Após voltar ao Brasil depois de três anos rodando o mundo com o seu trabalho, Amanda Bianchi se depara com a sua antiga vida de volta diante de seus olhos. Antigos amigos, um antigo amor... Ela vai se permitir viver tudo isso novamente mesmo sabendo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
festa
Amanda Bianchi
Já tem um mês que eu cheguei ao Brasil e eu não poderia estar mais feliz. É muito bom ter a oportunidade de descansar depois de anos sem nem uma semana de férias. Obviamente eu não vou conseguir ficar um ano inteiro sem fazer nada apenas existindo e sendo inútil.
Semana que vem terá o São Paulo Fashion Week e algumas marcas enlouqueceram quando souberam que eu estava no Brasil e disponível, eu aceitei logicamente.
- Vocês podiam ir no meu desfile! - falei de repente para os meninos.
- Não sei não em, não sou muito fã dessas coisas de moda. - Rich disse.
- Ah me desculpe se pareceu que vocês tinham opção. - falei sarcástica. - Vocês vão e ponto final.
- Só se você apresentar suas amigas modelos. - Antony disse.
- Vocês dois são muito chatos, cara. - falei revirando os olhos. - Inclusive deu de sol por hoje, especialmente nesse desfile não posso estar muito bronzeada.
- Que frescura de modelo é essa? - Rich perguntou.
- Algumas marcas exigem que as modelos estejam de acordo com o padrão deles, é um saco isso. - respondi enquanto saia da piscina.
- Vamos de altinha? - Antony perguntou e eu concordei, não sem antes reclamar um pouco. Os meninos passaram a tarde comigo e antes de irem embora confirmaram que de noite passariam aqui para me buscar e irmos em uma balada que segundo eles é mega exclusiva.
Hoje eu estava afim de me divertir como há tempos eu não fazia e iria arrastar os meninos comigo nessa.
Depois de me arrumar mandei mensagem pro Rich avisando que já estava pronta e em menos de dez minutos eles chegaram.
- Pontuais, que milagre. - falei entrando no carro.
- Que caralho de vestido é esse, Amanda? Onde você pensa que vai desse jeito? - Antony perguntou e se virou, dessa vez quem estava dirigindo era o Rich.
- Gostou? Lindo né. - perguntei debochada.
- Não tinha uma coisa mais decente? - Rich perguntou.
- Mas é decente gente! É até de manga longa olha. - falei colocando meu braço pra frente e eles me olharam indignados. - Não começa com esses ciúmes pro meu lado em. Hoje eu quero aproveitar a noite, nada de vocês dois me cercando como dois seguranças.
- Já tô até vendo o trabalho que você vai dar, misericórdia. - Rich disse e eu mudei de assunto, fomos conversando sobre coisas aleatórias até que o fofoqueiro do Antony dizer que tinha um babado muito grande pra contar.
- Fala logo irmão. - Rich disse agoniado.
- Vocês dois são muito fofoqueiros. - falei dando risada e o Antony me mostrou o dedo.
- Até parece que você não está curiosa pra saber, não se faz. A gente te conhece.
- Fala logo, Antonio! - disse dando um tapinha de leve na cabeça dele.
- Estão preparados? Lá vai. 3,2,1. - fez aquele suspense idiota. - Nosso querido amigo Neymar Junior está solteiro e solto na pista.
- Achei que era uma coisa importante. - falei com um certo tédio na voz.
- Não se faz, Amandinha. - Rich disse me olhando pelo retrovisor do carro. - Sua chance de se acertar com o nosso camisa dez em, vai deixar passar. - eu não respondi e ele claramente não conseguia segurar a lingua dentro da boca. - Vocês eram amigos antes de namorar, não conseguem nem ter uma amizade saudavel de volta?
- Sei lá, eu nem penso nisso. - falei sincera.
Chegamos na balada e estava lotada de paparazzi. Entramos direto e subimos para o camarote, não estava muito cheia. Acredito que por ser ''exclusiva''.
Fiquei dançando com os meninos e eu já tinha bebido um pouco além da conta quando eu vi a Rafa lá embaixo e desci pra falar com ela como se eu não tivesse sumido por três anos.
- Rafa! - caminhei na direção dela e ela imediatamente me recebeu com um abraço.
- Quem é vivo sempre aparece né! Sua safada, me ignorou completamente. - fez bico e eu pedi desculpa, fiquei tão entretida conversando com ela que nem vi o Neymar parado igual uma estatua me olhando.
- Desculpa, nem te vi ai. Oi. - falei simples e ele levantou pra falar comigo.
- Só a Rafa ganha abraço? - como era cínico esse garoto.
- Eu já tinha te visto desde que cheguei no Brasil, Neymar... - falei e dei um abraço rápido nele, quanto menos contato melhor.
- Idai, mas não me abraçou. - sussurrou no meu ouvido e eu me amaldiçoei por ter me arrepiado.
- Vocês querem subir e ficar comigo e com os meninos lá em cima? - perguntei, droga de álcool! Quando eu bebo eu perco totalmente o controle da minha língua, é o famoso o álcool entra e o senso sai.
Eles obviamente toparam e ficamos os cinco no camarote até eu e a Rafa cismar que queríamos ir pra pista e dar um perdido nos meninos.
Neymar Junior
Caralho... Porra! Ela está muito gostosa com esse vestido, puta que pariu!
Eu não conseguia tirar o olho da Amanda nem por um segundo sequer e os caras começaram a rir da minha cara.
- Quer que eu pego um lenço pra você se limpar, irmão? - Pombo disse e eu dei o dedo pra ele.
- Porra mano... Essa mulher é sem condições. - falei e me distrai um pouco conversando com eles.
Do nada a gente ouve uma gritaria lá embaixo e vimos a Rafa subir correndo.
- Um cara tentou ficar com a Amanda e ela disse que não, ele foi pra cima dela! Eu chamei o segurança, só que eu perdi ela de vista. - quando ela disse isso meu sangue ferveu na hora.
- Eu vou atrás dela! - falei rápido e eles me olharam confusos. - Relaxa ai.
- Irmão, eu não sei se ela está muito afim de ficar de papo com você em... - Antony disse e eu ignorei indo atrás dela, eu precisava achá-la de qualquer jeito e me certificar de que ela está bem.
Procurei naquela merda de pista todinha quando fui até um segurança e perguntei se ele tinha visto ela por ali e ele disse que uma mulher com as características dela foi embora. Merda.
Fui na direção da saída e vi que ela estava do outro lado da rua mexendo no celular.
- Onde você vai? - perguntei e me acalmei na hora só de ver que ela estava bem.
- Embora. Estou tentando pedir a merda de um uber e não acha o motorista de jeito nenhum. - falou irritada.
- Quer uma carona? - perguntei.
- Não precisa. - ela respondeu.
Eu sabia que ela ia negar, mas eu vou insistir até ela aceitar.
- Eu te levo embora, Amanda. É só uma carona, prometo. - falei e eu realmente estava sendo sincero.
- Tá bom. - ela disse e me seguiu em direção ao carro.
Claramente ela estava bêbada e eu nunca deixaria ela ir embora sozinha com um desconhecido nesse estado.
- Eu só vou ir lá dentro avisar o pessoal, tá bom? - ela concordou e eu avisei geral.
Quando eu volto pro carro me deparo com a Amanda dormindo no banco de trás.
Como eu vou deixar ela em casa sendo que eu não sei onde fica a casa nova dela? Fudeu.