ANTES QUE O DIA TERMINE (MONSAM)

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OUTRA MÚSICA PQ EU QUERO. E PRA OUVIR  O CAPÍTULO TODO, LINDES👍
(DARK PARADISE – Lana Del Rey)

Sam encontrou o corpo da namorada jogado no banco de trás do táxi, tinha muito sangue onde ela estava, a mulher esforçava-se para tentar abrir a porta do carro, mas o esforço era em vão. A porta estava emperrada. Já vencida, Sam estica o mão  pela janela para alcançar a mão de Mon, era o mais próximo que ela chegaria da mulher, ela chora ainda  mais quando ver que Mon continua imóvel.

— Por favor, meu amor, não morre! Aguenta mais um pouco, a ambulância tá chegando... Eu vou continuar aqui segunda sua mão, por favor, não solta minha mão, não me deixa... Por favor, eu te amo, meu amor —  Sam implorava, mesmo sabendo que talvez Mon não estivesse ouvindo. Torcia para que pelo menos os deuses ou universo estivesse ouvindo suas súplicas.

Sam já conseguia ouvir os sons das sirenes ao longe, ou pelo menos ela achava, até um homem tocar seu ombro

— Senhora, afasta, por favor! Eu preciso que se afaste agora! — o homem falou mais alto, puxando Sam de volta para realidade.

Outro homem mais velho puxou Sam para longe, obrigando-a soltar a mão da namorada. A imagem de Mon jogada ali era a única coisa que a mais velha conseguia ver. Suas pernas estavam fracas e a traíram, Sam desabou no chão enquanto assistia os socorrista tirarem Mon das ferragens.

(...)

Samanun continuava segurando a mão da namorada dentro da ambulância, a caminho do hospital. Lembrava de pedir para alguém avisa Yuki, pois ela não tinha coragem e nem forças para fazer aquilo. Sua cabeça estava muito ocupada culpando-se por tudo, pensando: no "E SE".

E se ela não houvesse falado nada no restaurante?

Talvez estaria tudo bem.

E se ela segurasse Mon para não entrar no táxi?

Estaria tudo bem.

E se ela sentasse do lado onde Mon no táxi?

Morreria feliz por salvar o amor da sua vida.

Ela ainda teria o amor da vida dela? Ela não conseguiria viver com isso, não queria viver sem a mulher da vida dela, não aceitaria, e Mon não aceitaria isso. Mon seria forte, como ela sempre foi, iria lutar e voltar para ela. Sam faria tudo diferente dessa vez. Ela amaria essa mulher com todo seu coração...

Minutos depois a ambulância chega ao hospital, Mon foi levada as pressas para sala de cirurgia, o estado era gravíssimo. Sam conseguia vê-la pela enorme janela de vidro, e por alguns instantes, Sam pode ver a namorada abrir os olhos, aqueles olhos estavam olhando-a profundamente, mas não era o olhar que ela conhecia bem, aquele olhar era sem vida, sem o calor que queimava sua pele. O pouco de brilho que restava começou a  apagar aos poucos, e Sam sentia algo dentro de si fazendo o mesmo.

Os médicos começaram a fazer massagem no peito de Mon, enquanto outro segurava uma desfibrilador, foi 1, 2, 3, 4 e 5 tentativas de reanimação. Sam via a decepção no rosto dos médicos, algo havia acontecido, e ninguém fazia nada. Por que estava todo mundo parado? Samanun saiu depressa em direção a porta. Uma enfermeira sai da sala cabisbaixa.

—  Como ela está? Como minha namorada está? Por que você não fala nada? Fala alguma coisa, porra! — gritava com a enfermeira.

— Eu sinto muito....