Nove meses depois.
- O que foi Sophie? – perguntei.
Sophie já estava com uma barriga tão bonitinha.
- Estou cansada – afirmou. E se sentou no sofá.
- E então vamos fazer o que? – perguntei
Ela sorriu – Nada – respondeu.
- Que tal irmos ao shopping – dei uma pausa – para comprar roupinhas para a nossa bonequinha.
Ela sorriu – É pode ser – falou. Ela se levantou com certa dificuldade – E você quando vai ser mamãe?
Eu sorri com a ideia – Somos novos de mais – afirmei – E queremos aproveitar – falei.
- O Heitor me disse que quer – afirmou – E eu apoio ele – Sophie disse.
Revirei os olhos – Vamos logo.
Ela deu uma gargalhada. Enquanto esperávamos o elevador. O mesmo se abriu e apareceu Samuel e Heitor, suados.
- Oi amor – Heitor falou e me deu um beijo na testa – Me dá um abraço – pediu
Afastei-me – Só depois que você tomar um banho – afirmei
Samuel e Sophie se olhavam. Quando Sophie descobriu da aposta ele terminou tudo com Samuel. E já faz nove meses.
- Oi – Sophie falou
- Você está bem? – perguntou – E a nossa menininha?
Ele se abaixou e deu um beijo em sua barriga.
- Eles ainda se gostam – Heitor sussurrou em meu ouvido.
- Eu sei – falei baixinho. Mas eu tinha a sensação de que se eu os gritasse não ouviriam.
- Maya – Sophie falou – vamos – me olhou.
Eu assenti – Tchau – falei.
Entramos no elevador e fomos para a rua. Nós fomos caminhando devagar. Até chegarmos ao shopping.
- Porque vocês não voltam? – perguntei. Ela sorriu.
- Eu queria – afirmou – Mas não sei se devo.
Eu sorri – Você é orgulhosa.
Ela sorriu – Também.
Andamos sós em algumas lojas. E depois tomamos uma casquinha. Liguei para Heitor vir me buscar. E voltamos para casa.
- Vamos – Sophie olhou no relógio – Está na hora – afirmou sorridente.
- É só falar na boneca que você já se anima – resmunguei.
Sophie iria a sua última consulta. Nossa bonequinha não quer nascer. E como os médicos deram um prazo e se não nascesse até hoje. Ele a internariam e fariam o parto. E a nossa bonequinha, nem deu sinal de vida.
- Peguei tudo? – Sophie perguntou.
- Aparentemente sim – respondi – Qualquer coisa eu te levo depois – afirmei.
Caminhamos até o carro. Entramos e fomos direto para o hospital. Lá fizeram os exames e como já prevíamos a internaram. A acompanhei em tudo. Mas decidi que Samuel que deveria estar com ela. Peguei seu número e liguei para ele.
- Alô – falou – Quem é?
- Oi. Sou eu a Maya – falei – E preciso que você venha para o hospital – afirmei – Rápido.
- Aconteceu alguma coisa? – Samuel perguntou
- Sua filha ta nascendo bobão – falei um pouco alto.
- Minha filha – falou como um sussurro – Eu to indo para ai.
Eu desliguei. E liguei para Heitor. Que disse que logo chegaria. Depois de alguns minutos Samuel chegou.
- Quer acompanhar o parto? – o médico perguntou
- Quero – respondeu. Ele olhava para Sophie com ternura.
- Boa sorte – dei um beijo na bochecha de Sophie. E sai do quarto. E encontrei Heitor na recepção.
- Oi – falei. E o abracei – Estou ansiosa.
- Eu também estou – falou – Quero conhecer minha sobrinha.
Ficamos na recepção. E o tempo parecia não passar. Até que Samuel sai da porta. Com um sorriso bobo nos lábios.
- Nossa boneca nasceu – afirmou.
Suspirei aliviada – Parabéns, papai – brinquei.
Ele sorriu – Podemos ver ela – ele assentiu – Então vamos.
Falamos na recepção e nos liberaram entrar. Fomos ao berçário e vimos nossa bonequinha.
- Quando vamos ter a nossa? – Heitor perguntou
- Em breve – falei sorrindo.
Ele beijou meu pescoço. E depois fomos ver Sophie. Abrimos a porta de vagar.
- Oi, mamãe – falei. E lhe abracei.
Ficamos no hospital até Samuel chegar depois fomos para casa.
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O príncipe dos canalhas
ChickLitVocê já ouviu falar de contos de fadas? Um príncipe, uma princesa, e é a claro uma coroa. Quem um dia não quis poder ter uma vida de contos de fadas! Eu já quis, e nos meus sonhos, eu podia ser uma princesa, e era isso que eu era. Como a maioria das...