Vinte e três - Segunda Temporada.

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Melissa.
Segunda feira.
Hoje era o dia que o Bê iria embora. Nós aproveitamos muito os últimos dias, mas mesmo assim essa historia me deixava muito triste.
- O que você ta pensando? – Bernardo perguntou.
- Tantas coisas – sorrio de lado.
- Muitas coisas – ele faz cara de convencido – eu também to pensando bastante coisa.
Eu o encaro – Que coisas?
Ele sorri – Que temos que conversar – ele sugere – esse silêncio esta me matando.
Eu apoio minha cabeça em seu ombro.
- Queria que tudo fosse diferente.
- Como assim? – ele me olha
Eu sorrio – Que você não tivesse que ir embora, mas conseguisse realizar seu sonho. Que eu pudesse ir com você.
Ele suspira, e fica em silêncio.
- Quando você volta?
- No natal.
- E você vai vir no casamento da mamãe? – pergunto.
- Não deixaria você sozinha – ele responde.
Minha mãe aparece na porta do quarto e sorri.
- Tem um táxi na porta – ela afirma – foram vocês que chamaram?
Dou um suspiro triste, minha mãe me encara.
- Foi – Bê fala – Você vem?
- Claro.
Dou um suspiro e me levanto da cama, pego uma blusa. E caminho com ele ao meu lado. Ele se despede da minha mãe e nos vamos em direção ao táxi, e logo chegamos ao aeroporto. Bernardo faz os procedimentos necessários, e ele vai para uma sala para esperar o embarque.
- E aí, ansiosa? – ele pergunta.
- Muito – respondo – Aposto que as meninas vão aprontar muito.
- Eu imagino a confusão.
- Mas eu acho que vai ser legal – eu o encaro – faz tempo que eu não vou ver ela.
- Aproveita – ele pede – e me manda fotos.
- Quero fotos também.
- Até mesmo dos relatórios?
- De tudo – brinco.
Ouvimos seu voo ser chamado, e meu coração se apertam.
- Acho que chegou a hora – ele diz.
Eu me levanto, e o abraço apertado.
- Cuida do meu apartamento – ele me entregou a chave – e pode ir lá sempre que quiser.
- Vou cuidar – suspiro – Você lembra o que me prometeu?
- Não vou esquecer-me de nada – ele sussurra em meu ouvido.
Meus olhos se enchem de lagrimas.
- Eu vou sentir sua falta – falo baixinho.
- Eu também vou – ele segura meu rosto, entre suas mãos – mas pensa assim, que logo eu vou voltar.
- Vou pensar – sorrio de lado.
Ele sela nossos lábios – Qualquer coisa você já sabe – ele me analisa – E eu amo você.
Seu voo é chamado de novo, e eu fecho meus olhos.
- Eu também te amo.
Eu o beijo.
E então ele vai. No meio do caminho ele anda, e acena para mim. Meu coração fica apertado, e eu começo a chorar baixinho.

O príncipe dos canalhasOnde histórias criam vida. Descubra agora