Before the Afterlife

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Dia 16 de novembro de 2073, apartamento de Sonia Lin.

Sakura estava sentada na cozinha, em uma das cadeiras altas que ficam atrás do balcão, com a mão esquerda apoiando a cabeça.

E agora com as notícias: Um grupo hacker atacou uma das sedes da divisão do quarto Reich, na África. Os grupo em especial foi encontrado e detido. A causa, de acordo com o líder deles, foi mostrar que a segurança do Reich na África é extremamente inferior à-

— E se eu te contar que ficar ai parada não vai fazer a mínima diferença em como você se sente? — Diz Sonia Lin, após dar um tapa leve na parte de trás da cabeça de Sakura, fazendo-a imediatamente desativar a imagem projetada da transmissão de TV que saía dos olhos da garota, que formava uma pequena e quadrada imagem em alta definição.

— Desculpa... é que ver as notícias faz eu me lembrar da infância. Eu tinha muita insônia, dai ficava acordada vendo TV aberta de madrugada, só tinha notícias. Era eu, e minha cama quentinha.

— Curioso. A coisa que mais me faz voltar para a infância é a sensação de uma cama bem quente — Sonia termina sua frase indo em direção à janela do apartamento rapidamente, depois se dirigindo à cozinha.

— Faz tempo que eu não visito meus pais, falando nisso.

Sonia, que estava enchendo sua caneca de café, responde:

— É... eu também.

— Ah me desculpa, eu não quis tocar no assunto assim. — A garota reconstitui a pose. 

— Não, não foi nada. Mas essa história ai de ver os pais, esses pensamentos vieram pois o evento recente fez você se reconectar com essas coisas da vida?

— É... isso ai. Como está a condição dele?

— Apagaram ele no momento, então deve estar bem. Vão substituir o braço dele, que não existe mais, por um implantado. É completamente igual um braço humano de verdade porém ele não vai sentir tanto assim o tato nesse braço. A gente deveria ter previsto isto tudo, foi mais culpa nossa do que de vocês.

— Na verdade a gente se aproximou demais do cara, mas é sempre essa maldita-... sensação de que nada iria acontecer. Foi uma lição bem grande essa missão. 

Sakura termina o diálogo com um certo pesar na voz.

Mike então entra no apartamento com Iori:

— Opa! — Diz Mike.

— A gente descobriu coisa grande, oportunidade única, vocês nem vão acreditar. — Ambos Iori e Mike se sentam, um na cadeira à esquerda de Sakura e outro à direita — Tem uma galera que era pra receber uma carga, tipo, 6 pessoas, uma carga ultra secreta. Porém o Mike descobriu que esse povo todo morreu, e a galera que está transportando a carga, adivinha? Não sabe que a galera morreu e vão pra lá mesmo assim.

Sonia responde:

— Bom te ver de novo Iori. Pergunta: O que é essa carga?

— Urânio 238, 66.532 Euroens, 852 miligramas... carregados em uma van. 

Sakura, ainda com a mão apoiando a cabeça, responde com um pequeno entusiasmo:

— Ca-ra-lhoooo.

Sonia:

— Normalmente, e eu digo tipo, quase sempre, 99,99% das vezes, esse tipo de negociação é feita no subsolo, ou na web digital. Por qual motivo, isso é: SE TEM UM MOTIVO, eles estão fazendo isso em uma porra de uma van?

— Tá me soando como sei lá, uma emboscada, armadilha. — Diz Sakura.

Mike responde:

— É ai que você se engana. A W.T.S conseguiu interceptar a comunicação entre o pessoal da BSB e uma galera do cu do oriente médio. Então a gente conseguiu a informação de que, faz mais ou menos duas semanas que eles estão trocando materiais através de vans, elas são blindadas ao extremo, rápidas e o mais leve o possível. As reuniões para marcar são feitas na therm, mas o pessoal manda uma galera forte pra ir buscar a mercadoria. Vamos lá, se o cliente morreu, quem vai receber esse material usado geralmente na produção de energia nuclear em usinas?

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