Eu sabia que ela não ia ficar, não sou assim tão estúpido.
Posso ser quando não estou em mim mas, no geral, não sou.
Eu sorri-lhe, mesmo que não fosse algo credível, era algo que eu preferia acreditar.
A minha mão acariciou a sua pele pálida pelo medo e os seus olhos fecharam-se e fechei também os meus.
"Não tenhas medo, Liv. Eu amo-te."- admiti e e ela assentiu. "Repete."- ordeno, levantando um pouco a minha voz e o seu pequeno corpo estremeceu.
"Eu..."- começou por dizer mas não continuou e isso irritou-me.
"Di-lo!"- os meus olhos abriram-se pelo meu novo estado de fúria e ela engoliu em seco.
"Eu... Eu amo-te, Calum."- disse e um sorriso surgiu na minha face.
"Eu nunca vou fazer-te mal."- murmuro-lhe, beijando os seus lábios e o seu corpo foi, lentamente, deitado ao longo do sofá.
A minha mão passou pelas suas pernas apenas cobertas pelo lençol branco e senti a sua pele arrepiar-se e sorri nos seus lábios.
Abri os meus olhos, para puder ver os seus fechados a aproveitar o momento.
As suas mãos foram lentamente até ao meu cabelo e puxavam-no gentilmente, fazendo-me largar pequenos gemidos.
Puxei o lençol para o lado e despi-me, sentindo toda a sua silhueta por debaixo de mim.
E isso agradava-me.
Deixei-me de detalhes que só me fariam perder tempo precioso e decidi ir direto ao assunto.
O seu corpo encolheu-se por debaixo de mim e e gemi baixo pela distração que ela me estava a dar.
#LiviePOV
Senti o meu braço ficar molhado por uma lágrima minha e funguei baixo para não o acordar.
Eu não queria isso.
Olhei por cima do meu ombro a sua figura calma e nua a dormir profundamente e o seu braço pousava na minha cintura.
Vi no relógio do quarto onde estávamos agora e mostrava as altas horas da manhã.
04:30.
Cuidadosamente, retirei o seu braço de cima de mim e verifiquei se ele continuava a dormir.
Continuava.
Vesti a minha roupa rapidamente e andei devagar pelo chão de madeira que, por vezes, rangia e encostei a porta, não querendo acordá-lo de maneira nenhuma.
Vir para cá foi a pior coisa que alguma vez me possa ter acontecido.
No entanto, algo despoletou em mim.
Curiosidade.
Quem era a Anna?
Porque é que ele trouxe-me para esta casa tão grande e vazia que parece que ele não cá vem durante gerações?
É tudo demasiado estranho para fazer alguma lógica.
Desci devagar as escadas que teimavam que ranger com o meu peso e amaldiçoei-as por isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
04:30PM || C.H. ||
Teen FictionTenho pensamentos obsessivos. Tenho actos compulsivos. Sou um obsessivo compulsivo...