Capítulo 8

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- Tudo bem? – A voz de Derren está ainda mais rouca e ele está apenas com uma calça de dormir e com uma cara de sono
- Sim, eu só fiquei com sede. Desculpa se te acordei
- Fiquei preocupado e passei no seu quarto para ver se você já estava se sentindo bem – Ele passa por mim e depois de pegar um copo, enche de água me entrega
- "já estava me sentindo bem"? – Pego o copo e dou um longo gole na água
- Sim – Ele sorri – Você dormiu, mas tivemos que parar o carro duas vezes quando você dizia que queria vomitar
- Eu vomitei?
- Sim. Por isso Eloh tirou as suas roupas, mas já estão limpas na sua bolsa
- Eloh?
- Uma moça que trabalha aqui em casa desde que me entendo por gente
- Ok...- Termino de beber a água e ele pega o copo e coloca na pia
- Vem, vamos para cama – Ele pega a minha mão e me guia até o andar de cima, porém me puxa para a direção contrária do quarto de onde acordei
- O quarto que eu estava dormindo é para o outro lado – Sussurro e ele sorri
- Eu sei – Ele olha para mim – Estava pensando em te colocar em um quarto próximo do meu ou no meu quarto para eu me sentir menos preocupado
- Está preocupado comigo? – Pergunto e ele abre a porta de um quarto maior do que eu estava. Havia uma cama enorme no canto do quarto e as paredes eram substituídas por longas janelas que ia do teto até o chão, cobertas por cortinas escuras. Durante o dia deve ter uma vista incrível
- Deita – Ele fala depois de me sentar devagar na cama e eu o obedeço. Ele começa a andar para o lado oposto do quarto e eu me sento novamente na cama
- Para onde você vai? – Pergunto confusa e ele aponta para o sofá cinza que eu não tinha reparado do outro lado da cama – De jeito nenhum – Me levanto e ele para me olhando
- O que está fazendo?
- Eu que sou a visita. Você dorme na cama e eu no sofá – Ele sorri e coloca a mão na cintura – O quê?
- Somos teimosos demais e vamos ficar discutindo até tarde – É a minha vez de sorri
- A cama é grande. Cabe nós dois – Respondo e fico em choque com a proposta que estou fazendo para o meu chefe
- Ok... – Ele responde e para na minha frente – Onde está a pegadinha na sua frase? – Ele sorri
- Não existe – Respondo com sinceridade e ele para de rir e me olha
- Eu já estava preparando meus argumentos sobre os meus motivos para dormir no sofá e você cria a solução em menos de 20 minutos?
- É... Acho que sim – Falo nervosa e ele volta a sorrir
- Tudo bem – Ele fala e seguimos até a cama. Eu me deito e viro para o lado direito e ele se deita e vira para o lado oposto o que me faz rir – Algum problema, senhorita Armani?
- Problema nenhum, senhor Maxwell – Ele dar uma gargalhada e sinto seu corpo virando. Depois de um tempo sinto suas mãos acariciando as minhas costas delicadamente. Eu me viro de frente para ele e seus olhos fixam nos meus
- Algum problema, senhorita Armani? – Sua voz rouca me faz arrepiar
- Problema nenhum, senhor Maxwell – Sussurro e ele me puxa para perto dele com uma de suas mãos e seus lábios tocam nos meus e depois se afastam
- Acha que estamos indo rápido demais? – Ele sussurra e eu nego com a cabeça
- Acho que de alguma forma ainda estamos sobre efeito do vinho – Sussurro de volta e ele sorri me dando um beijo quente e demorado. Fixo meus dedos em seus cabelos e ele começa a abrir a camisa que estou usando e interrompe o beijo quando os seus dedos encostam em minha cicatriz. Ele olha em meus olhos e abaixa a cabeça depositando caminhos de beijos pela minha barriga até a minha cicatriz e sem perceber deixo escapar um gemido baixo no que lhe encoraja a continuar descendo.
- Espera – Falo rápido e ele suspira, solta a minha calcinha ainda no meu quadril e olha para mim. Seus olhos estão selvagens, mas pode ser porque ele está bêbado
- O que foi, linda? – Ele sussurra
- É que... – Mordo os meus lábios
- Você ainda é virgem? – Ele pergunta com um sorriso encantador e eu nego com a minha cabeça
- Não é isso... Eu só não quero transar com o meu chef – Falo sem pensar e ele se levanta em um pulo
- Droga! Você tem razão... – Ele põe uma das mãos por trás da cabeça – Me desculpe... Eu juro que não vou mais fazer isso – Dou risada e concordo com a cabeça. Ele respira tão pesado
- Me desculpe. Eu também deveria ter pensado mais um pouco antes...
- Não, gata. A culpa não foi sua – Ele sorri para mim e seus olhos descem pelo meu corpo seminu – Eu... – Ele aponta para a porta e segue até ela quase correndo e sai
- Meu Deus – Solto o ar que eu não percebi que estava prendendo. Digito uma mensagem para Lily contando tudo. E como de esperado a resposta dela foi "Não chame um uber. Eu vou até aí te buscar". Corro até o banheiro e tomo um banho rápido. Caminho silenciosamente até o quarto em que eu estava antes e pego a minha bolsa e meus saltos, visto a minha farda que estava dentro da bolsa. Desço as escadas de fininho e quase dou risada por me lembrar que eu fazia isso quando era adolescente e ia para festas escondida dos meus pais. Quando abro a porta da casa e fecho devagar para não fazer barulho me surpreendo com uma buzina familiar

Eu e o meu chefe - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora