Vinte e um - Segunda Temporada.

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Acordo no outro dia, o sol entrava pela janela. Bernardo estava grudado em mim e eu nele. Sorri, me lembrando da noite passada. Dei um beijo em sua bochecha e me levantei da cama. Peguei meu blazer que estava jogado no chão e o vesti. Caminhei até o banheiro, e tomei um banho. Enrolei-me em uma toalha, e fui procurar uma roupa para vestir. E sai do quarto. Amélie dormia no sofá da sala. Caminhei sem fazer barulho e fui atrás de algo para comer. Achei um pedaço de bolo e me sentei para comer. Depois de alguns minutos, Bernardo aparece na sala.
- Bom dia – fala, e me da um selinho.
- Oi – falo, envergonhada.
Ele sorri – Tem mais? Estou morrendo de fome.
- Pega ali – aponto para a geladeira.
Ele se levanta e pega um pedaço de bolo com um brigadeiro, e se senta ao meu lado.
- O que quer fazer hoje? – pergunta.
Sorrio – Arrumar as malas – suspiro – tenho que viajar com a Jasmine.
- Seu eu pudesse eu ia ir junto – afirma.
- É só uma semana – afirmo – E logo estarei de volta.
- Quem mais vai? – pergunta.
- Amélie – sorrio – Ela ficou louca quando soube e disse que eu não iria sozinha.
Ele revira os olhos – Inseparáveis.
- Eu e você também – resmungo – E o que vamos fazer? Você disse que tinha uma novidade para contar.
Ele sorri – Antes de você ir viajar eu te conto.
- Vai me deixar curiosa até lá? – o encaro.
Ele da um sorriso travesso – Sim.
- Filho da mãe – ele me abraça, e beija minha testa carinhosamente.
- Também te amo.
Eu bufo. E depois da minha ansiedade passar, conseguimos ter uma conversa normal. Até todo da casa acordarem. Amélie me abraçou tão forte, que pensei que íamos se machucar. Jasmine, como eu sempre acordávamos de mau humor.
- Todo mundo estava te procurando – meu pai falou – E eu disse que você estava com dor de cabeça.
- Mas eu estava com dor de cabeça – minto.
Ele sorri divertido – E eu sei que isso é mentira – pisca.
Reviro os olhos.
- A deixa, amor – ela sorri para mim – aposto que ela aproveitou melhor a noite do que agente.
Com toda certeza. Minhas bochechas começam a ficar vermelhas. E Bernardo, segura minha mão, sorrindo.
- Eles não sabem – sussurrou no meu ouvido.
Eu sorrio para ele como resposta. E depois do nosso café da manhã, que devia ser chamado: "O dia que eu passei mais vergonha.". Acabou eu fiquei livre de todos.

- Sossego – me joguei no sofá.

- Ela se esqueceu de nós – Amélie diz, e cutuca Jasmine.

- Ele é assim desde criança – afirma, sorrindo.

- Vocês entenderão – me defendo.

Duas contra uma é sacanagem �8�Cy. Pego o controle da TV, e ligo no meu programa favorito, desenhos. 

