Meu Amado Caos (HIATUS)

Capítulo 3

No dia seguinte, Harry começou com uma aula de transfiguração. Ao chegar na sala o menino viu a jovem versão de Dumbledore, e por um segundo teve medo que o homem o reconhecesse, mas o professor apenas sorriu gentil para ele e se concentrou no resto da turma. Harry pôde, então, suspirar aliviado e se sentar para focar sua atenção na explicação.

O jovem bruxo estava determinado a se esforçar nesse ano letivo, ele não tirava boas notas em seu verdadeiro tempo por culpa de seus "amigos", mas agora que não precisava mais se igualar com Ronald, ele estava livre para mostrar seu verdadeiro potencial. A aula foi muito interessante, Harry percebeu que a transfiguração iria trabalhar diretamente com os átomos, e sua mente acostumada com a física trouxa, começou a imaginar diversas possibilidades para brincar com a magia.

No final da aula, os alunos tinham a tarefa de transfigurar uma taça em um animal vivo, era o tipo mais complicado de transfiguração, pois precisava ter uma alta noção de biologia e anatomia, e a quantidade de magia utilizada poderia cansar os bruxos mais inexperientes em segundos. Harry lembrou dos livros de biologia que lera na casa de seus parentes, ele lembrava vagamente de como funcionava a anatomia de um gato e se concentrou nesse conhecimento.

Ele apontou sua varinha para a taça de metal sobre sua mesa e começou a empurrar um pouco de magia enquanto imaginava os átomos do material se separando e o tornando mais flexível. Depois ele passou a moldar a taça para se assemelhar a um felino, e mesmo que não fosse o melhor desenhista para fazer as proporções exatas do animal em sua mente, sua magia o ajudou a atingir a forma perfeita para representar o animal.

Os outros alunos já olhavam espantados ao ver o novato ter facilidade em moldar a taça, mesmo que o animal ainda não estivesse pronto, ainda assim, Harry era o primeiro a ir tão longe na tarefa até agora. Sem perceber os olhares sobre si, Harry continuou concentrado em sua atividade enquanto agora imaginava os órgãos internos do felino: pulmões, bexiga urinária, estômago e intestinos, tudo o que o animal precisaria para viver, e o que ele não lembrava, a magia o ajudava. Depois de dar um esqueleto ao animal e cobrir sua pele com uma bela pelagem negra, Harry se afastou suspirando e examinou sua obra.

O gato parecia vivo em todos os sentidos, mas faltava algo... Apontando sua varinha uma última vez para o animal, Harry forçou o pequeno coração do bichano a bater, impulsionando sangue pelo sistema do felino. E depois com uma leve ordem para o cérebro agir, o gato começou a abanar o rabo levemente e em alguns segundos estava de pé, olhando para todos com curiosidade. Os alunos ficaram boquiabertos e Harry sorriu orgulhoso enquanto via o animal que acabara de criar andando sobre a sua mesa e tentando derrubar seu pote de tinta.

- Parabéns senhor Evans! Vinte pontos para Grifinória por ser o primeiro a completar a tarefa, e por ser o primeiro aluno que eu vejo completá-la com tanta perfeição. Geralmente eu dou duas aulas para os alunos realizarem essa atividade, mas você conseguiu isso em apenas uma hora. Isso é realmente impressionante!

Harry corou com as palavras do homem e olhou ao redor pela primeira vez, notando como todos os alunos ainda tinham suas taças intactas, ou algumas cobertas de pelo, e uma ou duas que possuíam um rabo. Percebendo o que havia feito, o jovem bruxo começou a gaguejar alguma coisa incompreensível, mas parou de falar quando Tiberius e Ignatius passaram a dar tapinhas em suas costas, o parabenizando.

O garoto então passou a corar silenciosamente enquanto todos o observavam impressionados. Dumbledore, em seguida, pediu para que ele transfigurasse o animal para o que era inicialmente, e Harry se concentrou nessa tarefa para ignorar seus colegas. Não foi tão difícil quanto antes, já que agora ele só precisava fazer o processo inverso, e em alguns minutos, uma taça de ferro se encontrava onde antes estava o gato preto.