Capítulo um

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— Eu vim por muita insistência das minhas amigas e família, dizendo que você também é o pai do Minjun e que deveria ter a chance de conhecê-lo, mas eu estava com medo de sair da cidade para vir até Seul. — disse Jeongguk, ajeitando o filhote no seu colo e fazendo ele ficar confortável. — Fiquei com medo de não achar o endereço da sua casa, mas lembrei que você tinha me dado um cartão com um número de telefone e eu apenas liguei, sua diarista me passou o endereço.

— Isso é um pesadelo, tem que ser um pesadelo e não pode acontecer de verdade. — sussurrou Taehyung, olhando para as duas figuras ômegas sentados no sofá da sua sala e fez uma careta por lembrar que transou nele na noite passada com uma ômega qualquer da balada. — Você deve ter se enganado, Jeongguk. Eu não sou pai do seu filho, não posso ser.

Jeongguk abaixou os olhos com as palavras que Taehyung proferiu, seu olhar recaiu sobre Minjun que parecia distraído demais em chupar a sua chupeta e não entendendo nada do que acontecia, mas então o ômega se levantou do sofá com o filho nos braços e pegando a bolsa do pequeno junto de uma mochila com poucas roupas.

— Senhor Kim, foi um grande erro meu ter vindo até aqui e estar te importunando, então se me der licença irei embora e jamais voltarei a vê-lo. — avisou Jeongguk, apressando seus passos para fora quando a empregada abriu a porta e correu até o portão para fugir. — Nós vamos embora, filho. Foi um erro vir até aqui e não vamos mais voltar após uma grande rejeição.

Após cruzar o portão, Jeongguk acelerou os seus passos, querendo ficar o mais longe possível da mansão do homem que se deixou enganar ao ter se entregado em um momento delicado.

Taehyung encarava a porta da sua casa ainda espantado, pensando que aquele garoto de Busan simplesmente teve coragem de vir de lá para Seul apenas para dizer que tinha um filho e que este era simplesmente seu também. Piscou um pouco surpreso ao ter a ficha caindo, pois lembrou de onde e como conheceu Jeongguk, lembrou também de como foi difícil conquistar o ômega e ter o que queria.

Foi depois de muito insistir e também ter vários momentos dos quais os casais costumavam ter que Taehyung enfim ganhou Jeongguk, mas não ganhou apenas por uma noite e sim por cinco dias, porque o ômega tinha entrado no cio. Seus olhos dobraram de tamanho ao lembrar do ocorrido, lembrando da voz do Jeon dizendo que era virgem e tinha se entregado para Taehyung.

— Eu fui um idiota pela segunda vez com ele. — resmungou sozinho, olhando para a empregada beta que apareceu na sala de estar novamente. — Peça para que os seguranças vão atrás daqueles dois ômegas e os tragam para mim rapidamente.

— Sim, senhor Kim. — sussurrou a beta, correndo apressada para poder dar a ordem, pois não queria contrariar o seu senhor e muito menos deixá-lo raivoso.

Taehyung respirou fundo, fazendo as contas de quanto tempo já tinha que foi para Busan, buscando na sua agenda do celular e calculando. Pelos seus cálculos matemáticos e a prática com números, contou que faz um ano e quatro meses que tinha viajado até Busan e conhecido Jeongguk.

— O bebê tem ou vai fazer quatro meses. — sussurrou consigo mesmo de novo, suspirando pesadamente e pensando que sim, aquele pirralho poderia ser o seu filho e com razão já que o ômega se entregou no cio. — Meu Deus, que desespero e pesadelo eu ser pai.

Olhando ao redor, Taehyung acabou suspirando e se sentou na poltrona no canto da sala de estar, olhando para o sofá e fazendo outra careta por lembrar que deixou Jeongguk sentado ali, então fez a nota mental de trocar de sofá.

[ 𖣔 ]

— Como que vocês não conseguem encontrar um ômega com um bebê no colo? Vocês são imprestáveis e eu não tinha noção disso ao contratá-los? — questionava-se Taehyung, sua presença se fazendo forte no seu escritório e sua raiva surgindo aos poucos. — Procurem por Jeon Jeongguk e aquele filhote, tragam para minha casa ainda hoje e isso é uma ordem.

Após dar o seu recado pela ligação no seu celular, Taehyung se jogou na sua cadeira novamente e respirou fundo, precisava manter a calma e também não poderia se alterar estando na sua empresa, precisava apenas, manter a calma.

Olhou para o seu escritório, lembrando de como os dois ômegas estavam assustados com as presenças fortes dos seguranças, talvez pudesse ser isso. Jeongguk estava com medo e o filhote não parava de chorar, talvez estivesse fugindo dos seguranças por medo e então Taehyung se tocou.

Rapidamente o Kim pegou seu telefone na mesa, discando no ramal de Jimin, seu melhor amigo e também confidente nas horas vagas.

— Jimin sem questionar, venha até a minha sala que eu preciso de você urgente. — pediu, ouvindo o suspiro do Park do outro lado da linha antes de ouvir um okay como resposta.

Não demorou nem cinco minutos e Jimin já estava entrando na sala do melhor amigo, vendo sua feição tensa e o maxilar trincado, provavelmente não estava tendo um bom dia.

— Não me diga que aprontou, Taehyung. — disse Jimin, entrando na sala sem nem mesmo bater e já fechando a porta com o próprio pé, caminhando até o amigo.

— Não é isso, mas é pior. — resmungou o Kim, respirando fundo e olhando para o loiro, pensando seriamente sobre o que vai fazer agora. — Preciso que você ache um ômega para mim, ok?

— Eu não vou me envolver nas suas merdas sobre ômegas e seus casos de uma noite, porque tudo tem um limite e na nossa amizade também, Taehyung. — avisou o Park, ajeitando sua camisa perfeitamente passada e se gabando pela beleza.

— Jimin, esse ômega chegou na minha casa hoje com um bebê de provavelmente quatro meses e alegando que o pirralho é o meu filho. — falou Taehyung, bagunçando seus cabelos bem alinhados e olhando para o amigo. — Esse ômega é o Jeongguk, aquele caso que eu me envolvi em Busan e passei cinco dias com ele no cio.

— Calma. Está me dizendo que o ômega que interrompeu nossa reunião hoje cedo se trata daquele mesmo ômega que você fez todas as programações de casal ao longo dos dias em que passou em Busan há um ano e quatro meses atrás, Kim Taehyung? — questionou o loiro, arregalando os olhos e vendo o desespero no olhar do amigo.

— Sim. Pelas minhas contas, esse filho é meu e talvez já tenha quatro meses ou vai fazer. — disse o Kim, suspirando pesadamente e não conseguindo nem ao menos raciocinar corretamente. — Meus seguranças assustaram ele e o filhote, preciso que você vá atrás daquele ômega e o traga para mim.

— Lembro de você ter me mostrado uma foto dele, mas deixa eu ver aqui nas nossas conversas. — sorriu Jimin, abrindo nas mensagens trocadas com o Kim do seu celular após desbloquear com a digital e procurando a foto, rindo ao encontrá-la. — É esse garoto aqui, não é mesmo? Ele é o ômega que está te deixando assim.

— Sim. Esse é o Jeongguk e ele está com um filhote ômega nos braços vestido com macacão verde claro. — concordou Taehyung, mordendo seu lábio inferior e desviando o olhar.

— Vou sair para encontrar esse ômega e vou trazê-lo junto do filhote para a empresa. — avisou o Park, dando as costas e andando até a porta. — Mas nós ainda vamos conversar sério sobre esse assunto, não pense que vai fugir de mim, porque não vai.





Acidentalmente papai [ Taekook ]Onde histórias criam vida. Descubra agora