As flechas de Eros.

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Com quando juro amar-te entrando na reta final (spoiler? Kkkkk) resolvi voltar atualizar essa aqui, tenho muitas ideias legais para ela e espero que vocês gostem desse capítulo.

Comentem muito e até a próxima. Beijos.

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O calor suave que emanava pelo lugar faz a pele de Aemond ferver como se fosse a mais pura alma mergulhando no abismo que era o inferno. O calor era familiar para ele, o abismo de Hades era quente durante o dia e frio durante a noite, como em qualquer outro lugar do mundo. No entanto, esse calor o deixava fervendo de outras formas, vermelho, pingando, desejando.

Eros estava do outro lado do salão, deitado em cima da mesa com suas pernas levemente curvadas para cima, a túnica quase transparente caindo como luva por seu corpo esbelto. Sorrindo e piscando seus cílios para aqueles que passavam, deixando um rastro dourado nos olhos de todos, que sorriam e tiravam as roupas, se juntando a dança e ao sexo que acontecia no meio do salão.

Os outros deuses não eram tão afetados assim pelo seu encanto, afinal, Lucerys não usava seus poderes de forma tão intensa no Olimpo, sem necessidade nenhuma de mostrar quem ele realmente era.

O verdadeiro diabo.

Não era ele, mas sim o ser em forma de Deus do amor e dos prazeres.

— Não irá se juntar a eles?

Uma voz sussurra atrás dele. Uma melodia suave para os ouvidos de Aemond, que cantarola em resposta.

— Em outros tempos sim, mas não dessa vez.

Helaena acena e sorri, observando Aegon no meio do salão, com mulheres nuas ao redor dele, o homem que cresceu com ela, o doce garoto que se transformou nisso, uma pessoa que ela preferia não manter contato fora de seus deveres como mensageira de todos os cantos dos sete reinos.

— Me parece que você não se permite mais ter tais prazeres, desde... — Helaena para e olha para o rosto dele, inexpressivo, sem emoção alguma em seu olhar. — Você sabe, desde que a levou.

Aemond não reage, ele apenas pisca e olha para a única pessoa que ele poderia considerar o que os mundanos chamariam de amigo.

— Alys não está mais aqui. — Ele diz, um murmuro grotesco que faz a pele de Helaena se arrepiar. — Ela nunca mais estará.

Helaena pisca e respira fundo, assoprando perto de seu rosto. Ele sorri de forma contida e toca levemente o cabelo dela com as pontas de seus dedos.

— Faz muito tempos que não nos vemos, não é? — A mulher de cabelos loiros murmura enquanto deixa um beijo suave na ponta da cicatriz incurável de Aemond. — Alicent sente sua falta.

— Rhaenyra me proibiu de pisar aqui muitas vezes. — Ele leva outro gole de bebida até a boca.

— Rhaenyra não manda aqui.

— Era os termos que eu podia seguir depois de sequestrar uma de suas protegidas. — Ele sorri amargo e Helaena abaixa os olhos, mordendo os lábios enquanto cantarola em compreensão.

— Você a amava? — Helaena sussurra, ainda olhando para a orgia a sua frente.

Um silêncio cresce entre eles, apenas as risadas, os gemidos e o som de peles batendo é escutado. Aemond ri, de forma forçada, ele trava e aperta o copo em seus dedos, carbonizado e quebrado em meio ao sangue dos cacos em sua pele, que se cura tão rápido quanto um piscar de olhos.

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⏰ Última atualização: Aug 08 ⏰

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