O príncipe dos canalhas

Capítulo Nove.

Alguns dias depois.

- Maya – me chamou – O que você vai fazer essa noite? – perguntou.

- Dormir – respondi – Preciso descansar – afirmei

Ela deu um sorriso malicioso – Ou espionar o Heitor pela janela.

Sentei-me na cadeira e coloquei meu material – Não sou ele – afirmei – E estou cansada, a faculdade está me deixando louca.

- Vou avisar ele – falou – Que você vai estar em casa.

Sophie tinha dado uma chave do nosso apartamento para Samuel. Mas a única coisa para qual essa chave serviu foi dar acesso ao Heitor.

Revirei os olhos – Fale a vontade – falei. – Vou dormir com a porta trancada.

Ela riu – Não é para tanto, Maya – falou – Mas me deixa voltar ao assunto principal – deu uma pausa – Vai ser um jantar com o Samuel e eu queria muito que você fosse – pediu.

- Não vou ficar de vela – resmunguei

 – Você não vai ficar de vela – afirmou – Vai ser tipo uma festinha para assumirmos nosso compromisso.

- É uma festa ou jantar? – perguntei.

Ele sorriu – Um jantar com música boa.

Peguei meu caderno – Está bem – falei – Eu vou.

- Amo você – me abraçou de lado.

Ela riu vendo a professora entrar na sala – Boa aula futura professora.

- Caí fora, Sophie – falei sorrindo.

Eu faço faculdade de pedagogia. E Sophie também, porém, estudamos em turmas diferentes. Minhas aulas passaram tranquilamente. E logo foi a hora do intervalo. Caminhei até a mesa de Sophie.

- Cheguei – falei me sentando a sua frente – Oi.

- Fiquei sabendo que você vai ao nosso jantar – afirmou Samuel

- Pois é – falei – Tenho que fazer sacrifícios – Eles riram. Senti uma mão em meu ombro e o apertou levemente.

- Oi Sophie, Samuel – falou – Oi Maya – me deu um beijo no canto da boca – Você está tensa – falou e apertou meus ombros – Precisa de uma massagem – sussurrou no meu ouvido.

- Não preciso – afirmei – Mas, obrigada mesmo assim.

- Não precisa do que? – Sophie perguntou

Heitor se sentou ao meu lado – Não se intromete.

- Seu bruto – ela resmungou – Não sei como ela te atura.

- Ela me ama – Heitor falou convencido

- Mentiroso – falei.

Ele riu. Nosso intervalo foi uma zona. Os meninos foram para suas salas e eu e Sophie fomos assistir a uma palestra.

- Mais trabalho – resmungou

A abracei de lado – Se prepara.

Caminhamos até o auditório.