all the same

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Enquanto Alyria estava presa, as meninas ficaram com Rhaena que ajudava a reconstruir o Castelo dos Tully com os civis, Daemon começava a mandar corvos para todas as partes de Westeros, se vangloriando da fraqueza de Alyria. Passando-se os dias, com alguns Lordes já recebendo a notícia, começaram os rumores e ações por alguns. Cregan e Donovan, por estarem próximos a Correrrio, se voluntariaram para enviar homens para a reconstrução e envio de mantimentos. Mas Daemon negou. O que de certa forma, estremeceu as relações dos Tully com o Targaryen. Cregan ao receber o corvo, desobedeceu a ordem e levou alguns homens Stark e outros Bolton para Correrrio.

- Lorde Stark, receio que não sabe o significado de: não venha.

- Qual o problema? - Cregan pareceu realmente não estar com medo dos dragões que estavam do lado de Daemon - Acredito que, se os Tully são realmente nossos aliados, receio que não há motivo para não nos ajudarmos. O Lorde Tully era um verdadeiro cagão quando estava perto do Targaryen, então apenas balançou os ombros e ficou em silêncio.

- Se acha que vai libertar a garota, já pode desistir, Lorde Stark.

- Eu nem ao menos pensei nisso - Cregan olhou para Donovan, que caminhou ao lado de Daemon - Esse é Donovan Bolton, filho de Rossan Bolton. É meu homem de confiança.

- Esse garoto deve pesar a metade do que eu peso - Daemon riu. Rhaena parou de ajudar os feridos em uma barraca e começou a prestar atenção.

- Que bom, Meu Príncipe - O Bolton olhou para o homem mais velho, segurando um riso maldoso e sorriso mais malicioso ainda - Já pensou se eu fosse um guerreiro gordo e bêbado como vossa alteza?

Rhaena riu fraco, mas ao perceber a gravidade pelo olhar de Cregan e de seu próprio pai, desfez o sorriso. Daemon caminhou e tentou ir para cima de Donovan. Mas Cregan se meteu no meio.

- Diga ao seu amiguinho que a próxima piada sem graça que fizer, adoto a cultura animalesca da família dele e esfolo o corpo dele.

Rhaena arregalou os olhos. Daemon percebeu que sua filha estava ali, entre os pilares.

- Vá levar uma sopa para a sua irmã e saia da vista desses... Senhores.

Rhaena assentiu, caminhando para a cozinha. Já fazia quatro dias que seu pai não havia mandado ninguém para dar comida ou água para Alyria. Pegou um prato e um generoso copo de água. Ao subir para a sala onde eram feitas as festas, viu a gaiola onde Alyria estava suspensa. Subindo a escada com cuidado, chegou ao lado da gaiola.

- Alyria... - Rhaena chamou. Mas a garota não respondia. O odor era péssimo. Todas as necessidades estavam sendo feitas ali. Rhaena não entendia como seu pai podia ter sido tão cruel com ela. Diferente de Baela, Rhaena sempre cresceu com curiosidade em saber quem era a sua irmã, mas era um assunto proibido. Falar dela era quase como se falasse de Maegor ou sexo na hora do jantar.

Alyria abriu os olhos lentamente. O cheiro voltou a entrar em suas narinas e ver Rhaena a olhar com preocupação era a pior humilhação que havia passado. A Royce olhou para o prato de sopa e o copo de água e se avançou como um animal. Rhaena já esperava por isso.

- Eu sinto muito por isso - Rhaena disse - Por tudo.

Alyria parou de engolir a sopa gole por gole e olhou para Rhaena. O cérebro voraz de Alyria não estava funcionando com normalidade.

-...As minhas filhas continuam vivas?

Rhaena franziu o cenho não acreditando na possibilidade de Alyria acreditar na palavra dela.

- Elas estão sob meus cuidados - Rhaena disse séria, tentando passar o máximo de confiança possível. Rhaena suspirou. Alyria estava olhando para sua irmã, procurando alguma coisa que estivesse de errado com ela. - Eu realmente queria que tudo tivesse sido diferente, Alyria.

traitor queen - house of the dragonOnde histórias criam vida. Descubra agora