𝟎.𝟓

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Eu olho o celular novamente; nenhuma mensagem

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Eu olho o celular novamente; nenhuma mensagem.

Isso não é do seu feitio. Conheço bob a tempo bastante para saber que se ele não me responde por mais de 4 horas; é por que algo aconteceu.

Suspiro.
Eles não vieram a escola hoje. E por causa do acontecido de ontem no café. Parece que não ter douxie batucando os dedos na mesa hoje se tornou a mais estranheza do dia. Ao invés, ele está a sua carteira, a última da terceira fileira.

Não encaro muito. Eu não ligo, nem se quer me importo. Tenho coisas melhores para me preocupar; e eu resmungo quando uma dessas coisas se resume a : hisirdoux pode ser meu salvador?

Eu não acho impossível, talvez uma alternativa muito, muito, muito, arriscada. Apenas o toque em minha bochecha não quer dizer muita coisa. Mas eu sei, eu tenho 67% de certeza que é ele. Poucas pessoas na minha vida já tocaram meu rosto, e posso dizer que lembro de cada um deles:

A do meu salvador e de douxie sendo lembradas um pouco mais do que deveria.

Bato minha testa contra a minha mesa em frustração e me arrependo na mesma hora. O baque vindo imediatamente com a ardência e dor na região me fazem grunhir irritada. Sinto olhos na minha nuca, e tenho que contar até 10 para resistir a tentação de olhar.

Um filme estranho é passado pelo projetor da sala, o tédio me alastra com uma força absurda e quando penso que não aguento mais, o murmúrio e as conversas se tornam meu ápice.

Levanto minha mão com cuidado, o professor de educação física não liga muito quando peço educadamente pra ir ao banheiro. Sua revista deve ser muito mais interessante do que fofocas de adolescentes.

Quando levanto, ainda sinto olhos me perfurarem, espero até que a sensação cesse um pouco para virar minha cabeça até a última carteira da terceira fileira: nada, eu penso um pouco em continuar a olhar, mas ele responde alguma pergunta do garoto ao lado, e eu atravesso a porta antes de me interessar na conversa.

Olho o celular novamente: zero mensagens.

A preocupação começa a se tornar algo maior no meu peito, ando sem rumo pela escola rezando para que nenhum professor me encontre vadiando pelos corredores. Meus ouvidos doem quando aumento a música dos meus fones, meus dedos tocam os armários frios em um tedioso enrolar, quando viro o corredor, paro abruptamente quando avisto clara entrando na sala do antigo diretor: stricler.

Ela não veio hoje, assim como nenhum dos garotos vieram, o único dia que não vamos juntos e eles faltam, me sinto péssima quando o cansaço de ontem me faz perder o horário, e que se caso viessem; teriam esperado por mim atoa.

𝐏𝐄𝐋𝐀 𝐆𝐋𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐌? #𝖧𝗂𝗌𝗂𝗋𝖽𝗈𝗎𝗑 c.Onde histórias criam vida. Descubra agora