- A não – Jasmine resmungou – ainda não perdeu essa mania?
Dou de ombros – Faço pedagogia, e ás vezes é bom ver o que as crianças vêm, para estar a par do assunto.
- Ás vezes? – Amélie me encara – Não seja mentirosa – pede sorrindo – você assiste sempre.
Reviro os olhos.
- Já disse o motivo.
Bom, o motivo não tem haver com a pedagogia, e sim porque quando me sento para assistir eu relaxo, esqueço os problemas. E isso é uma coisa boa. Elas resmungam mais algumas coisas, mas acabem se sentando comigo.
- Temos que fazer planos – avisa Jasmine
- Bom quem mora lá é você – e encaro – e é bom, que tenha lugares legais para me levar.
- Chata.
- Vamos decidir na hora – Amélie sugere.
- E agora temos que arrumar as malas.
Respiro fundo, e desligo a TV.
- Eu estava assistindo – Jasmine resmunga.
- As malas – dou de ombros – fora que você não gosta de assistir desenhos – dou ênfase nos desenhos.
Ela suspira e levanta acompanhada de Amélie. Caminho para meu quarto e pego minhas malas, para começar a arruma-las. As meninas me ajudam, e quando acabamos as colo em um canto. Eu já tinha tirado o visto, então o principal estava certo. Joguei-me na cama, e peguei meu livro para terminar de ler, já que eu não levaria na viagem. E o tempo passa rápido, demais.
- Mel – Jasmine entra no quarto – seu amor ta ai.
Eu dou um sorriso de lado – Pede para ele vir aqui.
Ela sorri, e da uma piscadinha, e sai do quarto. Logo ouço batidinhas na porta.
- Pode entrar.
Ele sorri, só coloca a cabeça na porta – Tem certeza?
Eu finjo de desentendida – Sei lá.
Ele sorri, e entra no meu quarto.
- Vamos dar uma volta – ele pede – precisamos conversar.
Eu o encaro, e um medo toma conta de mim.
- O precisamos conversar? – eu pergunto.
Ele sorri – Logo você vai saber.
Eu franzo o cenho, e me levanto da cama. Caminho em sua direção, e lhe dou um selinho demorado. E pego uma vestido, e uma blusa de manga longa.
- Coloca um saltinho – ele pede.
Eu dou de ombros, e pego um salto preto. Vou ao banheiro e me troco rapidinho. E faço minha higiene, e volto para o quarto.
- Nunca vou precisar reclamar de tempo – ele diz orgulhoso.
- Menos – eu peço – Só que eu só assim, pratica.
Ele sorri e me abraça por trás.
- Vamos.
Eu faço que sim, ele pega minha mão e entrelaça nossos dedos.

Bernardo estacionou o carro em uma doceria, que nos dois adorávamos. Ele me abraçou de lado e entramos assim. Ele procurou uma mesa, e se sentamos.
- O que vai querer? – perguntou, seu olhar esta fixo nos cardápio.
- Eu quero que você me fale o que você quer me dizer – falo entre os dentes.
- Primeiro se alimente, e depois eu falo – falou divertido.
- Eu já comentei que eu quero mata-lo.
Ele deu de ombros – Você me ama – me encarou – não teria coragem de fazer umas coisas dessas.
Eu reviro os olhos, e bufo. Uma moça vem anotar os nossos pedidos e logo sai.
- Tudo pronto para a viagem? – ele pergunta.
- Sim – respondo – Só tem um problema.
- Qual?
- Eu não to querendo ir – admito.
Ele da um sorriso travesso – Vai ser bom – ele afirma – Para você se distrair um pouco, conhecer coisas novas, e tais.
- Você tem o mesmo discurso – resmungo – tem que trocar a fita.
- Fita?
- Esquece – falo sorrindo.
- Você é igual a sua mãe – ele afirma.
Eu ergo uma de suas sobrancelhas – Como?
- Seu jeito meio maluquinho de ser.
A moça volta com nossos pedidos. Eu pego eu tomo um pouco de vinho, e mordo um pedaço do bolinho.
- Acho que agora eu vou falar – ele diz meio contrariado.
- Por falar – eu incentivo.
Ele suspira – Quando você voltar de viagem, eu não vou estar mais aqui – ele afirma.
Eu tiro meu olhar do dele, e fito o meu prato. Fecho meus olhos tentando digerir o que ele acabou de dizer. Ele vai embora.
- Me deixa explicar – ele pede – aposto que você pensou que eu vou ir embora. Mas eu não vou – ele da uma pausa – quero dizer eu vou.
- Você vai embora? – pergunto.
Ele segura minha mão, que esta em cima da mesa, e faz carinho na mesma.
- Lembra quando eu te disse que eu ia fazer um estagio fora do país – eu faço que sim – eu fui chamado. E eu vou ir segunda feira, eu vou voltar.
- E se você quiser ficar lá? – pergunto.
Ele da um sorriso de lado – Eu levo você junto – eu o encaro – Minha vida é aqui, tudo o que eu amo esta aqui – ele aperta minha mão – por que eu ia querer ficar lá?
Eu dou um sorriso de lado, mesmo estando triste. Eu estou feliz, por ele. Ele sempre quis isso, e agora ele esta realizando um sonho. E não vai ser eu que vou o fazer desistir.
- Parabéns amor – falo e levanto e vou para mais perto dele, e o abraço.
Algumas lágrimas descem, mas ele percebe. E as secam.
- Eu tenho mais uma surpresa para você – ele sorri de lado.
E meu coração acelera.
- Mas talvez – ele me analisa – você aceite.

O príncipe dos canalhasOnde histórias criam vida. Descubra agora