Dez - Segunda Temporada.

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- Não quero conhecê-lo - resmunguei para Bernardo, que estava ao meu lado.
- Calma - pediu - e é só falar a verdade.
Franzi a testa - Mas eu tenho dó - resmunguei.
Bernardo me encarou - Então fica com ele e depois quando ele voltar você termina.
- Sem coração - resmunguei.
Ficamos esperando na rodoviária por longos minutos, até eu ver ele. Gustavo caminhava em nossa direção. Abri um sorriso.
- Oi amor - ele me abraçou - Até que enfim a gente se conheceu.
Sorri - Oi - falei, envergonhada.
Ele olhou para o Bernardo, e o sorriso sumiu - Quem é esse?
Sorri - Esse é o Bernardo - o olhei - meu melhor amigo.
Ele fez um cumprimento com a cabeça, e Gustavo retribuiu.
- Então vamos - ele pegou na minha mão.
- Vai ficar quanto tempo? - perguntei, ouvi a risada de Bernardo.
- Duas semanas no máximo - respondeu.
- Bastante tempo - afirmei, ele sorriu.
- Vamos chamar um táxi - pediu.
- Vamos com o Bê - falei - Né Bê? - eu o cutuquei.
- Isso - falou me encarando.
Caminhamos até o carro de Bernardo, e ele levou Gustavo para o hotel em que ele iria ficar.
- Você não vem, Mel? - perguntou.
Sorri - Tenho que resolver umas coisas com a minha mãe - afirmei - mas a gente marca alguma coisa.
Ele me deu um selinho, e entro no hotel.
- Mentirosa - Bê falou, e de uma tapa na minha cabeça.
- Doeu - falei, e passei a mão onde ele me bateu - Não me sinto a vontade de ficar com ele - suspirei - entende?
Ele apenas assentiu, e ficou em silêncio. Ele me deixou em casa e eu subi para o minha casa. A casa em que eu morava, era a mesma em que meu país morava quando se conheceram. Uma vez eles me disseram que aqui tinha história demais, para eles se mudarem.
- Oi - falei desanimada.
Minha mãe me encarou - Vem aqui - bateu com a mão no sofá - vamos conversar.

Eu a olhei coloquei minha bolsa de um lado e me sentei ao seu lado - Mãe - ela me olhou - eu estou namorando.
- Com quem? - perguntou.
- Com o Gustavo - respondi - Você não o conhece eu namorava com ele virtualmente, já faz uns dois anos.
- Dois anos? - minha mãe perguntou incrédula.
- Sim, eu nunca contei nada para ninguém - suspirei - por eu pensei que não ia para frente - ela me analisou - e do nada ele apareceu aqui.
- Dois anos - ela repetiu - Certo, quero conhecê-lo - pediu.
- O problema não é esse - afirmei, e ela fez um sinal para que eu continuasse, eu suspirei - eu não o amo - ela fechou os olhos - e eu não quero mais nada com ele.
- Termina com ele - minha mãe falou.
- Tá ficando sem coração, mãe.
Ele suspirou - E você também, que está iludindo ele.
- Ele não é iludido - afirmei.
- A vida é sua amor - passou as mãos em meus cabelos - então você que decidi.
Mordi meu lábio - Obrigado, mãe - dei um beijo em sua bochecha.
- Sua irmã ligou - falou sorridente - e avisou que vai vir passar o aniversario com você.
Eu sorri - E ela vem quando? - perguntei animada.
- Semana que vem - ela suspirou - e tem mais - eu a encarei - e você vai voltar com ela.
- Mãe, eu não quero - resmunguei.
- É só uma semana - explicou - vai ser bom.
O celular da mamãe começou a tocar, e ela me deixou sozinha na sala. Levantei do sofá e procurei o controle da TV, e coloquei em um canal de clipes, e fiquem assistindo. Depois que comecei a ficar entendida, desliguei e fui para o meu quarto.
Peguei meu pijama e fui tomar um banho, bem relaxante, sai do mesmo e me joguei na cama. Peguei um livro e comecei a folhea-lo, respirei fundo e enfim comecei a lê-lo.
Meu telefone começou a tocar, atrapalhando minha leitura.
- O que foi? - resmunguei.
- To atrapalhando? - perguntou - eu ligo mais tarde.
- Não pode falar - pedi.
Ele já tinha atrapalhado mesmo.
- Eu queria dar uma volta por aí - pediu - eu te busco.
Revirei meus olhos - Eu to com aquele compromisso hoje - menti - mas amanhã a gente pode se ver.
- Que tal uma baladinha - sugeriu
- Por mim tudo bem - afirmei.
- Beijos, até amanhã.
- Até.
Ele desligou e eu voltei a prestar a atenção ao meu livro. Meu dia se resumiu em comer e em ler. Conversei com meu pai, e com minha mãe e concordei com a tal viagem.
Semana que vem seria longa.

Como eu tinha aceitado comecei a me arrumar para encontrar Gustavo. Coloquei uma regata branca, e uma meia calça presa, assim como a minha saia. Coloquei um salto, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fiz uma maquiagem simples. Peguei uma bolsa, e foi avisar.
- To saindo mãe.
Ela sorriu - Aproveita - pediu, e piscou.
Nós tínhamos combinado de se encontrar lá na baladinha. Pedi um táxi e ele me deixou na porta. Onde Gustavo me esperava.
- Oi - falei, e dei um beijo em sua bochecha.
- Oi - falou - Vamos entrar - falou e pegou em minha mão me levanto para dentro.
Direcionaram-se ao balcão, ele pediu bebidas.
- Não bebo - falei, e lhe devolvi o copo.
Ele sorriu - Vou pedir outra coisa - avisou, e pediu alguma sem álcool para mim.
- Obrigada - falei, e tomei um gole da bebida.
- E aí - ele me encarou - preparada para se divertir?
Eu sorri - Claro.
Nos se sentamos em lugar, fora da festa.
- Sempre quis te conhecer - passou a mão em meu rosto.
- Sempre fomos amigos - sussurrei - então é normal.
Ele tomou um gole da sua bebida - Você sabe - eu o encarei - não me importa que você tenha me traído - afirmou.
- Oi? - perguntei confusa.
- Não mente - pediu - Seu "amigo" - ele fez aspa com as mãos - sei bem o que vocês são - resmungou - eu só peço respeito.
Dei uma gargalhada - Eu e o Bê, nos somos amigos - ele me encarou desconfiado - não confia em mim? - perguntei.
- Confio.
- Então? - arqueei minha sobrancelha.
Ele me olhou nos olhos.
- Vamos mudar de assunto - pediu e sorriu - como seu namorado - ele olhou para os meus lábios - eu posso fazer isso.
Ele colocou uma de suas mãos em minha nunca e me puxo para si, e me beijou.

O príncipe dos canalhasOnde histórias criam vida. Descubra agora