Capítulo Dezesseis.

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☆ Heitor ☆‎ 

Ouvi batidas na porta e depois ela abrindo sem permissão.

- To entrando – Maya fala – Se tiver pelado se cobre – brinca – Quando ela olha para mim - O que foi? – pergunta.

- Nada – respondo.

Ela sorri – Mentiroso – Ela passa a mão em minha perna – Só vim avisar que to indo para casa – fala. Ela se levanta e vai em direção á porta.

- Maya – a chamo. E se vira e me olha – Deita aqui comigo? – peço. Mesmo sabendo da hipótese de levar um belo não.

Ela me analisa e parece pensar na pergunta. Ela se aproxima e senta na cama. Tira seu sapato. E se deita. Mas longe de mim.

- Pronto – fala.

Eu me aproximo dela. E a abraço. E para minha surpresa ela retribui. Ela enrosca suas pernas na minha.

- Você está meloso hoje – afirma – Mas isso me soa como – ela faz aspas na mão – Toma cuidado – ela faz uma pausa dramática – Ele vai te dar o bote, a qualquer momento.

Eu dou risada. – Não sou cobra – afirmo.

Ela revira os olhos. E me aproximo meu rosto do seu. Ela na recua. A puxo mais para mim. Mordo seu lábio inferior e a beijo. A viro fazendo com que eu fique por cima. Ela retribui o beijo. Termino o beijo com selinhos.

- Eu disse – sussurra contra meu lábio.

- Não estraga o momento – falo. Ela da risada.

- Fingi que eu não falei nada – brinca.

Ela envolve seu braço em meu pescoço. Sento-me na cama. E a puxo para meu colo.

- Acho que voltei a ser criança – resmunga.

- Maya – a repreendo. Ela sorri.

Ficar perto da Maya me trazia paz, e como consequência esquecia tudo a minha volta. Ela encosta seu rosto na curva do meu pescoço. Faço carrinho em suas costas.

- Sabe – ela fala – Vou sentir sua falta.

- Não vou embora – afirmo.

- Eu sei disso – afirmou – Estou dizendo quando forem as festas de fim de ano – deu uma pausa – E quando Sophie voltar a morar comigo.

- Eu não deixo ela voltar – falo. E sinto-a sorrir.

Ficamos em silêncio novamente.

- Maya – tomo coragem – Você me promete uma coisa? – pergunto.

Ela me olha nos olhos – Sim.

- Que não importa o que eu faça – dou uma pausa – Certo ou errado. Você jamais vai parar de falar comigo.

Ela me olha confusa. – Porque isso, Heitor?

- Só responde Maya – falo – Por favor.

- Sim Heitor – da uma pausa – Eu não vou te abandonar – Ela aperta minha bochecha.

Sinto-me mais tranquilo. Sei que amanhã ela pode esquecer. Como também quando ela descobrir vai querer me matar. Mas eu sabia de uma coisa. Sem ela eu não poderia ficar.

O príncipe dos canalhasOnde histórias criam vida. Descubra agora