traitor queen - house of the dragon

queen of love and beauty

– PELOS SETE INFERNOS!

Os berros de dor ecoavam pela parte sul do Palácio. Toalhas e mais toalhas de sangue e merda eram retiradas. As forças de Alyria se encontrava totalmente em suas mãos apertando os lençóis. Já se faziam 3 horas  de bolsa rompida e dor constante. O bebê estava chegando.

O meistre subiu em cima do corpo dela e começou a massagear a barriga com força. Mesmo que doesse, foi o suficiente para recarregar suas forças para empurrar mais ainda.

– Isso, mais um pouco, estamos vendo a cabeça – A última coisa que ela precisava era de detalhes. Com todo o ar dos pulmões, seus gritos já roucos se misturaram com o choro do bebê. De forma desajeitada, a parteira colocou o bebê no peito de Alyria e a nova mamãe relaxou ao sentir o toque.

– É uma menininha... – A parteira mais experiente cortou o cordão umbilical.

– Uma não, vem mais por aí... – O meistre avisou. Alyria estava tão compenetrada olhando para a menininha de cabelos castanhos ralos que não sentia mais nada. Talvez pelo cansaço. A verdade é que Alyria se sentia uma cadela. A parteira pegou o bebê e começou a limpar, já o Meistre começou os trabalhos para fazer a outra criança sair da barriga. Novamente com força, aparentemente recarregada ao ver sua filha pela primeira vez, a outra criança veio.

– Outra menininha!

Alyria suspirou cansada, recebendo a segunda menininha. Ambas gêmeas idênticas. Será que aquela era uma maldição? Teve tanto ódio de suas irmãs que eram gêmeas não idênticas que pariu gêmeas idênticas?

Após sua placenta ser expelida, o quarto começou a entrar em ordem. Tiraram o colchão e colocaram outro. Os servos limparam e aromatizaram tudo.

Em questão de minutos, Jace chegou. Encontrando três menininhas dormindo na enorme cama de casal. Jace se aproximou de suas filhas, percebendo o quão parecidas eram com ele.

Mesmo nariz, tom escuro de castanho e formato dos lábios.

“Meninas fortes” diria Aemond, se as visse agora. Mas agora, ao menos, o sangue Royce poderia ser mais forte que Velaryon e Targaryen, certo?

Lily acordou, percebendo seu marido ao lado de suas pequenas, ajoelhado no chão.

– Quem foi a primeira a nascer?

Lily apontou para a mais gordinha, com roupinha amarela.

– Laenora – Ela sorriu fraco, vendo seu marido lacrimejar. Aquilo foi totalmente inesperado. Era um nome lindo e original para a cultura Targaryen. –  Agora, essa menininha, pensei em Nymeria.

Ela apontou para a segunda filha. Ela era menor, mas muito saudável.

Jace entortou o nariz.

– Nymeria foi rainha dos Roinares e uma Martell.

– Nymeria foi uma Rainha guerreira. Foi uma general exímia – Ela suspirou cansada – Pensei melhor sobre a decisão de colocar o nome de nossas mães em uma das nossas filhas e acho melhor não.

Jace se levantou do chão e olhou para o quarto.

– Pensando bem, acho que não é de bom tom colocar o do meu pai também, ainda mais no feminino...

– Por quê não pode ser Laenora?

Jace não iria se preocupar em falar dos rumores que acercavam a sexualidade do seu pai. Não achava necessário tocar naquele assunto com a mãe de suas filhas.

– O que acha de Visenya? Ela foi uma guerreira também.

– Visenya é o nome que a sua mãe quer dar para uma futura filha – Alyria suspirou – Deuses, nem quando escolhi o nome do Saaerys foi tão difícil.