode ser tarde demais, vamos _ordenou Legolas, saindo do mirante o mais rápido que podia, assim como as garotas.

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