—você não entende! Eu te amo! —grito para Yamada, ou melhor, Kazue, em minha frente, empurrando-o com meus dedos esguios e o fazendo cambalear para trás, quase tropeçando-se em meio aos seus pés.
—então pare de me amar! Não podemos manter esse relacionamento! —o homem agarra meus pulsos fortemente, provavelmente deixando uma marca no local, puxando-me para colar meu corpo no dele, de uma maneira irritada.
—eu não consigo, Kazue... eu não consigo —meus olhos se marejam, vermelhos, enquanto suas grandes mãos se deslizavam lentamente a minhas bochechas.
—corta! —a grossa voz de Toshinori ecoa sobre o o cômodo-verde, sorrindo a nós— tá perfeito! Agora você realmente tem que chorar, ok? Aqui o cristalzinho.
Ele se refere a uma pequena pedra asiática em formato cilíndrico, que tem sua função fazer-nos arderem os olhos e estimularem as nossas lágrimas. Ela passa da mão de Yagi, a minha mão, fazendo-me passá-las em minhas bochechas, o local adequado, esperando a quentura subir até meus olhos.
O estalo da claquete é audível, fazendo-nos iniciar uma nova cena, dessa vez, um pedido de desculpas.
—você ainda está bravo comigo... Daiki? —o loiro envolve seus braços em volta de minha cintura, puxando-me para perto, e fazendo todos os meus pelinhos arrepiarem com sua voz rouca em meu ouvido.
—você ainda me pergunta isso, depois de tudo que fez a mim?! —me desvencilho de seus braços, mordendo o maço de cigarro artificial entre meus lábios, ele lança um olhar bravo a mim. As vezes eu até esqueço que aquilo é apenas uma atuação, e não algo verdadeiro.
—eu tinha que fazer isso! Eu precisava me casar com ela, se não, pode ter certeza que eu seria deserdado de minha família —suas mãos alcançam minhas bochechas novamente, que derramavam grossas lágrimas, já que a pedra fez efeito, sem ao menos eu ter percebido isso— eu te amo!
—se você me ama tanto, por que escolheu sua família?! —com um leve tapa, retiro suas mãos de lá, limpando-me as lágrimas com as costas de minha mão. Ele fica sem silêncio, sem saber o que responder a isso, apenas abrindo e fechando sua boca, enquanto encontrava um argumento consistente para se defender— você é um mentiroso...
E então, seus lábios vem ao meu encontro, repentinamente.
Um suave beijo é deixado em meus lábios, assustando-me de início, porém satisfazendo-me no fim das contas —entretanto nunca admitirei que gostei de um beijo dado por um homem. Seus lábios finos se mexiam lentamente sobre os meus lábios levemente grossos, deixando o beijo ainda mais prazeroso do que já é, por conta desse contraste. beijar Hizashi é uma das melhores coisas que já fiz em toda a minha vida, mas apenas como colegas de trabalho, óbvio.
—provei o quanto eu te amo? —sua última frase foi essa, antes do som de claquete novamente ecoar sobre o salão.
—nossa, Yamada! Nem deu de perceber que estava improvisando! —Toshinori novamente solta alguma de suas frases motivacionais a nós, sorrindo terno a ambos. Besta.
Espera, isso não tava no roteiro dele?
Viro meu rosto ao lado contrário de onde a câmera e o diretor, com seu estagiário ao seu lado, tossindo —como uma reação natural— e esfregando meus lábios com os meus dedos, tentando apagar o beijo passado, de algum jeito. Eu sou hétero, já fui casado com uma mulher, então é antiético beijar homens sem planejamento prévio. Muito feio, aizawa.
—pai! —uma voz distante me chama desesperadamente, fazendo-me virar a ela, surpreso. Era Hitoshi, com suas olheiras maiores do que o normal, seus cabelos baixos e roupas confortáveis, enquanto tinha um olhar assustado. E sinceramente, quando Hitoshi contata a mim, é por que algo muito sério aconteceu, eu estou com medo do que isso é.
![](https://img.wattpad.com/cover/300200303-288-k859129.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love grows in my heart || erasermic
Fiksi Penggemar[Aizawa + Yamada = erasermic] Eraser e Mic são atores de sucesso, com suas vidas aparentemente normais. Até que ambos são contratados para fazer um filme de romance, Porém isso se torna fora de controle e o amor deles cresce além das telas.