Capítulo 25

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"Enlouqueço, porque não é aqui que quero estar
E a satisfação parece uma lembrança distante
Não consigo me conter,
Só quero ouvir ela dizendo "Você é meu?"
Bem, você é minha?"

R U Mine? - Arctic Monkeys

S K Y L E R

"Já sabe, Sky, sem precisar de alguma coisa é só avisar." Luke concluiu, depois de me deixar à vontade em seu quarto, na fraternidade. Minhas malas estavam guardadas dentro do closet do Luke, eu não me sentia totalmente à vontade, ainda não me conformei com o fato de ter sido expulsa de casa, pela minha própria mãe.

O dinheiro que o Peter me deu foi muito útil, o inspetor da fraternidade viu o Luke chegar com uma garota cheia de malas, e mesmo que eu ficasse no quarto dele teria que pagar um tipo de taxa de estadia. As 250 libras foram mais do que suficientes, ainda tenho praticamente metade desse valor.

As pessoas que moram por aqui, pela primeira vez, prestaram atenção no que estava à sua volta e me viu com as malas, algumas garotas olharam para mim de forma feia, só depois eu consegui reparar que elas estavam focadas na mão de Luke nas minhas costas, enquanto ele levava uma das minhas malas para me ajudar. Por mais que ele seja o cara mais odiado por aqui, ele ainda é o Luke. Atraente, sexy, bonito e além de tudo isso, deve dar em cima de todas e as encantar todos os dias por aqui.

Quando aceitei em ficar com o Luke, não pensei de início nas consequências que isso traria. É uma fraternidade, com muitos rapazes e muitas festas semanais. Não vou posso ficar trancada dentro de um quarto o tempo inteiro, vou ter que sair e interagir com os outros que vivem por aqui.

Só não tenho certeza de que posso me controlar. Calum e Ashton vivem por aqui, além disso o Michael está sempre por aqui, tirando o fato de que ainda terei que interagir com os outros rapazes que vivem por aqui. Luke pode não ter controle e levar alguma garota para o quarto, isso seria perturbador. O quarto pode ser dele, mas ainda sim foi ele que me chamou para ficar por aqui até as coisas melhorarem na minha família, então não pode levar garotas e transar com elas quando eu estiver no quarto.

Bem, pelo menos espero que ele tenha consciência disto.

"Acho que temos um assunto para acertar, não?" Luke me tirou da minha própria mente, estalando os dedos na minha frente. "Ei!" Ele exclama e eu assinto com a sua pergunta de antes.

"Sim." Afirmei. "O contrato." As palavras saíram da minha boca junto a um suspiro longo e pesado.

"O contrato." Ele confirma, balançando a cabeça lentamente e a andar de um lado para o outro do quarto.

Eu estou sentada na beirada da cama e observo o Luke ir até a escrivaninha e pegar aquelas folhas que me davam pavor algumas semanas atrás. Ele me entrega uma cópia, a que eu assinei, junto algumas canetas.

"Risque tudo aquilo que você não concorda. É sua única chance de você se opor a o que estiver escrito ai." Luke explica.

Assenti nervosa e comecei a reler o contrato, riscando muitas coisas que não concordei a princípio, e outras que eu ou o Luke já não havíamos seguidos, como por exemplo não beijar ou não fazer sexo antes da noite certa, entre outras coisas que eu me senti incomodada em realizar quando li pela primeira vez.

"Luke, depois de termos feito tudo isso que está aqui, combinamos de nos evitarmos ao máximo. Vamos mesmo fazer isso?" Questionei-o, mordendo meu lábio com força, aflita.

"Por quais motivos nós continuaríamos a ter algum tipo de contato?" Ele rebate seco, fazendo-me encolher na cama. Achei que ele estava diferente comigo, que depois de termos nos beijado e principalmente, depois de ele ter deixado eu ficar com ele na fraternidade, na realidade foi ele que ofereceu essa "ajuda".

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