Capítulo 13

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- Uma enfermeira me deu uma bronca quando tentei levantar, então seja lá quem for vai ter que entrar sozinho - Falo com um tom brincalhão e então ele entra na sala. Seu sorriso ecoa pelo quarto. O cara dos olhos claros da praia tá ali no meu quarto?
- Então você que é o meu namorado? - Dou um sorriso e mordo mais um pedaço da torrada. Ele fica vermelho e coça a nuca. Parece tá desconfortável - Bom, quer alguma coisa? - Aponto para a bandeja no meu colo
- Não. Muito obrigado! - Ele sorri novamente e eu quase babo. Que diabos aquele cara tem? Por que desse efeito sobre mim? - Mas não tem muita coisa. Seria legal você comer tudo. Ouvir dizer que aqui eles cortão os dedos de pessoas que não comem toda a comida
- Ah, tudo bem! - Dou risada e logo ele tá rindo comigo - Pode se aproximar. Eu não mordo
- Eu sei - Ele sorri - Depois que fechou isso aí na sua testa, você parece um pouco mais inofensivo- Rimos e eu jogo um pedacinho de torrada nele. Ele agarra o pedaço da torrada no ar e coloca na boca
- Bom, nunca tive oportunidade de agradecer você por salvar a minha vida e... Por pagar tudo isso para mim. Sabe que não precisava, né?
- Não iria deixar você morrer
- A culpa não foi sua. Não era sua obrigação - Dou uma risada tímida e ele me encara
- Algo... Eu senti que deveria fazer isso - Ele sussurra e olha para baixo
- Tudo bem! Quando eu tiver dinheiro eu te devolvo o valor que fiz você gastar - Ele dar um sorriso de canto de boca
- Sei que o que vou falar pode parecer meio rude, mas eu não preciso desse dinheiro
- Uau! - Dei risada e dou um gole do meu suco de laranja
- Eu avisei - Ele sorri e se senta em uma poltrona perto da minha cama - Mas, como você tá se sentindo
- Estou me sentindo ótima! De verdade - Olho para ele e ele abre um sorriso que acaba tirando um de mim
- Parece aquelas crianças que estão péssimas, mas falam para os pais que estão bem só para voltarem para casa - Solto uma gargalhada e depois coloco a mão na boca
- Me desculpe! Dou risadas altas
- Não me importo - Ele sorri e me olha por um tempo. Desvio o olhar devagar - Bom, eu... Só passei para ver como você estava e você parece realmente bem, apesar... - ele aponta para a minha testa e eu dou risada revirado os olhos
- Foi só um cortezinho. Vocês são terrivelmente dramáticos - Damos risada
- Eu?? - Ele coloca a mão na testa e vira o rosto para o outro lado no que me faz gargalhar mais uma vez e ele me acompanha dessa vez - Bom, eu tenho que ir - Ele me dar um beijo na testa no que me deixa sem reação e a ele também - Isso foi estranho - Eles sussurra e eu dou um riso
- Tudo bem! - dou um riso e seguro o seu rosto para eu dar um beijo o que deixa ele vermelho e eu dou uma risada - Obrigada pela visita, meu namorado - Gargalhamos juntos
- O prazer foi todo meu - Ele sorri e o celular dele começa a tocar - Um segundo! - Ele fala para mim e se afasta para atender o telefone e sua feição fica um pouco seria - Sim. - Ele responde rápido - Ok. Estou indo - Ele responde no mesmo tom de voz e guarda o celular no bolso da calça jeans que está usando - Bom, o trabalho me chama, mas eu espero te encontrar novamente
- Pode deixar - Dou uma risada e ele sorri antes de sair do quarto, colocando um boné preto na cabeça. Anne entra na sala sem olhar para mim. Seus olhos estão fixos em algo lá fora. Lembro de quando eu tinha 17 anos que eu olhava exatamente do mesmo jeito para astros de rock que eu achava gatos demais.
- Anne? - Ela olha para mim finalmente é dar um sorriso largo
- Bom dia, senhorita Armani. Seu namorado é muito bonito - Ela fala ainda sorrindo e olha para a sua prancheta - Bom, todos os exames da senhora responderam super bem. O médico vai vim falar com a senhorita depois do seu almoço...
- Vou ter alta?- Eu a interrompo com um ânimo exarcebado o que a faz rir
- Talvez. Isso só o médico pode falar com a senhorita - Ela responde anotando mais algo na prancheta - Lily falou que vai demorar um pouco, mas tem uma pessoa que quer visitar a senhorita. Um bonitão chamado Derren
- Aí meu Deus - bato a mão na minha testa e Anne reclama o que me faz rir
- Posso falar que a senhorita tá descansando
- Isso seria realmente perfeito
- Farei isso senhorita - Ela sorri e caminha até a porta - Gostaria de ter essa sorte da senhora - Ela fala antes de sair e eu mordo os meus lábios tentando pensar no que ela acabou de falar. Uma hora depois do almoço um cara alto, com cabelos negros, uma pele negra e olhos chamativos entrou no meu quarto depois de dar duas batidas suaves na porta
- Senhorita Armani? - Ele pergunta com uma voz doce olhando para a sua prancheta
- É, sou eu - Falo e ele dar risada se aproximando da minha marca
- Vamos fazer um teste, ok?- ele pergunta e eu olho para ele
- Depois desse teste posso voltar para a minha casa? - Ele sorri e coça a nuca e pega uma lanterna em seu bolso
- Depende de você, senhorita Armani - Ele fala sorrindo e liga a lanterna no meu olho - Segue o meu dedo, ok?
- Sim, senhor - Digo o obedecendo. Depois de fazer isso por três vezes seguidas ele desliga a lanterna e anota algo na prancheta
- Ok, senhorita Armani - ele fala guardando sua caneta e sua lanterna no bolso do jaleco - A senhorita antes de receber alta tem que entender que pancada na cabeça é algo bem sério. Enquanto você esteve aqui não teve nenhuma hemorragia interna, mas em compensação chegou com uma hemorragia e tanto é um corte feio na testa.
- Eu lembro disso - Ele começa a tirar os meus acessos enquanto uma enfermeira ruiva entra na sala para ajudar
- Quero que entenda que qualquer dor ou tontura a senhora tem que voltar imediatamente para cá
- Lily falou para o senhor que tenho medo de hospitais - Ele solta uma gargalhada
- A mim não, mas tá no relatório
- Droga! - ele e a enfermeira dão risada e depois ele para
- Temos um acordo, senhorita Armani - Ele ergue a mão direita para eu apertar e eu faço isso - Então combinado. Qualquer coisa volte. Amélia vai te ajudar a se trocar e logo depois a senhorita está liberada
- E Anne? - Pergunto a ele e ele sorri
- Ela saiu no almoço e só volta depois de amanhã. O plantão dela acabou - ele começa a andar na direção da porta - Mas eu aviso a ela que você deixou um beijão para ela e que vai sentir saudades das broncas dela - Eu dei risada junto a ele
- Obrigada! Isso seria exatamente o que eu iria pedir - Ele sai e a enfermeira ruiva me ajuda a levantar
- Sua amiga Lily falou que infelizmente teve um imprevisto e não pode vim te buscar, mas passou aqui e deixou essa sacola - Abro a mochila e vejo um vestido azul marinho de gola longa e mangas longas e um tênis branco. O tênis branco é meu, mas o vestido azul, eu nunca vi na vida. A enfermeira me ajuda a me vestir e quando fico pronta ela dar um sorriso largo - A senhorita está liberada
- Obrigada - Retribuo o sorriso e pego as minhas coisas e a mochila e começo a andar para a porta de saída. No caminho vou me despedindo e agradecendo a algumas enfermeiras que me atendiam. Quando saio para fora das portas do hospital, quase perco a vista com o tanto de fleshs que me perseguem. Acho que me confundiram com alguma famosa. Ando rápido até a fila de táxis do lado do hospital e entro correndo dentro do primeiro que vi.

Eu e o meu chefe - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora