Capítulo 18

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O corredor do segundo andar estava silencioso, exceto pela respiração irregular de Harry. O corpo de Hermione estava tremendo quando ela se abaixou onde ele havia caído, o corpo congelado por seu feitiço estuporante, e pegou a varinha dele.

- Sinto muito, Harry, realmente sinto. Mas você não entende e eu não tenho tempo para explicar. Você só vai ter que me perdoar - do chão, Harry deu a ela um olhar sombrio, que era tudo que ele podia fazer em seu estado. Com a varinha dele na mão, ela saiu da sala de aula e seguiu pelo caminho que Gina havia seguido. Hermione parou, no entanto, no meio do corredor e colocou a varinha de Harry na borda interna de um retrato. A garota na pintura olhou para baixo, então de volta para ela, seus olhos redondos e confusos.

- Se ele vier por aqui, - Hermione sussurrou para ela. - diga a ele que está aqui. Só preciso me afastar dele, não quero machucá-lo de verdade.

Sua mente estava instantaneamente em outro lugar, e quando ela se concentrou no cheiro persistente de Gina, nada mais existia. Ela tinha sido sua aliada uma vez antes, e ela só esperava que a garota mais nova a ajudasse em troca.

Quando ela a encontrou, Gina se aproximou dela sem reservas:

- Hermione, - ela cumprimentou. - você teve um bom dia?

- Precisamos conversar. Em algum lugar privado.

Gina assentiu:

- Claro. Quer sair?

O estômago de Hermione saltou:

- Sim. Sim, isso seria perfeito.

Não houve perguntas, nem pedidos de mais explicações enquanto Gina se arrastava com ela pelos corredores e saía para o pátio. O ar da noite tinha um gosto doce e Hermione suspirou de satisfação.

- Você vai me dizer o que está acontecendo? - Gina perguntou, então suas bochechas ficaram rosa brilhante. - Er, também, desculpe por mais cedo. Eu meio que pulei sobre você e não é como se estivéssemos em nosso quarto ou algo assim.

- Não se preocupe com isso. O que eu preciso, porém, é a sua ajuda.

Gina se animou:

- Sim, claro! O que você precisar, farei o que puder.

Hermione hesitou. Ela já estava lá fora. Se fosse rápida, poderia fugir do castelo sozinha. Não haveria cúmplices, ninguém mais precisaria se envolver. Gina poderia dizer que foi atraída e que Hermione simplesmente desapareceu.

Aparentemente, Hermione não tinha dado crédito suficiente a Gina, porque a garota mais nova de repente deu a ela um pequeno e triste sorriso:

- Você não está confortável aqui, está? - ela perguntou, sua voz firme e calma.

- Bem, - Hermione respondeu. - não, não exatamente. Mas isso não é tudo...

- Draco? - Gina adivinhou, e Hermione percebeu que ela não estava tão confiante sobre isso quanto estivera sobre Hermione estar desconfortável.

Hermione inclinou a cabeça:

- Sim, Draco. Ele se colocou em perigo ao me enviar para cá e não posso deixá-lo morrer.

Imediatamente, Gina ficou branca como papel:

- Você quer que eu te ajude a voltar para ele, não é? - não era uma pergunta. Hermione assentiu novamente.

- Por favor, Gina.

Fosse seu desespero óbvio, ou a genuína compreensão de Gina de quão terrível a situação poderia ser, ela lentamente acenou com a cabeça também:

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora