Ohana se viu medianamente amedrontada, e então Leviatã sorriu. Aproximou-se em passos curtos e colocou-se de joelhos, assim que Ohana estendeu-lhe a mão, inocente, almejando cumprimentá-lo.
-Ohana: Por que está se ajoelhando? - ela questionou de instância e ele sorriu.
Leviatã segurou a mão delicada com zelo, e então selou um beijo demorado.
-Leviatã: Você será minha futura rainha. - ele disse baixinho e Ohana permaneceu silenciosa. - Isso é óbvio.
-Ohana: Como sabe disso?
-Leviatã: Seu coração puro e... - ele fechou os olhos. - E humano, não negam.
Ohana respirou fundo e sorriu ladina, genuína como era. Leviatã colocou-se de pé, e só então quando Lúcifer permitiu, ele se afastou.
-Ohana: Ele é?... - ela questionou baixinho e Lúcifer sorriu.
-Anitta: Leviatã. - respondi-a e ela me olhou ainda confusa. - A inveja.
Ela engoliu em seco a medida em que Lúcifer sorria ladina.
-Anitta: Tudo bem, ele não fará mal algum contra nós. - ela tranquilizou. - Afinal, ele me deve respeito e lealdade.
Lúcifer se aproximou do balcão e montou um drink com maestria e paciência, enquanto Ohana a observava calmamente, junto a Leviatã. Tudo encantava o belo príncipe infernal, haviam séculos que ele não via a luz do sol.
-Anitta: Você quer? - ela questionou e Ohana assentiu.
Lúcifer derreou uma garrafa de whisky no copo de cristal, adicionou uma única pedra de gelo, e empurrou com o indicador sobre o balcão, enquanto Ohana a olhava atenciosa.
-Leviatã: E então... quando vou destronar Deus? - ele questionou eufórico, apoiando o rosto na palma da mão, enquanto se apoiava no balcão e fitava Lúcifer.
O tempo ficou pesado, Lúcifer sentiu a cabeça doer e Leviatã podia sentir todo o corpo queimar. Enquanto Ohana os olhava estranho, sem entender absolutamente nada. Lúcifer deixou o copo de whisky sobre o mármore e levou ambas as mãos aos ouvidos, enquanto tentava lutar contra aquilo que causava-lhe tanta dor. Era o bendito Castiel.
-Castiel: VOCÊ NÃO TEM DIREITO AO TRONO! - o grito soou tão grosseiro, que Leviatã caiu de joelhos ao chão, e Ohana correu em direção a Lúcifer, segurando-a os ombros, tentando acalenta-lá da dor.
-Anitta: Quem diria... - ela sorriu, enquanto respirava um pouquinho ofegante, fitando o corpo de Castiel. - O tão bondoso Deus, na terra. - ela reconhecera o falar, ainda que o corpo não pertencesse a majestade celestial, pura. - Não é homem o suficiente pra descer por completo, hum? E usar a sua própria face?
Lúcifer fechou os olhos por míseros segundos. Seu pai era tão poderoso, tão puro, que um pecador não sentia-se sã diante dele. Ainda que fosse sua filha. Lúcifer concentrou-se, adaptou-se a realidade da qual vivera muitas vezes em toda sua vida eterna, e então conseguiu comportar-se melhor diante do puritano.
-Anitta: Voltando ao assunto. - ela sorriu ladina, mordendo o cantinho do lábio inferior. - Ele não pode... mas eu tenho direito ao trono. - ela sorriu um pouco mais.
-Deus: Você é associada ao orgulho. - ele dissera calmo. - A primeira a se rebelar contra o meu reinado, e diante de tamanha traição, não restou-me uma outra opção, a não ser, deixar Castiel te exilar das regiões celestiais. Não és pura, no trono não sentarás.
Lúcifer teve o punho segurado por Ohana, quando sorriu e ameaçou sair de trás do balcão, e caminhar em direção ao criador.
-Anitta: Eu não sei como esses humanos idiotas acreditam em você. - ela sorriu hilária. - Deveriam questionar a lógica de um Deus onisciente, onipotente e onipresente, que cria humanos imperfeitos e os culpa por seus erros. - ela sorriu mais uma vez. - Que porra de problema você tem, hum? Gosta de brincar de casinha?