14. MAS EU SOU

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[Vegas]

— Você está acordado? — Lentamente movo meu corpo me sentindo fatigado e exausto, abro meus olhos encarando o teto

Mesmo que eu tenha deixado meu corpo no alto de uma ponte em meio ao rio em uma cena quase memorável, apesar do sentimento de nojo e raiva de mim mesmo por fazer isso. Sim, eu tentei me matar como uma pessoa insensata, indefesa e sem alma, em uma atitude bem humana.
Então, por que de repente eu apareci na casa segura do Mestre?

— Se o meu pessoal não tivesse te ajudado a tempo você teria se tornado uma verdadeira comida de peixe. — A voz ecoa pelo quarto de vidro, constantemente me repreendendo.

Meu cabelo ainda estava úmido pela água, mas eu estava com novas roupas e com um cobertor sobre mim.

— Durma bem próximo ao sofá. Você não pensa sobre como Pete viveria?

— E você não pensa que se eu continuar a viver, por quanto mais tempo irei machucar Pete dessa forma? — Digo irritado.

Não estou irritado com Mestre por ter salvo minha vida, estou com raiva de mim mesmo por não poder me perdoar pelo que fiz a Pete.

— Então por que ele ainda te mantém por perto, Vegas? Vivendo com um transtorno de dupla personalidade. Você não é diferente de Pete. Não importa quem você seja Vegas, a primeira coisa que vem em sua mente sempre é Pete, e Pete não vive com você por ter paciência ou pena, e sim por amor... Droga, além de ter que lidar com toda essa loucura do sistema de clãs, agora eu também vou ter que te ensinar sobre amor? — O Mestre mascarado levanta as mãos e cabeça em sinal de frustração.

— ...Então como eu vou poder aguentar estar machucando aqueles que eu amo dessa forma?

A lembrança de quando pulei daquela altura aterrorizante, meu coração acelerado, e minha mente quase enlouquecendo, despencando na superfície da água. Machucava tento que eu não conseguia sentir mais nada...

Até que eu acordei novamente, me fazendo perceber que a dor não foi embora.

— Você melhora mais a cada dia Vegas. Você não deveria saber melhor do que isso?

— Eu vou ter que sofrer por causa de mim mesmo?

— Então veja você mesmo, não pensa que após você decidir fazer alguma loucura, como Pete iria viver? Aprenda a pensar um pouco mais sobre isso... — Mestre diz com uma expressão frenética.

Se eu morrer... Pete não vai ter mais que sofrer, ele não vai ter que lidar com um demônio como eu, mas a imagem de Pete chorando como uma pessoa sendo sufocada vem em um flash em minha mente.

Se eu realmente fosse, ele iria realmente sofreria? Tudo que ele fez...

Não esqueça de tomar seu remédio.

— Se acalme, Vegas.

— Eu estou aqui Vegas, sempre ao seu lado.

Cada palavra de Pete me vem em mente...Ele estava sempre ao meu lado. Ele me aceitava não importa o quão bom ou ruim isso fosse, mas eu não estou sendo egoísta?

Você está muito melhor Vegas...

Ele estava determinado a me ajudar, e agora ele ama Venice ainda mais. Você entende seu pai de forma melhor. Isso poderia curar, mas você precisa cooperar.

— Não é egoísmo morrer dessa forma — Tenho segurar meus soluços, me sinto tão fraco neste momento, mas eu não me importava muito por que eu merecia isso.

— Eu me sinto envergonhado assim pelas pessoas que amo.

— Por que a vida é tão valiosa? — Mestre suspira e permanece atrás de mim. O vidro era claro e seu foco era diretamente em mim. —Me responda! — Mestre grunhiu.

VEGASPETE [NOVEL 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora