.Capítulo 16.

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Erick sabia que o escritório estava destruído então era improvável que encontrasse o lorde por lá, decidiu caminhar um pouco e conhecer a mansão enquanto pensava no que tinha a dizer depois dos últimos acontecimentos.

Estava incomodado com os guardas o seguindo e por isso acelerou o passo abrindo uma distância curta entre ele e os outros. Andou de um lado a outro por entre os corredores observando a decoração nas paredes e sendo confundido muitas vezes para onde seguir, os corredores não eram iguais mas similares o suficiente para confundir.

Subiu por vários lances de escadas até o terceiro andar onde ficavam os quartos e entrou em cada um sem se importar como os guardas o olhavam estranho, ele parecia uma criança olhando a casa pela primeira vez quando devia conhecer cada cômodo como a palma de sua mão, que por sinal não era mesmo sua mão.

Erick explorou entre os quartos tediosamente claros das visitas, eram todos iguais. Depois olhou a sala de música com um piano enorme coberto por um lençol como todos os itens esquecidos na sala, parecia não ser visitada com frequência. Foi até um salão de dança e um quarto com vestidos antigos de baile vestidos em manequins de tamanho real.

Depois explorou mais o segundo andar, evitando a porta que dava para a biblioteca, sabia o que tem lá e poderia ver novamente depois. Sua exploração acabou quando chegou na sala de guerra.

Uma sala grande com uma mesa de madeira escura maciça e um mapa detalhado e colorido com perfeição na tampa, as montanhas, ilhas e todo o continente desenhado e dividido entre os territórios de cada clã seus pontos estratégicos.

As cadeiras ao redor da mesa eram nove, duas cadeiras tem com o acolchoado de cor vermelha e traços dourados eram mais altas que as outras, porém do mesmo tamanho entre elas. As cadeiras do senhor e senhora do clã. 

Entre as outras cadeiras o acolchoado é branco e sem detalhes ou decoração, também são bonitas e firmes feitas da mesma madeira da mesa, mas são baixas e somam sete ao todo, destinada às sete outras famílias nobres do clã do fogo e também os vassalos da casa do líder.

Um enorme lustre com luminárias de ferro e com encaixe de velas está sob o teto e parece um belo trabalho de ferreiro apesar de ser ofuscado por os brasões coloridos que compõem a tapeçaria fina nas paredes.

Ao redor da sala ampla de paredes revestidas de madeira escura e sem janelas estão enfileirados os brasões de cada casa nobre do clã e do outro lado na parede atrás das cadeiras dos líderes estão os sete brasões dos sete clãs.  Representados por feras terríveis e sigilos de poder  e claro no centro a fênix que renasce das cinzas, símbolo do clã do fogo.

Erick não entrou estava parado na porta absorvendo cada elemento que compõe o local isolado e aparentemente a prova de som onde era provável que homens tivesse tomado decisões de guerra a muito tempo atrás.

O rapaz deu as costas com um menear de cabeça, andou todo o interior da casa, precisava falar com Fenrir, ou não tomaria coragem nunca.

De volta ao segundo andar Erick viu o mordomo e perguntou por seu pai, o senhor de idade parecia genuinamente surpreso por Peter falar com ele e não lhe tecer ordens, também ficou feliz em dizer que o lordel está sozinho no escritório temporário.

Erick parou na porta sabendo que os guardas estavam olhando para ele como se estivesse agindo como um louco parado por longos minutos. Ele levantou a mão para bater na porta e parou antes de fazer qualquer barulho.

O rapaz suspirou enfezado, era a terceira vez que perdia a coragem de bater na maldita porta.

"Erick não seja criança!" _ disse a se mesmo. _ "Não é nada de outro mundo, nem uma conversa constrangedora! Vou apenas entrar dizer o que é preciso e sair; simples."

Nascido na Tempestade (CHM).Onde histórias criam vida. Descubra agora