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Acordei com o sol a bater-me na cara e olhei ao meu lado para encontrar o Calum a dormir profundamente com os seus lábios entreabertos e o seu braço em cima do meu peito descoberto.

Levo as minhas mãos à cara por não acreditar no que aconteceu ontem à noite e viro-me para ele.

Ele é tão bonito...


Mordi o meu lábio e tentei largar o seu braço do meu para sair da cama mas a sua mão agarrou logo o meu braço e os seus olhos abriram-se em medo provocando-me um susto.


"Onde é que vais?"- a sua voz rouca acabada de acordar causou-me arrepios e acariciei a sua cara.

"Ia só à cozinha. Estou com fome."- explico e ele assente, voltando a fechar os seus olhos e pousar a sua cabeça na almofada grande.


Vesti uma blusa sua, desci as escadas que rangiam até à cozinha e encontrei toda a desarrumação daquela noite.

Suspirei fundo e arrumei tudo.

Coloquei as gavetas onde estavam antes e varri os estilhaços de tudo o que ele partira no seu ataque de fúria.

Fui até à sala de estar e sentei-me no grande sofá, afundando-me nele com uma taça de cereais acabada de fazer nas minhas mãos.

Estendi os meus pés para cima da mesa de centro e liguei a grande televisão e escolhi um canal para me entreter enquanto tomava o pequeno almoço.


Amarrei o meu cabelo comprido num coque mal feito e fui para a cozinha, decidia que queria preparar-lhe o pequeno almoço.

Liguei o fogão e comecei a preparar tudo o quanto sabia ao som de uma música qualquer que eu tinha na cabeça.




#CalumPOV


Acordei novamente esta manhã com a falta de alguém ao meu lado na cama.

Abri devagar os meus olhos e, por segundos preocupei-me por ela não estar ao meu lado, mas depois lembrei-me que ela teria ido apenas à cozinha.

O cheiro a pequeno almoço a ser cozinhado chegou e dei um pequeno sorriso por isso.

Sentei-me na beira da minha cama, desinfectei as minhas mãos, vesti as minhas calças de pijama e abri a minha gaveta que estava fechada à chave.

Estava ali a minha amiga, a minha companheira de tantas atrocidades que fiz neste Mundo a tanta gente.

Passei os meus dedos pela sua lâmina e um sorriso meu apareceu mas arrumei-a logo de volta.

Desci as escadas que rangiam e encontrei-a na cozinha com uma blusa minha.


"Bom dia."- digo e ela deu um pequeno salto, assustando-se.

"Oh, bom dia."- deu um pequeno riso e colocou uma panqueca no prato. "Espero que tenhas fome, apoderei-me da tua cozinha."- ela enrolou uma, levando-a à sua boca e sorri pelas memórias que ela me trazia.

"Estou esfomeado, obrigado."- ela sentou-se ao meu lado na ilha e enrolei também uma panqueca, comendo-a enquanto a apreciava.


A maneira de como os seus lábios carnudos envolviam a panqueca, os seus olhos grandes concentravam-se no que fazia davam comigo em doido por pensar em outras ocasiões.

04:30PM || C.H. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora