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22 Julho 2022 – Tailândia

07:30 am

Khun Sam vira-se para o outro lado da cama pela décima vez, parecia que não tinha dormido direito, por mais que o apagão que a pegou assim que deitou ao lado da sua namorada dissesse ao contrário. Estava terrivelmente cansada, o trabalho da Diversity estava cada dia pior depois que resolveu fechar  contrato com novos investidores.

Do outro lado  estava Mon observando-a acordar preguiçosamente. Os olhos castanhos analisava cada detalhe daquele momento, era palpável a devoção que Mon tinha pela mais velha. Mon amava demais aquela mulher, e o seus olhos denunciavam isso a todo instante, mas a maioria das vezes Sam era cega o bastante para não enxergar o que tinha ao seu lado todos os dias.

Ela tinha o que muitos sonham a vida toda.

— Eu vou sentir muita falta de você, especialmente desse momento, sabia? — Mon murmura tristonha.

— Qual momento específico? — Khun pergunta ainda desnorteada de sono.

— Desse aqui, ué. Ver você acordar com o cabelo desalinhado e essa carinha de sono. Essa é a melhor parte do meu dia, sabia!? – a mais nova respondeu se acomodando mais perto da outra.

A mão de Sam repousou no ombro de Mon, seu polegar fez um carinho sútil ali.

– Não seja boba, amor. São apenas 7 dias fora. Vai passar mais rápido do que você imagina – Respondeu

– 7 dias para mim é o mesmo que uma eternidade, tempo demais. 7 dias Deus criou o mundo, sabia? – respondeu rindo

– Por deus! Como você é idiota! No sétimo dia Deus descansou, então ele fez em 6 dias — disse entrando na brincadeira da outra.

Sam pulou em cima da mais nova, e o ato repentino a fez sorrir sem controle. A mais velha  aproveitou a posição para depositar um beijo na testa de Mon.

– Isso só prova que 7 dias é muito tempo, espertalhona! — provoca. — Agora vem cá – fala puxando Sam para um beijo tímido, que foi aprofundado pela maior.

A esquerda de Mon sobe inativa para o nuca de Sam, fazendo com que a distância entre elas sejam existente, enquanto a direita aperta a cintura guiando os movimentos da outra. A medida que o beijo se aprofundava os quadris de Sam criavam vida própria. Era possível sentir o calor queimar o corpo de ambas. Mas tudo que é bom dura pouco, e no caso delas, POUQUÍSSIMO.

O ar foi faltando ao poucos e o beijo teve que ser interrompido, nesse momento Sam olha para relógio de pulso no criado mudo.

— Droga! Estou atrasada para o trabalho! – exclama a mais velha, saindo de cima de Mon.

— Pra quê tanta pressa, Khun Sam? — perguntou irritada.

— Tenho uma reunião importante hoje, com os possíveis investidores chineses. Preciso ensaiar minha apresentação mais 1 vez, não posso cometer nenhum erro hoje — responde, levantando em direção ao banheiro.

— Sério que você vai me deixar na vontade, Khun Sam? De novo? —  seu tom de  voz era de incrédula.

Mon senta na beirada da cama de braços cruzado. Era frustante pra ela ser mais uma vez deixada de lado, ser a segunda opção quando se tratava do trabalho de Sam. A maioria das vezes ela não questionava, pois não queria parecer egoísta, afinal, Sam lutou muito para construir aquela empresa. Mas a pergunta que rondava seus pensamentos nos últimos dias era: quando ela iria lutar por Mon e pelo que elas tinham?

No último ato desesperado ela tirou a roupa e ficou esperando Sam sair do banheiro. Não demorou muita pra mais velha voltar para o cômodo.

—  Gostei da renda! Foi muito cara?

ANTES QUE O DIA TERMINE (MONSAM)Onde histórias criam vida. Descubra agora