Um conto de fadas

Cap.10

Estava tudo indo como o planejado, muita calmaria, sem dor ou medo. Mas dentro de mim, estava um caos pois olhar para aquilo parecia ser o próprio desespero. Pensar que bastante coisa pode ser devastada e que muitos soldados iriam morrer, me fazia entrar em uma total agonia. Mas tudo isto se escondia em um sorriso amigável e abraços em pessoas queridas da alta corte. Ninguém suspeitava o porque do rei estivesse fazendo uma festa ou muito menos oque a família de Constant estava em nosso reino.

De longe conseguia ver o rosto do Guilherme, seu semblante estava o mais calmo possível mas seus olhos me mostravam a pura agonia que ele sentia. Ao perceber que eu o observava, ele rapidamente me encarou e me lançou um dos seus maravilhosos sorrisos, mas desta vez tinha uma pontinha de preocupação.

Após algumas horas de festa meu pai se levantou do trono e as trombetas seguradas pelos guardas ecoaram. Fazendo com que todos parecem oque estivessem fazendo e prestassem atenção.

- Povo de Lim, seu rei consagrado pela coroa tem um grande aviso para repassar. Com o poder concedido a mim, chamo o nosso governante. - disse Nataly saindo e ficando ao lado do meu pai.

- Mileides e lordes, venho lhes dizer que por conta de invasões humanas iremos nos alinhar ao reino de Constant e concede-los a nossa proteção.- Todos dali estavam totalmente calados.

-Devemos um grande favor ao rei Eduard e nossa dívida será paga com nossa lealdade e proteção. Vamos mostrar a os humanos que nunca estaremos só ! Que sempre ajudamos quem precisa independente da situação. Reino de Lim conto com todos vocês, desde as pequenas fadas aos grandes gigantes ! Vamos mostrar nossa fúria a quem ousa nos fazer mal . - Começaram a gritar e cantar o hino de Lim.

"Vivemos escondidos,
mas nunca sozinhos !
Mostrai-me sua força que eu lhe  concedo o caminho, somos todos um !
Seja grande ou pequeno, somos todos um ! Porque nunca cuidaremos de grande dificuldades sozinhos !
Viva ao rei, aquele que está ao trono
Salde a coroa que nunca a desonre
Aqui somos todos um ! Unidos pela coroa, somos todos um !..."

Depois da anunciação, a festa continuou novamente. Parecia que mesmo eles sabendo da guerra, não estavam muito preocupados. Fiquei olhando a movimentação da festa e tudo ocorria perfeitamente bem.

- Está perdida nos seus pensamentos?-falou Guilherme em meu ouvido.

- Só estava tentando entender como eles reagem normalmente com uma notícia dessas - falei dando um beijo em sua bochecha

- Eles já devem ser acostumados, tem seres aqui que tem mais de 400 anos !-disse surpreso e eu ri

- Você é incrível ! - ele me deu um selinho rápido

-Vamos sair um pouco daqui ? - disse baixinho- não aguento essa pressão toda...

- Vem, vamos ! - puxei sua mão e fomos escondidos pelas cortinas, chegamos ao salão onde ficavam todas as salas de reunião, entramos em uma delas e trancamos a porta.

- Não sabia que por aqui tinha tanta porta assim- falou Guilherme

- Aqui é onde os ministros e guardas ficam, devemos estar na sala de Nataly.

- Como você sabe ? - perguntou ele

-Estudo com ela a história do reino, basicamente as aulas são aqui ou na biblioteca.

- Não deveria ficar surpreso, você é ótima em história - ele chegou mais perto de mim, colando nossos corpos- bem que poderia me ensinar...- minha respiração acelerou e meu peito subia e descia

- Guilherme - Falei quando ele encostou a boca no meu pescoço.

-Xiu...- ele subiu para meu rosto e foi ao encontro de minha boca- você é tão linda...- após ele falar isto ouvimos barulhos

- Oque foi isso ? - falei com medo

- Eu não sei, vamos ver ? - saímos da sala e fomos até onde a corte ficava, todos estavam gritando e entrando em desespero, exceto Nataly e meu pai.

- Oque está acontecendo? - perguntei ao papai

- Alguém, de outro reino, está invadindo e fazendo bagunça ! Nataly ! - ela veio ao seu encontro- quero que chame o exército e vá atrás de quem ousa fazer está baderna ! Se encontrá-lo, traga para mim. Eu mesmo darei um jeito.

- Sim, senhor  ! - falou Nataly se retirando. 

-Luna, vá para o castelo junto com os seus irmãos e sua mãe. Chamarei uma quantidade de guardas para ir com vocês. - disse papai

- Enquanto ao senhor ?

- Estarei aqui dando ordens, não vai acontecer nada querida- ele pegou minha mão e a apertou fraco- eu te amo - me deu um beijo na testa

- Também te amo papai...

Ele chamou um dos guardas que me levou até a carruagem, nela já se encontravam meus irmãos e minha mãe.

- Fique tranquila querida, tudo isso vai passar - mamãe segurou minha mão - é só questão de tempo.

Olá leitores ! Tudo bem?
Estarei escrevendo com mais frequência, espero que estejam gostando ! Um bj ❤️

~ Autora