6 - Juras de sangue

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Presente para vocês: mais um capítulo!!!

Fiquem atentos que o capítulo 5 foi postado pela manhã ♥

Fiquem atentos que o capítulo 5 foi postado pela manhã ♥

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Quinze anos atrás


As tochas ardiam, formando um círculo ao redor do salão cerimonial.

Aidan esperava que aquele dia não chegasse, mas, assim como o passar do tempo era inevitável, ninguém podia escapar das correntes do destino.

— Eu o ajudo a fugir — sua irmã mais velha, Cateline, insistiu outra vez.

— Não diga isso em voz alta. Se alguém te ouvir, você será punida — ele a repreendeu, fitando-a com um alerta no olhar. Sua irmã carregava a filha no colo, a pequena Thyri, que havia ficado órfã de pai a pouco tempo.

— É o destino de todo o primogênito da família. — Ao falar aquilo, fitou a sobrinha mais uma vez, agradecendo por sua irmã ter tido uma menina, e não um menino. — Não há como fugir da marca.

— Se nosso pai...

A menção ao pai fez o peito dele se contrair em raiva e mágoa.

— Nosso pai fez a escolha dele. E agora não há outro caminho para mim.

— Mas...

— Qualquer ato de desobediência de minha parte recairá em uma forma de punição em cima de você e de Thyri, e isto eu não vou permitir.

Ela engoliu em seco, e Aidan soube que os argumentos da irmã tinham acabado. Cateline também sabia que o pai deles poderia ter escrito uma história diferente para a família. E aquilo era o que mais amargava a boca de Aidan.

Não demorou muito para que ele fosse levado e instruído a vestir os trajes militares. Em pouco tempo, estava de volta ao salão. Killian, o único filho de lorde Bóris de Évora, havia se posicionado dentro do círculo desenhado pelas tochas.

— Entre no círculo e se ajoelhe diante de seu mestre, Aidan Villin, portador do sangue do traidor — o mago sacerdote ordenou.

Mesmo contra sua vontade, Aidan fez o que lhe foi pedido.

Pela segurança da irmã e da sobrinha, tinha que aceitar aquela corrente.

Ajoelhou-se diante de Killian e manteve a cabeça abaixada.

— Hoje, a dívida perpétua da traição reivindicará mais um Villin. Hoje, nos lembramos que nenhuma traição a um Senhor de Évora fica impune.

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