Cap. 17

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Guilherme

-Tem notícias da mamãe?- Estávamos no escritório do Henry.

-Sim, não estou mandando mais cartas. Mas sempre que posso, peço para um dos soldados falar com sua mãe e as crianças. - Já fazia mais de 4 semanas que não via ninguém.

-Tudo bem...está perigoso mandar cartas?- me remexo na cadeira, queria falar com a Luna.

-Não está totalmente perigoso, é só por questão de evitar. - ele da de ombros e o Sr. Herny se junta a nós.

-Também sinto saudade delas, filho...- ele me dá um aperto no ombro como se fosse algo para me confortar.

-Achei que você e a Miriam tinham parado de se amar, nunca mais o vi feliz ao lado dela. - O criado entra em suas  mãos está uma bandeja, cheia de comida e alguns copos com bebida.

-Obrigada...-Herny diz ao criado e ele faz uma reverência e sai.- Respondendo sua pergunta, eu ainda a amo, só não demonstro em público.

-Entendo.- Papai assente- Nunca senti atração por Elizabeth, nosso casamento foi como um acordo comercial. - ele fala como se eu não estivesse na sala.

-Então quer dizer que nunca amou a mamãe? - pergunto, indignado.

-Há, já senti uma atração muito forte por ela...mas acho que nunca chegou a ser amor. - Seus olhos não desviavam dos meus, doeu ouvir isso dele e imagina se a mamãe escuta...

-Ela sabe disso ? - Papai ri

-Acha que ela me ama ? Guilherme, você tem muito oque aprender meu filho. Acho que é muito raro alguém se casar por amor, Henry é um deles. - O rei de Lim ri

-Isso não se trata de "sorte" e sim do momento certo e pessoa certa. Não me casaria com alguém que realmente não amasse, Miriam é como uma parte de mim. - Ele me olha enquanto fala- E acho que ele sabe do que estou falando...

(...)

Os dias são estranhos sem a presença de minha mãe ou dos meus irmãos, agora sei de fato o significado da palavra "Saudade". 

Nunca fui muito chegado ao meu pai, ele nunca me perguntou como foi meu dia, no que estava pensando ou se queria passar a tarde com ele. Eduard não tem seu filho "preferido" acho que ele nunca quis ter um, mas fico feliz por ele tratar todos da mesma forma, acho que é doloroso não ter a participação do seu pai na sua vida mas pelo menos ele não dá atenção só para um de nós.

Depois do café da manhã, Henry e meu pai sairam para visitar as vilas e conferir se tinham feito algo contra eles, no momento nenhum de nós teve alguma informação importante para realmente saber oque vai acontecer. Desde o dia que o homem chamado Farquaad veio aqui, não tivemos mais nenhum confronto. Parece que foi para amedrontar.

Fiz algumas tarefas do dia a dia e fui para o quarto da Luna. Não me canso de ficar aqui, porque é onde eu consigo me lembrar de mais momentos com ela. Deito na cama e fecho os olhos, imagino o rosto dela...seu sorriso meigo que as vezes mostrava os dentes afiados, o cabelo castanho bagunçado que ela sempre tentava arrumar...E de alguma forma tentava me lembra de cada detalhe dela, pra não me sentir só.

Flashback on

-Porque está me olhando assim?- Luna pergunta franzindo o cenho.

-Estou tentando memorizar você.- digo

-Como assim?- ela da um sorriso desajeitado e se senta na cama.

-Não quero esquecer de nenhum detalhe seu quando estivermos separados, então tento memorizar um pouco de você todos os dias. - Pego a sua mão e fico brincando com seus dedos.

-Tenho certeza que você não precisará disso, vamos nos ver logo...- Ela me beija e apoia a cabeça em meu peitoral. - mas por precaução, só memoriza as partes boas- começo a gargalhar.

-E oque seria as partes boas? - pergunto, mexendo em seu cabelo.

-Meu rosto, exceto meu sorriso, não gosto muito. Tenta se lembrar do meu cabelo arrumado e não o ninho de passarinho que é todo dia...- Ela sorri

-Não, adoro você assim. E seu sorriso é lindo, vou memorizar todas as coisas que não quer que eu memorize.

Flashback off

-Senhor? - Marlie estava parada na porta do quarto.

-Sim?- me levanto rapidamente da cama arrumando minha roupa.

-Uma criada, Não parece ser daqui. Mas ela está insistindo em falar com algum de vocês e o senhor é o único que está em casa. - Marlie entra no quarto e fica parada em minha frente

-Leve ela ao escritório, irei para lá com um dos guardas. - Ela confirma

-Senhor, de preferência vá com Nataly. Ela é a única que confio. - Assinto e Marlie faz uma reverência e sai.

Em menos de dez minutos lá estou eu, parado na frente da porta do escritório, esperando Nataly.

-Vamos entrar ? - pergunta ela assim que chega perto de mim.

-Sim, vamos. - abro a porta e lá está uma criada magrinha, com olhos verdes muito claros e uma pele branca.

-Senhor! - ela se levanta da cadeira e faz uma reverência.

-Em que posso ajudá-la ? - me sento em uma das cadeiras em frente a dela e Nataly se junta ao meu lado, mas continua em pé.

-Bom, meu nome é Tanner. Sou criada do Rei August..-Nataly tenta tirar a espada da bainha mais eu a em peço- não vim aqui para arrumar confusão.

-Então diga logo oque tem para dizer antes que acabe morta.-Diz Nataly impaciente.

-Soube que o August está sabendo onde as garotas estão, ouvi a conversa dele com um tal de Artus. E estão pensando em atacar ! Mas eles já tem uma estratégia...-Fala a criada com medo.

-E porque deveria acreditar em você?- pergunto

-Porque elas estão correndo perigo e vocês não estão sabendo de mais nada, além da notícia que acabei de dizer. -Tanner ajeita sua saia

-Iremos ver se é verídico. - Nataly afirma- e se não for, vou atrás de você em qualquer lugar. Sabe disso, não é?-seu tom era ameaçador.

-Sim, sei. Não viria aqui brincar com você Nataly- a criada parecia nem se remexer com a ameaça. 

-Muito bem, então já pode ir andando.- Nataly a força a se levantar da cadeira.

-Não quer saber o resto do que tenho para dizer, alteza ? - pergunta Tanner, sendo escoltada até a porta.

-Claro que tenho, Nataly?- ela se vira para mim- coloque ela em uma das prisões do castelo, quando meu pai e o rei chegarem, falará pessoalmente com eles. - Ela confirma e só escuto os passos delas se afastando...

Olá leitores ! Como estão?
Espero que estejam gostando da história. Um bj 💋

~Autora

(Obrigada Adriel por me apoiar e me fazer continuar a escrever.)

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