Ser uma hibrida já é muito, agora ser uma hibrida e não ter total noção de sua condição é além de tudo.
Allison é uma hibrida humana e vampira com apenas seis anos de nascida, abandonada desde nascida após a mãe morrer e se vira como pode
Se muda p...
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TEPT
Transtorno de estresse pós-traumático, distúrbio causador de serias coisas ao indivíduo.
Porém quando pensamos na mente de um ser imortal, quase indestrutível isso é impensável, os mesmos passaram por quase tudo, viram quase de um tudo, mas o que dizer quando metade desse mesmo ser é humano.
O TEPT é a revivência de episódios traumáticos, coisas simples para os não envolvidos as vezes é a causa de um episódio para o indivíduo traumatizado e se não tratado se torna cada vez mais grave.
Todavia as vezes nem mesmo o próprio paciente percebe o que acontece, as vezes nem ele se da conta de que está em uma crise, e talvez tenha sido isso que tenha causado a série de acontecimentos que levaram ao meu descontrole mental. Não só o estopim, mas o começo da minha parte humana, a parte em que ela se sobressai e mostra tudo o que ela pode me trazer além do que eu pedi.
E momentos em que parece estar bem, mas de repente a sua realidade não é a mesma de todos a sua volta, achei que nuca teria que passar por isso, até algo me lembra de tudo o que eu queria esquecer
- Mas você não vai me contar mesmo o que está acontecendo entre vocês?
Paro de misturar a massa de bolo em minha mão para olhar para bela do outro lado da cozinha que estava terminando de preparar um peixe que tio Charlie havia ganhado e me olhava de uma forma bastante interessada.
- Eu realmente não sei o que você quer que eu diga branca de neve
- Allison, você sumiu depois da escola, não tive notícias suas até hoje de manhã e além disso você me aparece toda confortável ao lado do Cullen!
Dou de ombros não me importando tanto com esse fato, depois dos últimos dias eu meio que tinha realmente me sentindo muito mais confortável
- Ele é legal, ontem eu saí com ele depois das aulas, ele me levou até um jardim secreto no meio da floresta. E hoje de manhã ele foi-me dar bom dia
Volto a bater a massa enquanto bela tinha meio que uma epifania pensando no que quer que fosse
- Isso quer dizer que você vai falar com eles sobre aquele assunto?
Não a respondo e vou procurar uma forma, porém quando mais cedo eu quase coloquei todo o meu segredo na mesa e depois durante todo o dia em que evitei tocar em qualquer assunto fosse na aula de biologia ou de química com os Cullen, eu realmente pensei se não era uma boa ideia confiar nos mesmos.
De todos que sabiam sobre mim sempre foi pelo mérito dos próprios e eu sabia que depois sempre era ruim só pra mim, e com a possibilidade de haver alguém ao menos parecido comigo era uma ótima oportunidade de encontrar respostas
- Eu não sei, talvez. Hoje mais cedo eu meio que me entreguei, e talvez você tenha razão e eles possam me ajudar com as minhas pesquisas
- Isso pode ser perfeito Allie - Me viro na direção da porta trazeira quando escuto passo e logo sinto o cheiro forte de Paul, o mesmo entra sem bater o que assusta bela. - Paul será que você podia ao menos bater antes de entrar!
- Desculpa lindinha....
E foi naquele momento quando um apelido que não era direcionado a mim fez meu sangue gelar e eu senti a pior sensação do mundo, um tipo de medo muito diferente do que era possível, uma vontade gigante de me esconder e ao mesmo tempo gritar e me espernear.
Quando voltei ao presente a tigela em minhas mãos estava espatifada, a massa toda espalhada no chão e um líquido vermelho se misturava a ele
- Allie!
Levantei meu olhar encontrando com o de bela que tinha um pano nas mãos para limpar o chão, mas que não ousava chegar perto por estar sendo segurada por Paul, seu rosto era cheio de preocupação e notei que o meu próprio estava banhado em lagrimas
- Desculpa branca de neve, eu faço o bolo outro dia
Me virei e rapidamente sai de sua casa mesmo enquanto ela me chamava, me sentia envergonhada até mesmo de estar no mesmo ambiente que qualquer outra pessoa ao tempo que minha cabeça começou a parecer que pesava muito mais que o normal
Quando o dia amanheceu era a primeira a chegar no colégio, tratei de me manter afastada até de quem me encontraria facilmente.
Era impossível dizer que havia dormido, durante toda noite a única coisa que havia feito tinha sido me remexer na cama e passar horas debaixo do chuveiro, minha cabeça pesava a cada minuto e insistia em querer me machucar com coisas que achei ter esquecido
- Bom dia baixinha! Você está fugindo de alguém ou é impressão minha?
- Bom dia Emmett, só não me sinto muito bem hoje
O mesmo se sentou e me olhou atentamente
- Sou eu quem não durmo e você quem tem olheiras horríveis
Sorrio mesmo desanimada e logo o professor está entrando junto com um sinal que parecia martelar em minha cabeça
- Se sente rápido, hoje temos uma simples atividade que deve ser entregue até o fim da aula, vocês estão em química avançada então são capazes de fazê-la
O mesmo retira várias folhas da bolsa e começa a distribuir por carteira, vejo alguns colegas suspirarem em frustação e outros em alívio, quando chega a nossa mesma pego a folha que o mesmo nos oferece e sinto todo o ar sumir do meu corpo
- Eu quero que vocês caracterizem, façam uma ficha completa sobre o elemento que eu lhe dei
Meus olhos pareciam estar grudados no elemento que nos foi entregue e cada vez que eu o olhava parecia que o mesmo se tornava mais notório, quase como se saísse do papel
Chumbo
- Ei baixinha você se sente bem?
Mesmo que eu tivesse certeza de que a voz de Emmett era o mais baixa possível, naquele momento era como se ele gritasse. De repente pareceu que tudo a minha volta tinha ficado mais alto e eu estivesse sendo diminuída, meu corpo sempre quente pareceu gelo, minha cabeça tinha triplicada em peso, engasguei-me com a minha própria respiração e enquanto algo acontecia a minha volta eu só podia pensar em uma coisa
Chumbo mata, machuca, eu não quero morrer não posso voltar para aquele lugar
