traitor queen - house of the dragon

one by one

Alyria estava feliz e olhando de tão perto o olho cinzento com pontinhas liláses pôde se teletransportar para quando ela tinha uma pequena queda por Aemond e sonhava casar com ele. Aemond por outra via, se lembrou da vez que ela chegou perto dele e lhe deu um beijo doce na bochecha após ele domar Vhaegar. Aquele momento quando era criança foi possivelmente os cinco minutos que teve de confiança em si mesmo em toda sua vida.

Alyria não se importava mais em fingir que olhava para o olho dele. Ela olhava diretamente para os lábios bem desenhados. Helaena que não reparava muito nas normas sociais começou a perceber a distância e mesmo que desviando seu olhar, percebeu que Aemond já havia se afastado.

Aegon deu uma risadinha. Atraindo os olhares para si. Alyria foi tomando toda a água que Aemond havia lhe oferecido para parar de exagerar na bebida. Jacaerys se levantou e de forma rápida e até mesmo ríspida, pegou o braço de sua esposa, fazendo com que até mesmo sua mãe se surpreendesse. Daemon deu um sorriso de lado, orgulhoso que seu enteado finalmente estava colocando limites na palhaçada.

Aemond se levantou e pegou o pulso de Jacaerys.

– Onde pensa que está indo com ela?

– Não é da sua conta – Jace respondeu para o Targaryen. Aemond olhou para Alyria, que estava mais com sono do que com algum poder sob seu próprio corpo.

– Não vai sair daqui com ela desse jeito.

– E quem vai me impedir de fazer isso? Você? – Alyria se soltou do toque de Jace e caminhou para mais próximo de seu tio, quando fazia quando era criança. Aemond sorriu para ela e empurrou Jacaerys. Baela encarava fixamente aparentando pensar em algo.

Viserys olhou para seu neto, sentindo uma das maiores decepções da vida dele. Rhaenyra havia criado um homem como Daemon. E Alyria estava prestes a ser como uma Rhea. Ele percebeu que, o "exagero" de criar Alyria dentro da Fortaleza Vermelha que Alicent tanto queria não era exagero e sim zelo. Jacaerys não era mais um menininho. Em seus olhos já havia ódio e nos de Alyria puro ressentimento.

Otto percebeu que sempre quando Jacaerys chegava perto, as pernas da Royce tremiam ou, ela atacava suas unhas, roendo até seus dedos ficarem completamente expostos sem unhas feitas. Quase como Alicent.

Jacaerys olhou para Baela, dando um suspiro pesado, como se dissesse "eu lhe falei, ela realmente é a coitadinha da família". E Baela pensou que talvez a raiva de Jacaerys tenha virado ódio somente pela atenção que seu avô dava para a sobrinha. Ele a tratava como pai.

- Alyria, minha linda florzinha do campo! - O velho Targaryen a chamou, tentando desfazer o clima ruim que havia sido instaurado. Alicent entendeu aquilo e pegou uma cadeira, pondo entre eles. Rhaenyra viu toda a movimentação como uma proteção excessiva da moça - Venha aqui, sente-se conosco.

- Já que são marido e mulher, que os deixe discutir em seu quarto - Rhaenyra disse e Alyria a olhou dando uma risadinha. 

- Para ele jogar água fervente em minhas tetas, Princesa?

O salão ficou em silêncio. Todos olhavam Jacaerys e ninguém acreditava que um garoto como ele poderia ter feito aquilo com a mãe de suas filhas, herdeiras de Pedrarruna e Westeros. 

- Não aconteceu bem assim - Jacaerys disse

- Alyria, sente-se por favor - Alicent sussurrou, mas Alyria continuou de pé.

- Não importa a ordem dos fatores - Alyria continuou em pé, de frente a ele - Você queria me machucar.

- Eu não queria lhe machucar! - Ele ergueu o tom de voz e Alyria deu um risada espalhafatosa e gostosa, voltando a olhar para Baela.