𝟏𝟑

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Acho que o aperto o mais forte que já apertei alguém

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Acho que o aperto o mais forte que já apertei alguém. E mesmo nesse meio de desespero e vento insuportável que me ataca. Consigo sentir o cheiro perfeito de casperan quando meus olhos estão fechados e meu rosto colado em seu pescoço, assim como meus braços.

É doce, não um cheiro forte, mas também não muito cítrico. Não consigo explicar, algo misturado com rosas e lírios talvez? Me lembro de cultivar flores com a minha mãe, odiava fazê-los, eram tediosos, os cheiros eram estranhos demais, florais demais. Mas agora, agora sinto que pudesse morrer se não sentisse esse perfume novamente, aspiro, como se aquilo fosse meu ar e último ato viva.

São instantes, torturosos instantes que penso que morri, uma morte feliz, eu acho. Mas o baque é ouvido e não sinto dor nenhuma.

Abro os olhos, vendo camperan resmungar de suas costas quando chegamos ao que parece uma locomotiva voadora. Olhos nos cercam preocupados, curiosos, steve olha risonho demais.

— Você tá bem? — Sussurro pra hisirdoux que assente rapidamente.

— Melhor impossível. — Ele diz, Sorrindo como nunca. E é nessa confirmação que sinto a vergonha me alastrar por completo quando vejo minha posição embaraçosa e sair de cima de si em passos desajeitados.

Sou banhada de ar frio assim que levanto a cabeça e observo a paisagem. Minha coluna se arrepia quando me ponho na beirada em uma ansiedade contagiosa, estamos voando! As nuvens fazem um desenho engraçado quando passamos por elas, observo a silhueta seria de merlim pilotando o lugar. É estranho vê-lo assim, agora que sei um pouco mais sobre mim.

Sem pensar, e talvez pensando também. Me aproximo dele em passos cautelosos. Hesito em todos, pensando em dar meia volta e apenas fingir que ele não existe, o'que seria impossível já que assim como hisirdoux, não tem como não querer saber mais.

— Lucyle. A que honra devo a você? — Ele diz quando estou ainda a 10 passos atrás de si. Não se vira, não diz mais nada, apenas espera com os ombros velhos e largos uma resposta minha que vem forçada demais.

— Eu não sei. — Ele ri.

— Tenho que admitir, é estranho ver você assim.

— Assim como? — finalmente paro ao seu lado, estudando suas expressões, que assustadoramente permanecem neutras.

— Calada demais. Você costumava a perguntar demais, falar demais. — Ele ri outra vez.

— Mas foi você quem me deixou assim, não? — Sua expressão se fecha e, pela primeira vez, olha pra mim com o rosto ainda sério.

— Não. Foi você mesma. — Sinto meus ombros vacilarem e meus olhos saltarem.

— Eu? Por que? — Ele dá de ombros.

𝐏𝐄𝐋𝐀 𝐆𝐋𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐌? #𝖧𝗂𝗌𝗂𝗋𝖽𝗈𝗎𝗑 c.Onde histórias criam vida. Descubra agora