𝟎.𝟖

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Demora alguns minutos até eu me reerguer, me separar do seu abraço e então, correr com toda a velocidade

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Demora alguns minutos até eu me reerguer, me separar do seu abraço e então, correr com toda a velocidade. a partir dali, meu corpo parece se mover no automático, pessoas correm de um lado pro outro, algumas lutam, algumas gritam, e outras se escondem.

Nunca vi na minha vida a cidade desse jeito, meu peito ainda pulsa em ansiedade, o medo parece percorrer as minhas veias e ainda mais; a preocupação e dúvida parecem ser as únicas coisas que rondam minha mente agora.

As dúvidas sobre o'que acontecerá lá trás parecem ser uma praga no meu ouvido, me mostrando apenas os Flashs do acontecido e jogando em meu rosto o quão vergonhosa pareço agora por não saber nada do que está acontecendo comigo. Eu estranho douxie, seu rosto muito calmo para alguém que acabara de ver uma garota até então humana acabar com um monstro gigante de pedra.

Eu olho pro lado por alguns instantes, as mexas azuis batem em seu rosto pelo vento, seu rosto parece centrado; concentrado em algo que não sei o'que pode ser além de preocupação. Hesito em sua mão quando ela se ergue muito perto da minha. Com essa pequena distração, meu corpo e empurrado ao seu lado, tão rápido que quando ainda estou raciocinando, entramos em um beco exageradamente apertado; meu corpo ofegante encontra o seu que se encontra da mesma forma, minhas bochechas coçam quando sua mão segura fortemente meu quadril, eu olho pra cima, o rosto inclinado na luta que acontece atrás de mim mas que, por mais curiosa que esteja, não consigo, ou melhor, não pretendo vê-la.

Seu maxilar está marcado grosseiramente, suas sobrancelhas permanecem franzidas, seus olhos semicerram em certos momentos para entender o'que está acontecendo, meu ar falta, ofego muito mais do que quando corria, minhas palmas estão suadas quando apertam seu moletom em uma tentativa besta de tentar fazê-las pararem de tremer.

Ele então me olha, meu corpo sobressalta pelas paredes minúsculas que nos prendem, ele faz uma expressão como se fosse de dor, eu quase pergunto se ele se sente desconfortável pela aproximação ou pelo baque de antes, mas antes mesmo de eu reformular a frase, seus dedos tocam minha bochecha ardente.

É quente, confortável, e macio.

Como na primeira vez que senti, é familiar. Suas sobrancelhas curvadas fazem contraste com seus olhos castanhos, quando percebo, meu coração bate em um ritmo acelerado novamente, o carinho em minha bochecha se torna incessante;desesperado, e eu vejo que seu peito sobe e desce na mesma frequência que o meu peito.

Uma névoa densa e quente encobre nós, eu fecho os olhos quando ele se aproxima da minha bochecha, ela está tão quente que se retrai quando a sua raspa contra a minha, ele sussurra palavras que não consigo entender, meus ouvidos parecem ter sido tampados por algo que não me importo muito no momento para prestar atenção, eu abro os olhos novamente, seu hálito quente e fresco bate na minha pele como um cavalo de Tróia, as intenções tão ardentes dentro daquela pequena lufada de ar que parecem estar escritas nos seus olhos. Mas dessa vez, eu me permito, me permito entrar naquela bolha estranhamente densa e confusa, seus olhos me guiam, descendo das minhas têmporas até meus lábios, eu os lambo instintivamente, uma ação tão inocente que o faz fazer o rosto de dor novamente.

𝐏𝐄𝐋𝐀 𝐆𝐋𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐃𝐄 𝐐𝐔𝐄𝐌? #𝖧𝗂𝗌𝗂𝗋𝖽𝗈𝗎𝗑 c.Onde histórias criam vida. Descubra agora