Diamorn: Continentes de Guerra.

PRÓLOGO

Há uma teoria que diz existir infinitos universos. Você acredita nela? Gostamos de pensar ser verdade, e projetamos infinitas possibilidades na ideia. Podemos até imaginar os nossos melhores sonhos se tornando realidade. Buscamos nessas realidades o que mais queremos, do fútil ao essencial. Mas, e se, indagarmos que em algum desses universos, ou talvez, em outro planeta, os seres que nele habitam se tratam com igualdade e não se oprimem por simples diferenças físicas ou por interesses egoístas.

Seria possível a existência de tal utopia ou deveríamos nos focar em lutar para mudar a realidade em que vivemos? Já que, não podemos, magicamente, nos transportar a esse mundo almejado, o jeito é apelar para a fantasia. Havendo ou não uma resposta correta para essa questão, isso nunca impediu os oprimidos de agirem pelo seu próprio bem. Em algum lugar, em algum tempo, alguém pelejará. Por si mesmos, depois pelos seus, assim, por um "nós". Os métodos? A motivação? Será que isso realmente importa? Não estamos sempre em busca de um bem estar ideal que nos permita viver ao máximo nessa vida tão finita? A força? É sempre bem-vinda, mas o poder vem de outro lugar além da força bruta em si, pois encontramos nosso melhor amigo quando descobrimos o que é esse tal poder. E é disso que se trata esta história. Você pode acompanhar o que realmente aconteceu e descobrir o que realmente existe por trás de um desses infinitos versos.

E nesse infinito cosmo, tão incompreendido, algures, encontra-se o planeta Diamorn. Esse gigante astro é super-habitável, de flora rica e peculiar, povoada por uma fauna intensa. Ao nos aproximarmos , vemos um grande continente, Gutten'n Rá, com diversos habitantes. Humanos, xíris e mouros, em sua maioria de pele escura, uma consequência evolutiva devido a geolocalização dos seus ancestrais no centro do continente que também ocupa grande parte do centro do planeta, radiados intensamente pela estrela supermassiva que transladam. Já devem ter percebido que aqui, tudo é "super". Devido a uma época de crise, foi exigido que as raças convivessem para sua sobrevivência, hoje, se utiliza o mesmo dialeto, com suas pequenas diferenças regionais e sotaques, obviamente. O que não mudou entre eles foi o ditado "Em Vucá, tudo é para matar". Poucos sobrevivem sozinhos nessa floresta, ela ocupa mais de oitenta por cento de Gutten'n Rá. E nossa história começa um pouco antes de podermos desbravá-la .