Capítulo 1

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Meu nome é Luna Armani, tenho 23 anos e estou falida. O mais estranho nisso é que você deve estar pensando, "Mas você é tão jovem. O que aconteceu?" e eu irei te responder. Os meus pais morreram no final do ano passado em um acidente de carro e eu e o meu irmão Brien fomos os únicos sobreviventes daquele acidente. Quando eu sair de coma em meados desse ano resolvi desistir da minha faculdade para que Brien continuasse na dele enquanto eu trabalhava, porque o dinheiro que tínhamos não estava mais dando para manter nós dois e com todas as dívidas ainda tive que hipotecar o apartamento onde eu moro, e ainda fui demitida, mas tudo isso vai mudar a partir:
A minha campainha toca e eu olho pelo olho mágico. É a minha melhor amiga Lily que estava arrumada demais para uma sexta à noite na minha casa. Abro a porta cruzando os meus braços.
- Olha, eu tenho quase certeza de que você deu para o porteiro desse prédio antes de começar a namorar, porque não é possível. Interfones existem! – Brinco e seus olhos se enchem de lágrimas me deixando um pouco preocupada – Ei, o que foi?
- Eu e o André tivemos uma briga feia, Luna – Ela entra para dentro da minha casa com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto
- Mas vocês vão se resolver como sempre, né? – Olho para ela e ela encolhe os ombros
- Eu não sei, acho que dessa vez foi para valer e por causa disso você e eu vamos a uma boate que eu fui esses dias para me consolar – Ela abre a minha geladeira – Credo amiga, você não come não?
- Então, eu estou sem dinheiro e não vou poder ir com você, mas podemos ficar aqui e assistir um filme – Ela me encara
- Tá querendo me matar? – Ela cruza os braços – Vamos ao clube sim! Eu pago para você – Ela percebe que está quase me convencendo – O sócio do clube é um gatinho e o dono é melhor ainda, mas o dono faz mais o seu tipo – Ela fala enquanto me empurra no quarto abrindo o meu guarda-roupa e pegando minha minissaia preta e um cropped de couro vermelha – Vista logo que já vou pedir um uber
- Mas... – Tento protestar e ela aponta para o meu banheiro para onde vou me arrastando e resmungando enquanto ela ri. Tomo um banho rápido e visto a roupa que ela escolheu para mim e me sinto completamente desconfortável. Tiro a roupa e saio do banheiro enrolada na toalha – Eu vou, mas não com essa roupa – Ela faz cara feia, mas percebe que foi uma boa condição
- Tá bom... – Ela abre o meu guarda-roupa novamente – O que acha desse? – Ela pega o meu vestido vermelho que usei em uma noitada quando tinha meus 19 anos e faço uma careta lembrando – Vamos lá! Ele é lindo e esse decote super vai valorizar os seus seios e disfarçar que você está magra demais – Faço cara feia e tomo o vestido da mão dela e me visto. Ela me entrega uma sandália minha de salto dourada e um colar dourado.
- Vamos logo acabar com essa palhaçada antes que você invente de fazer algo no meu cabelo – Falo quando ela termina de passar um batom vermelho em mim e ela dá uma gargalhada
- Vamos que o uber acabou de chegar – Ela fala e a gente desce pelo elevador até o carro. Durante o percurso ela ficou bem calada, no que é estranho de Lily, mas compreensível, já que ela e o André era inseparáveis. Chegamos na frente da tal boate com o nome Afrodite e entramos. O interior da boate é intenso. Os moveis tem um padrão de cores de vermelho, prata e preto. Lily me arrasta até o bar
- Vamos beber até esquecer que amanhã ainda é sábado? – Ela ri da minha pergunta e pede 4 bebidas para um garçom. Ele entrega as bebidas e olha para o meu decote
- Toma – Lily me entrega duas bebidas enquanto ri depois de perceber o olhar do garçom. Eu bebo uma das bebidas – Você deveria testar agora como está a sua paquera – Ela sussurra quando o garçom se afasta
- O quê?
- Vai lá! O garçom é um gatinho – Reviro os olhos, mas Lily é o tipo de pessoa com quem a gente não discute. O garçom volta e ela engole a segunda bebida – Vou prestar atenção e estou bem atrás de você – Ela levanta e vai paquerar um rapaz alto e loiro atrás de mim
- Claro! – Viro a minha segunda bebida e o garçom se aproxima com mais uma – Não... Eu não pedir outra
- Essa é por conta da casa – O garçom sorri para mim e aponta – Ele que te mandou – Ele aponta para um rapaz musculoso com os cabelos em um tom de mel e os seus olhos da mesma cor. Desvio o meu olhar sentindo a minha bochecha corar e quando olho novamente o rapaz está do meu lado.

Eu e o meu chefe - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora