A linha tênue entre o amor e a morte.

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Voltei com mais um capítulo desta e provavelmente vou demorar pra atualizar agora. Tanto Have mercy tanto quanto quando juro amar-te. Final de ano e eu fico bem ocupada com a minha família. Se eu achar tempo para escrever vai ser um milagre. Mas prometo tentar.

Espero que gostem deste capítulo. Eu amo o Lucerys desta fic ele é meu queridinho.

Se gostarem comentem e deixa o votinho que me ajuda MUITO.

Alguns novos Deuses aparecerão nesse capítulo então irei informá-los para caso de dúvidas.

Rhaenyra é Zeus
Aegon é Poseidon
Alicent é Hera
Daemon é Ares
Helaena é Hermes
Rhaena é Afrodite
Baela é Artemis
Rhaenys é Atenas
Alys era Perséfone

A história não tem totalmente todas as relação de parentesco visto em hotd, assim como não tem com a própria mitologia. Por exemplo, na mitologia, Ares é filho de Hera, mas aqui não será assim. Poucas coisas são relacionadas.

Boa leitura :)




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O início de um ciclo sempre é o fim de outro.

Aemond está com o cabelo preso, alguns fios caem por seu rosto pálido e marcado eternamente. Só um Deus pode ferir outro, só um Deus pode assassinar um dos seus. Ele está ciente disso e estremece quando o espelho se parte em pedaços mais uma vez, toda as vezes desde que ele ousou olhar, seu olho está em um escarlate vibrante e há veias saltadas em sua testa, ele pode ver, sua raiva se reverberando por todo o palácio, por todo o purgatório. O chão treme e Aemond pode escutar as vozes gritarem das partes mais profundas do abismo de Hades.

As lembranças atingem sua mente, foi há tanto tempo, mas ainda está vivo em sua memória. Ele já foi ferido em tantas batalhas mundanas, as escoriações sumindo imediatamente. Ele era invencível. Mas aquela está ali, assim como todas as outras cicatrizes causadas por outros deuses que se curaram em uma linha fina e esbranquiçada em sua pele. Mas aquela ainda é vermelha, ainda atravessa sua carne e ele pode sentir a dor.

A cicatriz poderosa e impiedosa que marcava sua pele. Um golpe capaz de arrancar seu próprio olho. Ele, Deus do tártaro e da morte. O diabo, na linguagem entre os mortais.

A força de um Deus vem de sua cultuação, dos sussurros, seu reconhecimento. Quanto mais adorado e temido entre os mundanos, mais poderoso você é. O que era mais forte que a morte, afinal?

O amor. Talvez.

Ele respira fundo e controla sua mente e a raiva em seu corpo. Então tudo é um silêncio agonizante, seu olho voltando ao violeta, cacos do espelho e de vidros estão espalhados pelo quarto, os móveis caídos no chão estão marcados por uma mancha preta e uma fumaça espessa sai flutuando pelo lugar. Ele não se importa, sabendo que em um estalar de dedos tudo estará no lugar.

Ele desce as escadas, está tudo silencioso, como há muito tempo não foi. A solidão preenche o lugar novamente. Aemond olha ao redor, nem mesmo os séculos naquele lugar foram capazes de acostuma-lo a estar como ele sempre deveria estar. Sozinho e isolado.

Hades suspira, a vaga lembrança de pertencimento ao lugar logo se esvai, aquele lugar não era o mesmo enquanto ele governava sozinho. O piano permanece intocado no mesmo lugar, criando teias. Ele acha que ainda pode escutar a melodia em sua cabeça.

Algo chama sua atenção e ele desvia o olhar para baixo, ele escuta arranhões pela madeira, Vhagar está pronta e se posiciona ao seu lado, se alongando e esticando as patas com as unhas pontudas que Aemond sabia serem capazes de matar alguém quando Vhagar estava em sua forma real. Aquele projeto de beagle não era assustador, de jeito nenhum. Mas ele sabia o que se escondia por debaixo da forma brincalhona do cachorro. Seu precioso cão infernal.

Have Mercy - LucemondOnde histórias criam vida. Descubra agora