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                                      S/N

Após um longo trajeto de avião, enfim chego ao aeroporto. Em seguida vou em busca de minhas malas e então a procura de meus host family's.

— Aqui, S/N! — olho ao redor para descobrir o portador da voz.

Enfim os encontro, um jovem casal de idade. São tão fofos!

— Olá, senhor e senhora Cooper? — sorrio para o casal e a mesma acena — É um prazer finalmente os conhecer!

— O prazer é nosso, querida! — a senhora faz menção em me abraçar e eu retribuo.

Ainda nos braços da senhora ouço seu marido começar a falar.

— Vamos adiantar o passo, queridas! — o mesmo coloca a mão em nossos ombros — tem muito chão pela frente.

— Ah... Claro, bem pensado, querido — a mesma se desvencilha de meus braços.

Concordo e então saímos do aeroporto indo em direção ao carro.

A viagem de carro durou cerca de meia hora. Não vou negar que me assustei quando chegamos, a casa é localizada no meio de uma floresta. Isso é assustador mas o casal tem dois cães, dizem que o cão faz o caráter do homem e eu acredito nessa especulação, então acredito que estarei segura por aqui.

— Sinta-se em casa, querida! — o senhor pega minhas malas e leva para dentro.

A senhora Cooper deposita sua mão em meu ombro como forma de carinho.

— Desculpe perguntar mas aqui tem Wi-fi? A área não pega muito bem aqui — digo cabisbaixa — preciso conversar com meus avós para que eles não fiquem preocupados.

— Claro, querida, colocamos assim que nos voluntariamos — a mesma sorri — ultimamente vínhamos nos sentindo um pouco solitários.

— Ah... eu entendo como vocês se sentem - sinto meus olhos começarem a lacrimejar — meus pais faleceram quando eu era bem pequena.

— Querida... — a mesma me envolve em seus braços - como uma criança pôde ter sofrido tanto? — sinto suas mãos invadirem meu cabelo, fazendo cafuné — tenho certeza que seus pais estão orgulhosos da mulher que você se tornou!

Essa ferida ainda está aberta, não consigo ter qualquer tipo de conversa envolvendo meus pais, é tão doloroso. As palavras a senhora Cooper saíram como flechas, lágrimas caíram desesperadamente, eu chorei, chorei tanto que acabei adormecendo.

Perdida? Tenho a sensação de estar caminhando a horas, sinto que estou andando em círculos.

— Você não vai sair dessa floresta, criança.

Q-quem falou isso?

Começo a correr no momento em que escuto a voz, em algum momento tropeço em um tronco de árvore e acabo caindo. Ouço sussuros por todas as direções, olho novamente ao redor e vejo a silhueta da mesma criatura e começa a fazer um chiado alto em minha cabeça até que o mesmo começa a se deslocar rapidamente em minha direção e...

Acordo com a respiração acelerada e suando.

Olho ao redor e percebo que estou no meu possível quarto, vou em direção a minha mala pegar uma muda de roupa, antes de ir ao banheiro, reparo na grande janela que dá para a floresta, vou em direção a mesma e começo a encarar o nada.

Quando faço menção em sair da janela vejo a mesma silhueta de antes, uma criatura enorme, terno e a pele como leite. Arregalo os olhos ao ver que o mesmo não aparece apenas nos sonhos, levo minha mão até a boca e fico horrorizada com a descoberta. Ficamos cerca de cinco minutos nos observando e então percebo os tentáculos, como não havia visto antes?

A criatura parece inclinar a cabeça e então desaparece.

Deve ser coisa da minha cabeça... Devo ter sonhado tanto que meu cérebro deve estar confuso sobre o que é real e o que é especulação.

Sigo em direção ao banheiro finalmente tomar uma ducha, acendo a luz e vou em direção ao espelho, arregalo os olhos ao reparar o quanto meu rosto está inchado.

— Devo ter chorado mais que o normal — sussuro, começo a me despir e vou em direção ao chuveiro.

Quinze minutos se passaram e então eu saio do meu quarto e vou em direção a cozinha. Pela altura que o solo estava distante da minha janela, meu quarto aparentava ser no segundo andar e como normalmente as cozinhas ficam no primeiro logo sigo em direção a escada. Desço cautelosamente as escadas logo encontrando o senhor Cooper na sala, o mesmo estava no sofá ajeitando sua vara de pesca.

— Olá, senhor Cooper — sorrio para o mesmo que se assusta com minha presença.

— Ah... Olá, querida — o mesmo acena para mim — ainda estou me acostumando com outra pessoa em casa — o senhor sorri.

— Eu entendo como é, o senhor poderia dizer onde está a senhora Cooper?

— Ela está na cozinha, seguindo direto e virando a direita.

— Obrigada!

Vou em direção a cozinha e a senhora Cooper me recebe de braços abertos.

— Como você está S/N? — diz a mesma checando se estou com febre.

— Só estou com fome... — minha barriga ronca.

A senhora Cooper ri.

— A janta já está pronta, querida! — a mesma me guia em direção a mesa — pegue o que quiser!

— Nossa, que banquete!

— Coma bem e tenha uma ótima noite de sono, pois amanhã é o seu primeiro dia de aula — a mesma me entrega um prato — esteja aqui em baixo 6:30, pois o caminho até a cidade é longo.

Concordo com a senhora e começo a me servir.

CONTINUA

Espero que tenham gostado, não esqueça de interagir.

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