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                                      S/N

Assim que chego em casa, vou direto para meu quarto, pego o meu notebook e começo a pesquisar mais a fundo sobre tal criatura que aparentemente se chama slenderman. Essa cidade possue diversas lendas urbanas, esse slenderman tem irmãos e ainda seguidores, se isso não for alucinação eu realmente estou fudida.

— Porra, esse cara sequestra crianças — ando em direção a janela — "você me pertence, criança" eu vou fazer a porra de 17 anos e isso me chama de criança? — meu olhar desvia para a floresta — porra, nem fudendo — pego meu celular e comparo a foto com a silhueta de um homem encapuzado — virei alvo de serial killers, não é possível.

O Jeff continua imóvel me observando, esse é o tipo de brincadeira que eu não quero me envolver. Porra, eu sou nova na cidade, como logo eu fui chamar a atenção dessas coisas? Ele está se aproximando, CARALHO ele está se aproximando da minha janela. Continuo imóvel o observando até que o mesmo fica a pouco mais que três metros de distância da casa, mesmo estando no segundo andar, isso não o impede de subir.

O homem inclina a cabeça, ele não parece estar olhando para mim, mas para algo atrás de mim, porra, tô me cagando de medo de virar.

— Eu realmente não tenho a noite toda, criança.

Arregalo meus olhos no momento em que ouço o "criança", encaro Jeff que aparenta estar sorrindo, porra, vai se foder.

— Eu estou alucinando — viro e encaro a criatura — não é?

Nas fotos ele aparenta ser menos assustador.

— Não.

— Então o que caralhos você e aquele serial killer querem comigo? — rebato trêmula.

— Seus pais não te deram educação, criança? — um de seus tentáculos se aproxima de meu queixo — nós estamos de olho em você, não saia da linha.

— Por quê? — me aproximo do mesmo.

— Você é especial — desaparece.

— Especial?

Volto a observar a floresta para checar se o Jeff ainda estava lá, os dois desapareceram. Aquele serial killer me prendeu a porra da atenção para o slender aparecer sem que eu tenha visto.

Assim que me desvencilho da janela, meus batimentos cardíacos aceleram, lá estava ele encostado na porta me observando como se sua presa estivesse diante de seus olhos.

— Mas que porra! — fico em posição de ataque.

Jeff sorri.

— Que ingênua.

Pratiquei Boxe por alguns anos para aprender a me defender do bullying, posso ser mais fraca que ele, mas em questão de tática, eu ganho.

— Sem a faca — ordeno olhando para seu bolso do moletom.

— Não é você que dita as regras aqui — Jeff parte para cima.

Passa um filme em minha cabeça sobre o anime Lookism, tenho diversas opções mas no momento estou apenas desviando, porra, ele é rápido mas mesmo assim consigo visualizar todos seus golpes.

— Pensei que você fosse o fodão — o mesmo gargalha — Pense mais rápido, porra — posiciono melhor minha perna para ganhar mais potência e acerto um golpe direto e o mesmo cambaleia e cai no chão.

Jeff desaparece no momento em que cai, pelo que eu li ele não pode se teletransportar, provavelmente foi convocado pelo slenderman.

— Isso tudo é tão cansativo — suspiro — pelo que eu também li, ele é imortal, que porra.

Após esse acontecimento vou terminar de arrumar minhas coisas, passei algumas horas desempacotando meus objetos e arrumando minha estante de livros, acabei me apegando bastante a leitura depois da minha fratura.

— Licença, querida — a senhora Cooper entra após bater na porta — o almoço está pronto, desça e vamos almoçar, imagino que esteja com fome.

— Estou morrendo de fome — vamos em direção a cozinha.

Almoçamos todos juntos, e não vou negar que meu coração apertou de saudades dos meus avós, eles me fazem falta.

— Vocês tem bicicleta aqui?

— Temos, está na garagem, por quê?

— Vai haver um treino de vôlei na escola daqui a pouco e eu estava pensando em ir.

— Não tem problema, nós te levamos

— Não quero que vocês pensem que estou me aproveitando de vocês — me levanto — eu já sei o caminho para escola.

— Não pensamos assim, querida — a senhora pega em minha mão — você ainda é nova na cidade, as pessoas podem querer se aproveitar disso.

Concordo com a mesma e então subo para me arrumar.

Trouxe minha joelheira caso eu realmente pudesse usá-la novamente, minha ansiedade está super atacada, eu finalmente vou voltar a quadra.

Já na escola, sigo em direção ao ginásio. Ao chegar avisto a morena de mais cedo que logo se aproxima.

— S/n, você veio!

— Você me convidou, né. Um convite desses não se recusa.

— Certíssima, garota! — a morena estende a mão para que eu bata — a propósito, sou a Ashy — a mesma me guia pelo ginásio — primeiro vamos nos aquecer, hoje é o seu dia de sorte, pegou logo o coletivo.

— Sério? — digo entusiasmada — no Brasil essa notícia era motivo de festa, juro. Nossa treinadora era um cu para dar coletivo.

E assim seguiu o treino, aquecimento intenso para rolar o coletivo, a Ashy não desgrudou de mim por um segundo. Logo fomos para os dois toques, manchetes, ataque e defesa, então o mais esperado chegou.

— Formem suas equipes — diz o treinador.

Ashy me cutuca.

— Você gosta da bola alta ou rente a rede?

— Em ataques normais é preferível a bola alta.

— Você quer tentar uma rápida?

Sorrio e dou uma piscadela para a mesma assim que entramos em quadra.

Saque potente do time adversário que a nossa líbero consegue buscar, que ótima defesa, a bola vai perfeita para o toque de Ashy que levanta para mim e eu marco o primeiro ponto cravando a bola no chão.

— Isso, porra! — nos juntamos comemorando.

— Você achou que a bola foi boa, S/n?

Concordo.

— Foi ótima! — toco em seu ombro — eu que ainda estou lenta.

E assim seguiu o treino, me sinto renovada.

CONTINUA

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