S/N
Os raios de sol iluminavam aquele quarto com pouca luminosidade. Lençóis bagunçados, travesseiros pelo chão e uma cabeleireira toda esparramada por sua cama. E enfim o despertador toca, s/n só faltou pular da cama ao acordar.
— Caralho — me apoio no móvel ao lado da cama — que catiço de despertador é esse, porra?!
Desligo o despertador e vou em direção ao banheiro fazer minhas higienes, terminando, saio do banheiro e vou em direção a minha mochila para arrumá-la. Pego meu celular e mando uma mensagem para minha avó, logo após isso, abro a porta e vou para a cozinha.
— Já estão acordados? — pergunto ainda sonolenta.
Sinto cheiro de panqueca e logo meu humor melhora.
— Nós temos o costume de acordar cedo, querida - disse a senhora colocando o café e a panqueca na mesa — sirvam-se, vocês devem estar com fome, pelo menos eu estou — a senhora brinca.
Todos nos sentamos na mesa e comemos em silêncio por um longo período até que o senhor quebra o gelo que havia reinado.
— Como foi a noite? Conseguiu dormir bem? — o senhor pergunta — acredito que os primeiros dias são difíceis, mas logo você acostuma.
— Eu consegui dormir bem, sim. Obrigada pela preocupação!
O silêncio reina novamente até todos terminarem de comer, após o café, o casal se arrumou e me levou para a escola.
— Essa escola superou minhas expectativas — sussuro.
Caminho em direção a coordenação tentando ignorar os olhares de canto de diversas pessoas, havia esquecido o quanto isso é ridículo.
Chegando em frente a sala do coordenador, dou leves batidas e a abro.
— Bom dia, com licença. Vim perguntar onde fica minha sala — adentro a sala.
— Ah... Claro, S/n? — o coordenador olha a papelada — vai direto nas escadarias, suba e vire a esquerda. Tenha uma bola aula e boa sorte.
Concordo e saio da sala indo direto para a aula.
Costumo chegar mais cedo para evitar apresentações e como de costume a sala se encontra vazia. Observo as carteiras e a mesa do professor, como a mesa se encontra no canto, tento ficar na mesma direção, sento na última carteira no canto da janela com visão para o Campus. Com o tempo os alunos vieram entrando e percebi que peguei o lugar de uma loirinha irritada, que tosco.
O professor enfim chegou e a aula se deu início.
— ...sendo assim, alguém pode me dizer quais foram os conflitos da Guerra Fria? — o professor pergunta — valendo um ponto — um sorriso aparece em seu rosto.
— O quê? Tá de sacanagem que você vai fazer isso no primeiro dia de aula! — a garota reclama.
Todos ao redor estão reclamando com o professor e então levanto minha mão.
— Sim, querida?
— A Guerra Fria não gerou conflito armado direto entre Estados Unidos e União Soviética, mas o conflito de interesses dos dois países resultou em conflitos armados ao redor do mundo.
O professor acena e aparentemente percebe que meu rosto não é familiar.
— Correto, como você se chama?
— S/n.
— Você pode nos dizer de onde veio? — o menino ao meu lado pergunta — você não parece ser daqui.
— Você pode vir aqui na frente se apresentar? — o professor pergunta — falar de onde veio ou até algum hobby, se quiser.
Aceno levantando da carteira e indo em direção ao professor.
— Prazer, me chamo S/n — faço uma leve pausa — vim do Brasil e pratico ou praticava vôlei.
Surgiram alguns cochichos na sala e risadas na sala.
— Praticava? — uma menina pergunta.
— Ah... Sim, tive uma lesão no meado do ano passado, não pratiquei vôlei desde então, mas ainda sou apaixonada no esporte.
— Você acha que está recuperada? — o professor pergunta — temos aulas de vôlei aqui e competições no ano também.
Aceno e volto para o meu lugar.
A morena a minha frente se vira.
— Haverá treino hoje, se você achar que ainda consegue jogar, vá.
Concordo com a mesma que abre um sorriso e desvio meu olhar para a janela.
A visão para o Campus é realmente linda, mas algo me chama a atenção, a floresta, parece que algo está me chamando.
— Mas que porra — sussuro ao ver a silhueta da criatura de antes.
Um chiado se estabelece em minha cabeça, no início era fraco mas foi se intensificando. Sinto meu ouvido arder e então o toco, está sangrando.
— Professor, posso ir a enfermaria? — me levanto — não estou me sentindo muito bem...
Eu já não conseguia ouvir nada além do chiado, comecei a ficar meio zonza e provavelmente desmaiei.
Meus olhos estão doloridos, quando os abro percebo não estar na escola, eu estou na... Floresta. Meus batimentos cardíacos aceleram no momento em que vejo novamente aquela criatura.
— Eu estou alucinando, não é? — esfrego meus olhos — o que você é?
A criatura se aproxima e aparentemente diminui seu tamanho, ficando com aproximadamente 1,80m. Pressiono meus olhos ao perceber que o mesmo faz menção em me tocar.
— Você me pertence a partir de agora — o mesmo toca o seu tentáculo em minha testa — seja uma boa criança.
— O quê... é você?
Me sinto ser sacudida e então aparentemente "volto" a escola.
— S/n você está bem? — o professor pergunta — seus ouvidos estão sangrando.
Olho para a mão do mesmo e percebo que está ensanguentada.
— Minha cabeça parou de doer... — digo colocando a mão na testa
Foi real?
— Vamos, vou te levar na enfermaria — o mesmo me ajuda a levantar.
Aceno em concordância e então vamos a enfermaria. A enfermeira me entrega remédios para dor de cabeça mas eu finjo tomar, sei que aquilo foi causado pela criatura. Minha cabeça já não dói mais, mas infelizmente a coordenação teve que ligar para os meus host family's virem me buscar, típico das escolas.
CONTINUA
interajam e compartilhem pfvr. Sou nova fazendo fanfic mas espero que gostem. S2
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MEU QUERIDO SLENDERMAN
FanfictionMe chamo S/n, atualmente tenho 16 anos. Perdi meus pais quando bem pequena em um acidente de carro, e eu presenciei toda a cena, incrivelmente apenas o meu acento ficou intacto. Estou no meu último ano escolar, e por sofrer muito bullying na minha a...