traitor queen - house of the dragon

i could burn the whole world down for you

Alyria ficou o dia inteiro sentada naquele trono e Aemond tentando a levar para fora para ela interagir com seu povo que já a amava. Mas ela estava ali, sentada, olhando para o chão.

Aemond então pegou a mão dela e a fez caminhar por dentro do Ninho da Águia. Ao chegar no mapa para ela avaliar a situação, ele se lembrou do motivo de estar ali também.

Agora, Aegon havia lhe dado o posto como Lady do Vale de fato e o aval de casamento desfeito. Alyria era uma mulher solteira. Era como se nunca tivesse casado com o Strong, falso Velaryon. Consequentemente, agora não tinha mais suas filhas.

Aquilo a fez ter esperança de voltar para Cregan se não fosse por mais um detalhe.

- Arra Stark está grávida.

Aemond não deu tempo de Alyria sonhar. A Lady baixou a cabeça e se sentiu a mulher mais azarada e infeliz dos Sete Reinos. Aemond percebeu o desânimo dela e acariciou suas costas em tentativa de fazê-la se animar.

- Pelo menos agora é livre para escolher seu destino - Ele a olhou, tentando erguer o rosto dela para fazer ela olhar seu seu olho - Você pelo menos não vai precisar casar com uma das filhas horrorosas de um Baratheon.

Alyria olhou para ele e sentiu uma pena profunda dele.

- Mas... E Helaena? Você sempre cuidou dela. Não pode abandonar Porto Real para ir pra Ponta Tempestade, que é horroroso por sinal, pra viver uma fantasia de um Lorde fedorento...

- É pela guerra, prima.

Ele se afastou, olhando para o mapa. Será que Alyria imaginava que ele tinha filhos com Helaena? Ou simplesmente ela disse aquilo pelo afeto que sempre demonstrou ter com as mulheres da família?

Alyria percebeu que ele ficou quieto. Era um silêncio doloroso, onde a mente dos dois gritava.

- Quando ver seu irmão, diga a ele então que posso contribuir para alianças matrimôniais.

Aemond voltou a olhar para ela, com lábios entreabertos.

Alyria queria sua juventude novamente. Se fosse possível, voltar para o útero de sua mãe para se sentir protegida e amada. Pois sabia, que em alguma parte da sua vida, mesmo que pequena, ela havia sentido um amor puro e verdadeiro. Mas agora, era como se o fim da sua vida estivesse ali. Dia e noite encarando um tipo de morte. Primeiro foi da única pessoa que a amou incondicionalmente, sua mãe. Depois, de sua juventude e inocência ainda criança. E por fim, de suas filhas, aquelas que tiveram ali para ensinar o que é amar de verdade como sua mãe lhe amou.

Ninguém iria a fazer sentir segura sem ser ela mesma e Alyria sabia daquilo. Só que agora, se ela quisesse ser mais do que já era, infelizmente precisava de um homem com uma legião de outros homens.

Um exército que teria que ser conquistado utilizando-se das únicas coisas que Daemon e Jacaerys não tinham: uma buceta e um par de peitos.

- Nem que eu procure um homem rico em Braavos que esteja disposto a ser Lorde ao meu lado - Alyria voltou a falar - Se for para ser usada, vou escolher ter um exército e uma frota de navios para conseguir a cabeça deles.

Aemond desejou ser aquele homem, em mandar a garota Baratheon para os Sete Infernos e se juntar a Alyria.

- Você vai para Porto Real comigo - Ele disse sério - Vamos acabar com essa guerra de uma vez por todas e eu prometo, Alyria... Você ainda vai ser muito feliz.

Ela não tirou os olhos dele. Assentiu triste e caminhou para a sacada, onde conseguia ver os horizontes do Reino.

Quando os dois viajaram para Porto Real, Alyria ficou o tempo inteiro se escondendo na antiga "biblioteca" de Viserys. Lá havia um mapa. De tanto olhar o mapa, em diferentes vezes, ela havia decorado as Casas que estavam em evidências.