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Caminhava atrás dela, as ondas dos seus cabelos escuros abanavam com o vento e sinto quase como um arrepio por ter recordaçoes de como ela se parece com... ela.

Agarro com força a parte não cortante da minha amiga, quase como se fosse para ponderar as situações. 
O barulho dos seus saltos altos no cimento dos passeios deixam-me um pouco irritado, quase que posso sentir a cada toque como uma pancada na minha cabeça. 
Abano-a vezes e vezes  sem conta quase como se fosse um tic nervoso, cerrei o maxilar quase a tentar manter-me calmo, mas tornou-se impossível. 
Agarrei logo no seu braço com toda a força que tinha na minha mão livre e, ignorando os seus gritos, atirei-a ao chão. 

"O que é que estás a fazer?! O que é que queres?!" - ela está deitada no chão, tal como a deixei, não consigo encarar a sua cara. 
"Oh tu sabes o que quero..." - brinco com a lâmina da faca. 
"O que foi que te fiz?!" - ela continuava a gritar e uns soluços eram deixados de si. 
"Não te faças de sonsa, Livie..." - passei o dedo pela parte cortante. 
"Qual Livie?!" - reviro os olhos e sopro já farto de todo este drama.

Avanço rapidamente até ao seu corpo, agarro o sei braço e levanto-a encostando à parede. 

"Desculpa, mas mereceste." - a arma na minha mão penetra o seu corpo e quando finalmente posso ver a sua cara... Não. Não, não não...!

Ando para trás meio que a cambalear e deixo a minha faca cair no meio do chão sujo de vidros e lixo. 
Não é ela.

Olho petrificado para o corpo sem vida à minha frente e, automaticamente, pego na faca, limpo-a no meu lenço e corro até ao meu carro. 

Não faço a mínima ideia porque me senti assim tão perturbado, não é já a primeira vez que eu cometo um crime destes. 
Estava à espera de encontrar a cara de desespero da Livie, mas acabo mas é por encontrar uma mulher que não conheço de parte nenhuma. 

Passo o desinfectante pelas minhas mãos e agarro no volante plastificado e sigo de volta para casa. 
Posso já ver carros de polícias, as suas sirenes azuis e vermelhas a tocarem em direção ao já conhecido local de crime.  

Engulo em seco algumas vezes, saberia que não me apanhariam. 
Todas as pessoas passavam pelas ruas despreocupadas da vida, sem problemas para resolver, sem situações para enfrentar. Apenas tinham todas uma vida maravilhosa e inejável. 
Duvido que saibam o que é ter uma vida como a minha, um distúrbio difícil de controlar. 
Nem sequer é controlável.
Eu não controlo. 
Nasci assim, irei morrer assim. 

A minha pequena casa e sempre arrumada parece-me o local ideal para ficar. 
Fecho a porta de entrada duas vezes seguidas e caminhei até à cozinha. 
A pequena televisão foi ligada e preparo uma taça com leite e cereais. 
Fecho e abro cada porta de um electrodoméstico duas vezes. 
Sentei-me numa das minhas duas cadeiras e fitei a televisão. 

"Mais uma vez, hoje foi comtido mais um homicídio em Detroit, perto da 07 Street. As polícias locais  não conseguiram novamente nenhuma testemunha que tivesse presenciado algo de estranho na cena de crime. 
A vítima continua a ser uma mulher de 22 anos, morena. Tudo indica que o assassino não mudou a sua vitimologia. 
Temos aqui a família de Dana Winslet, a vítmima de ho--" 

Acabei por desligar a teleivsão rapidamente quando tocam àa campainha. 
O meu coração acelerou, pousei a taça dentro do lava-louça, arrumei a faca suja de sangue dentro de um armário, olhei para a minha roupa e ajeitei-a. Voltaram a tocar na campainha. 
Andei nervoso até à porta onde tinha uma pequena bola que me deixava ver quem stava lá fora. 
Era a Meryn. 

Voltei a endireitar tudo no sítio. 

"Calum, eu sei que estás aí...!" - ela falou do outro lado. 
"E-Eu já vou-ou. Hm... U-um momen-mento." - falo atrapalhado e finalmente abro a porta. 

"Estava a ver que não. Ena, para um homem solteiro, és muito arrumado." - ela dá um pequeno riso e dei um pequeno sorriso nervoso. 
"Obrigado." 
"Então, como tens estado desde da--" 
"Bem, tenho estado bem-bem. Obrigado." - apressei-me e segui-a até à cozinha. 

Ela abre o frigorífico e tira de lá um iogurte. 

"Vim buscar-te para saírmos os dois, que achas?" - sentou-se na mesa à minha frente. 
"Não. Fico em casa."- faço o mesmo som com a boca. 
"De certeza que estás bem?" - perguntou e assenti várias vezes. 
"Claro." 
"Ok como queiras... Então, tens visto as notícias? Anda por aí um tarado à solta." 
"Nã-Não ouvi falar-falar." 

OLÁ flores.
Bem, primeiramente, desculpem o atraso a atualizar, mas com as aulas isto é bue dificil. 
Só esta semanah foram 3 testes, somos as duas da mm turma prisse torna-se difícil escrever. 
Queríamos agradecer-vos todo o apoio que têm dado à fic, principalmente pelos comentários... :))
Continuem a votar e a comentar as vossas opiniões acerca dos capítulos, mas principalmente, comentem! xd 

kisses, para vcs flores.

04:30PM || C.H. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora