Capítulo 8

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Diferente das outras vezes, Lucero e Manuel não esperaram o fim de semana para se divertir, combinaram de se encontrar após o trabalho na praça de sempre quando já escurecia para decidirem o que fariam. Assim que o homem chegou ao parque, avistou de longe o cabelo da loira esvoaçando enquanto ela parecia pensativa, encostada às grades da ponte e olhando os carros passarem lá embaixo.

− Oi, demorei? – Manuel já chegou abraçando Lucero por trás.

− Imagina, acabei de chegar. Oi. – Lucero virou o rosto para cumprimentar Manuel com um beijo.

− E então, para onde quer ir hoje? – Manuel se apoiou na grade ao lado de Lucero, a encarando.

− Ai, não sei, queria fazer alguma coisa diferente. – Lucero fez careta.

− Que tal se fôssemos a um barzinho?

− Eu não sabia que você era homem de frequentar barzinhos. – Lucero ergueu a sobrancelha, rindo.

− Nem sempre, mas me parece um lugar perfeito para relaxarmos, já que você quer algo diferente. – Manuel deu de ombros. – Vai me dizer que você não ingere álcool? – ele riu, puxando Lucero para mais perto dele.

− Digamos que esporadicamente. – Lucero também riu, encostando a cabeça no peito de Manuel.

− Então podemos abrir essa exceção hoje? – Manuel levantou o rosto de Lucero e mordeu seu queixo.

− Hum, tudo bem, acho que será legal. – Lucero sorriu e deu um selinho em Manuel.

Lucero e Manuel caminharam abraçados até o barzinho mais próximo e entraram, logo começando a dançar a música agitada que tocava até se cansarem.

− Vamos tomar alguma coisa? Estou cansada. – Lucero falou alto para que Manuel escutasse.

Manuel assentiu e segurou a mão de Lucero, desviando das pessoas até chegarem a uma mesinha de dois lugares, onde se sentaram e pegaram o cardápio.

− O que vai querer? – Lucero perguntou.

− Hum, não sei. Tequila? – Manuel ergueu a sobrancelha, encarando Lucero por cima do cardápio.

− Tequila não é muito forte? – Lucero fez careta, rindo.

− Bem, é, mas a gente não precisa beber tanto e não precisa se preocupar que eu cuido de você. – Manuel também riu.

− Está bem, depois a gente pode comer alguma coisa, deve ajudar a passar. – Lucero deu de ombros.

Manuel assentiu e chamou o garçom com a mão, pedindo duas doses de tequila e sendo atendido imediatamente. Assim que preparou a dele e auxiliou Lucero na dela, ele a convidou para um brinde.

− A você, minha bela namorada. – Manuel levantou o copinho.

− A nós. – Lucero repetiu o gesto de Manuel, sorrindo.

Lucero e Manuel brindaram e tomaram a dose de uma vez, rindo ao fazerem careta e logo em seguida se beijaram. Depois de mais algumas doses, eles comeram batata frita e decidiram ir embora, caminhando um pouco aos tropeços até a casa da moça. Mais uma vez, eles se despediam na porta, mas o beijo se tornou quente quando Manuel encostou Lucero no corrimão da escada e ela rebolou sobre ele, gemendo quase automaticamente.

− Quer entrar? – Lucero perguntou ofegante, mordendo a orelha de Manuel.

− E a sua mãe? – Manuel perguntou, voltando a beijar os lábios de Lucero.

− Voltou para casa, a reforma acabou.

Dona Lucero estava apenas passando alguns dias com Lucero enquanto sua casinha não ficava pronta e justamente naquele dia, ela tinha decidido se mudar. Manuel deu um sorrisinho safado, assentindo e puxando a namorada pela mão para terminar de subir a escadinha que dava para a porta da casa. Enquanto ela pegava a chave e abria a porta nervosamente, Manuel a abraçava de lado, beijando seu pescoço, mas foi só entrar que ele a encostou na parede, voltando a beijar os lábios da loira com força. Lucero sentia muito calor, por isso se soltou o suficiente para tirar o moletom bege que usava, ficando só de sutiã. O casal estava um pouco bêbado e estava bastante à vontade um com o outro.

Destino O CasualidadOnde histórias criam vida. Descubra agora