Acidentalmente papai [ Taekook ]

Prólogo

Taehyung estava acostumado com a sua vida ativa, sempre tinha diversos ômegas dentro da sua casa por conta de suas noites quentes e regadas de um bom sexo.

Podiam eles serem mulheres ou homens, para Taehyung não importava seu sexo e nem gênero, portanto que pudessem aproveitar a noite como o alfa gostava, acalmando seus hormônios em boas noites de transas. Mas a única coisa que todos que já se envolveram com Taehyung parecia não apreciar tanto, era o fato de que rolava apenas uma única vez e a desculpa era a típica daqueles homens desinteressados que buscavam apenas por uma foda: me passa seu número, pois quem sabe eu te ligo e te procuro para repetirmos a dose.

Era esse tipo de coisa que fazia com que todos os ômegas que já se envolveram em uma única noite com Taehyung perdessem as esperanças de que poderiam sim ter mais um memorando da noite em que passaram juntos. Claro, isso serviria para todos os ômegas, exceto um que morava em Busan, aquele famoso antigo caso típico de uma noite que o poderoso Kim tinha tido enquanto estava viajando a negócios por conta de sua empresa.

Mas não foi uma noite qualquer, pois Taehyung teve permissão para tocá-lo depois de muito tentar algo com o ômega. Aquele sim era duro na queda e não dava o braço a torcer, tanto que fez Taehyung levá-lo para jantar, levá-lo para diversos encontros e também comprando coisas que o Kim jamais pensou que compraria para alguém, alegando serem coisas de casais.

E tudo deu certo após seus dias em Busan, pois o ômega desejou se entregar para o Kim no cio e aquilo passou dos limites quando Taehyung se viu transando com a mesma pessoa por cinco dias.

Toda a sua insistência e persistência tinha valido de algo, mas também acarretou em seus pensamentos conturbados de que foi os dias mais apreciáveis e relaxantes. Sentia que mesmo estando sempre na ativa, parecia que nada era o suficiente. Até que tentou investir naquele garoto, fazendo o impossível para enfim ganhar o que queria e então fazer aquele típico discurso que ilude qualquer um que se envolve consigo, deixando um cartão com seu telefone, mas nunca que atendia as ligações ou desejava que aparecesse no ecrã de sua tela do celular.

Mas mesmo depois de alguns meses, Taehyung ainda continuava o mesmo cafajeste de sempre, usando as mesmas desculpas toda manhã ao acordar e expulsar cada um dos seus casos de uma noite que dormia no sofá de sua sala de estar. Era sempre esse mesmo ritual, mas os empregados betas não reclamavam mais, sabiam e conheciam bem o chefe para argumentar em algo, apenas buscavam serem gentis e recepcionar cada um dos envolventes casos de Kim Taehyung em direção a saída sem direito a café da manhã.

Hoje por exemplo não foi diferente dos outros dias, onde Taehyung fez questão de expulsar a ômega que dormia largada no sofá, enrolada apenas em uma manta e o Kim fez uma careta com isso, batendo palmas para acordar a madame, como costumava dizer para as mais folgadas e espaçosas.

— Vamos acordar, porque aqui não é hotel e eu não estou com vontade de ser um bom anfitrião. — mandou, vendo que a ômega resmungou ao se sentar no sofá enrolada na manta e fez outra careta. — Por favor, vista sua roupa no banheiro e se retire pela porta por onde você entrou, estou indo trabalhar e quero que meus empregados limpem sua bagunça.

Após dizer isso, seguiu para fora de sua mansão e nem ao menos ouviu a ômega chamá-lo de babaca enquanto se vestia como pedido, pois não queria ficar na mansão nem mais um segundo sequer.

( ☽ᵜ☾ )

— Devemos rever o novo lançamento das nossas marcas de cosméticos e promover um bom estande para que possa chamar atenção o suficiente dos ômegas. — disse um dos sócios da empresa, buscando dar sua opinião sobre a reunião que estava fluindo.

— Podemos fazer isso. — concordou Taehyung, analisando prontamente as ideias e também pensando que valeu a pena ter marcado a reunião. — E também podemos…

— Desculpe interromper a reunião, mas senhor Kim, sua diarista ligou pedindo urgentemente para que você voltasse para sua residência, pois os seguranças pegaram um indivíduo que tentou invadir sua casa. — avisou a secretária, Lalisa seu nome e o Kim apenas olhou para todos, depois para sua secretária, pedindo por socorro.

— Senhores vamos dar essa reunião encerrada por enquanto, iremos tratar desse assunto após eu solucionar este caso que acabou de surgir em minha residência. — falou Taehyung, se levantando com pressa e limpando o suor de sua testa, pensando que alguém tentou roubá-lo talvez.

Não precisou de muito para Taehyung simplesmente pegar suas coisas e se retirar com pressa da empresa. Usou seu elevador particular para descer até o estacionamento, adentrou seu carro e saiu em disparada pelas ruas de Seul, agradecendo mentalmente por hoje ser um daqueles dias sem congestionamentos duradouros.

Quando chegou em casa, notou a movimentação que acontecia no jardim e seu coração disparou preocupado. O medo de que seu novo carro tenha sido arranhado ou danificado, talvez até mesmo tendo sofrido uma tentativa de assalto deixava o alfa totalmente agoniado e pálido apenas por pensar nessa hipótese.

Mas quando adentrou sua residência, tudo o que podia ver era cinco seguranças alfas que estavam ao redor de um ômega que carregava um bebê que não parava de chorar agoniado pelas presenças fortes, pelo menos. Seus olhos caíram sobre a figura que tremia ajoelhado no chão, tendo noção de que o conhecia de algum lugar, apenas não estava conseguindo se recordar, mas o aroma também não lhe era estranho, Taehyung podia jurar que conhecia o rapaz e seu aroma.

— Chefe, esse é o trombadinha que tentou assaltar sua casa ao simplesmente pular o muro. — disse um dos seguranças, sua postura mais robusta e corpo mais musculoso dava até medo nos menores.

— E-Eu não sou ladrão. — falou o ômega, tentando acalmar o filhote nos seus braços que estava assustado com tantas presenças e Taehyung observou atentamente ambos, buscando em sua memória. — Apenas procuro por Kim Taehyung.

— Recolham suas presenças por enquanto, esse território é meu e está me incomodando. — avisou o Kim, olhando para os cinco seguranças que estavam usando de suas presenças alfas no seu território e irritando seu lobo. — E quanto a você, eu sou Kim Taehyung e quero saber porque causou essa confusão.

— E-Eu sei que você é Kim Taehyung, mas vim aqui porque achei necessário e… — o garoto parecia nervoso, tremia enquanto tentava acalmar o bebê nos seus braços e Taehyung observou atentamente. — V-Vim de Busan para cá porque minhas amigas e família insistiram muito para eu contar que…

— Garoto, quem é você? — perguntou Taehyung, desconfiando levemente do rosto a sua frente, já o viu em algum lugar e ainda mais quando ele falou Busan, mas não poderia ser quem ele pensava que podia. — Qual é o seu nome?

— J-Jeon Jeongguk. — respondeu o ômega, fungando baixo por talvez ter chorado e agora parecia estar se recuperando, fora o pequeno garotinho nos braços dele que tinha diminuído a frequência do choro. — E eu vim aqui porque queria apresentar o Jeon Minjun, nosso filhote.

Taehyung sentiu o sangue parar de circular sobre seu rosto ao ouvir as palavras: nosso filhote que saiu da boca do ômega, mas então vasculhou em suas memórias o porquê da desconfiança de conhecer o garoto. Era o ômega de Busan, aquele do qual Taehyung aventurou-se por cinco dias no cio do garoto e parecendo lembrar que não usaram preservativo algum ao longo do período fértil dele.

— Não é possível. — sussurrou consigo mesmo, jogando seus cabelos para trás e tentando manter a calma para não assustar os dois ômegas. — Saiam todos e me deixem a sós com esse garoto, agora.